Os pobres e desprovidos estão gritando por socorro


 

Queridos irmãos e irmãs, estamos no 26º Domingo do tempo Comum, e ainda nesse domingo é o dia da Bíblia. Ela é um livro por excelência que nos ajuda a pegar o caminho correto para o céu sem se confundir e perder-se nesse mundo tão complicado.

A liturgia bíblica nos ajuda a entender como usar os bens e dons desse mundo, eles são para ser cuidados com boa gerencia no amor e na gratuidade.

No livro de Amós, vemos o profeta denunciando os egoístas daquele tempo como os ricos e poderosos que desprezam os necessitados e vivem na ostentação e luxo, o mais grave é que eles exploram os pobres, dando lhes míseros salários e ainda são pessoas que não tem compaixão com os mais miseráveis. Infelizmente muitos estão gritando por socorro e estão marginalizados com salários oi sem condição de ter uma dignidade. Os ricos fazem riquezas com a dor e a necessidade dos que precisam. Acham que estão fazendo muito por eles.

Como outrora Deus, através do Profeta Amós, mostrou que Deus desaprovava aquela situação, prometendo castigo e exilio em terras estrangeiras, hoje também Deus está atento com a exploração, com a miséria e mortes injustas provocadas pelos grandes e ricos de hoje. (cf. Am 6,11-16)
É de lamentar quando vemos esbanjamento, ostentação e abundancia de alguns quando muitos passam fome, falta saúde e segurança.

Na carta de São Paulo a Timóteo nos mostra que o amor exagerado ao dinheiro e aos bens tem provocados muitos males. Podemos pensar que a raiz de tudo isso é um coração de pedra e insensível pelos gritos de um povo que quer um pouco de dignidade humana. (cf. 1Tm 6,10-16)

No Evangelho, temos o julgamento de Deus sobre a distribuição das riquezas.
O evangelista Lucas nos fala claramente dessa insensibilidade e esbanjamento do rico em vista ao pobre que não consegue o mínimo para sobreviver.

Na terra, o rico tinha tudo e enquanto o pobre nada, mas as coisas  se invertem no episódio da morte. Um é enterrado e outro não fica isolado no tumulo, mas é recebido no céu e fica junto ao Pai Abraão. (cf. Lc 16,19-31)

Não existirá ponte entre o sofrimento eterno com a alegria da eternidade com Deus, por isso precisamos ser mais solidários, mais compassivos com os necessitados, estendendo as mãos para ajudá-los a saírem dessa situação de marginalidade.
Que esta liturgia nos ajude a sermos mais atentos com a causa dos pobres e sofredores e lutar para que haja políticas públicas para ajudá-los e ainda que sejamos também portadores da corrente do bem para com eles, sendo balsamos regeneradores das feridas que o sistema e o egoísmo provocaram neles.

Tudo por Jesus nada sem Maria

Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha 28-09-19

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