Quando Paulo evangelizava, não o fazia apenas com palavras, mas com poder. A sua pregação penetrava os corações e as pessoas mudavam suas vidas. Ele mesmo dizia: “A minha palavra e a minha pregação longe estavam da eloqüência persuasiva da sabedoria; eram, antes, uma demonstração do Espírito e do poder divino, para que vossa fé não se baseasse na sabedoria dos homens, mas no poder de Deus” (I Cor 2, 4-5)


As coisas de Deus não são feitas pela força, por meio de imposição, mas de poder espiritual. Por isso, Deus escolheu os fracos, com intuito de confundir os fortes desse mundo (cf. I Cor 1, 27). Trata-se de um poder verdadeiro, real. Quando rezamos com fé, antes de terminarmos a nossa oração, Deus já nos atende.


Os apóstolos compreenderam bem esse ensinamento de Jesus, enfrentando estruturas terríveis. Eles tiveram de se confrontar com o poder político, com várias filosofias, as várias religiões, a mentalidade, cultura e vícios próprios daquela época e de todo tipo de paganismo. Mas não fugiram do combate e não se entregaram, mesmo sabendo que estavam diante de desafios terríveis e de inimigos humanamente invencíveis. Puseram-se de pé para lutar revestidos – não das armas da carne –, mas pela força do Espírito Santo. Assim, conseguiram sobreviver a um dos impérios mais fortes de todos os tempos: o Império Romano.


Falamos de pessoas comuns, como eu e você, mas cheias de fé e ricas em força interior. Gente que talvez soubesse poucas teorias sobre o Espírito, mas que, na prática, trazia o coração cheio do Espírito Santo.

Essas pessoas não dispunham das facilidades e dos recursos que temos hoje, mas algo as tornava fortes e invencíveis: apesar de serem homens e mulheres muito frágeis e limitados, o Espírito Santo era tudo em cada um deles.


Tudo podemos por meio da oração. Através dela, Deus nos dá o que ainda não temos. Por isso, o fraco se torna poderoso quando reza, pois Deus lhe empresta o seu poder. O Senhor nunca deixa de atender aquele que pede como convém. Ele está sempre pronto para ouvir as nossas orações.


Quando você se sentir oprimido e atribulado, quando for visitado pela angústia, tenha fé em que há uma saída. Não lamente. Chegou a hora de invocar o Espírito Santo e rezar sem se deixar abater pelo desânimo e pela reclamação. Quem fica reclamando da vida, passa a vida reclamando.


Reze! O Senhor o ouvirá. A força da nossa oração, para obtermos a graça de que tanto necessitamos, não vem dos méritos ou de uma vida perfeita, mas da bondade de Deus. Confie na misericórdia do Senhor!

Quando um homem e uma mulher, sabendo que são fracos, avançam revestidos pela oração, o mal perde todo o poder sobre eles e não pode atingi-los, porque a oração é uma arma poderosa contra todas as ciladas e investidas do demônio.


A oração se torna, para nós, como uma palavra inspirada, torna-se como que um lugar de onde tomamos posse da Palavra de Deus e a proclamamos para nossa libertação. Ela se torna como que uma vara que irá ferir o opressor e com o seu Espírito ela destruirá o maligno (cf. Is 11,4).

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