A prova ontológica recebeu, ao longo da história da Filosofia, duas refutações claras e sistemáticas. O primeiro a denunciá-la como sofisma, foi Tomás de Aquino no século XIII; depois Kant no século XVIII, iria adotar postura semelhante, ante a prova anselmiana.
Neste texto iremos buscar os principais argumentos, isto é, as razões últimas pelas quais Santo Tomás veio a rejeitar a “ratio Anselmi”. Tentaremos também extrair as principais conseqüências do abandono do argumento anselmiano, por parte de Tomás na sua teologia natural, bem como na dinâmica mesmo da exposição das provas da existência de Deus.
O Doutor Comum manifestou o seu desacordo com Anselmo, em vários lugares. Entretanto, foi no livro I da Suma Contra os Gentios, no capítulo XI, onde ele desenvolveu mais sistematicamente o tema. Tomaremos então como base da presente exposição, o supradito capítulo, com o acréscimo do capítulo XII, além de recorreremos ao auxílio sempre eficaz, de alguns exímios estudiosos do pensamento de Tomás.

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