Uma condição essencial para que nossos relacionamentos sejam equilibrados e sadios, é a qualidade do relacionamento que temos com nós mesmos. Se o coração não tem a devida maturidade para se enfrentar em sua real identidade, este se construirá de maneira oca e ausente de inteireza, existindo fragmentado em meio a ilusões.


A experiência do deserto e da solidão é de grande valia para que o ser se contemple e enfrente, e assim, possa se compreender como é.

De forma a nos oferecer uma rica possibilidade de encontro, remetendo-nos ao encontro com nós mesmos e nos preparando para, a partir da consciência do que somos, nos encontrarmos verdadeiramente com o outro.


Há quem não se permita viver a experiência da solidão e tende a criar barulhos e ocupações por receio do silêncio, o qual revela o que somos.


Existem aqueles que afirmam “ser de todos” e comunicar-se constantemente com todos; porém, é preciso recordar que o lançar-se na dimensão relacional não pode ser fuga, mas sim, um passo consciente de alguém resolvido em sua individualidade, que deseja doar e comunicar o que é e também acolher a verdade expressa por outro. Contudo, ninguém pode doar-se, se antes não se possuir.


Os desertos proporcionados pela vida, se bem direcionados, podem preparar-nos qualitativamente para o encontro com os demais, e principalmente, para o encontro com Deus.


A solidão e o silêncio revelam o que somos, fazendo-nos entender nossa singularidade, e conseqüentemente, a singularidade daqueles que nos acompanham. Ao vivê-los [solidão e silêncio] aprendemos a compreender as diferenças que nos caracterizam, assim como

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