1 - A Bíblia afirma que Jesus Cristo fundou uma única Igreja (Mat. 16,18; 18,17); que Ele fundou na pessoa de Pedro, a quem chamou Pedra e a quem constituiu o fundamento visível dessa Igreja neste mundo. (Mat. 16, 18 conjugado com Ef. 2,19) Para tanto, Jesus mudou o nome de Simão para Pedro, indicando assim que lhe conferia uma missão especial. Ela afirma ainda que Jesus Cristo é o seu fundamento principal, “pedra de ângulo”. (Ef. 2,20) Ele Se tornou fundamento invisível após a Ascensão.

2 - Afirma ainda que a Igreja é o Corpo (entende-se místico) de Cristo e nós os seus membros (Col. 1,24; 1,18); desse Corpo Ele é a Cabeça ou princípio vital (1 Cor. 12,27); e que ela é a Igreja do Deus vivo (1 Cor. 3, 15); que a Ela Cristo prometeu assistência especial “até o fim dos séculos”. (Mat. 28, 20) Por tudo isso, a Igreja não pode errar no ensino definitivo das verdades pertencentes à fé e à moral, como, por exemplo, nas definições dogmáticas. Ela será também indefectível até o fim dos séculos; Ela é ainda um meio de salvação. (Cf. Folhetos Católicos, nºs 01, 02 e 14)

No entanto, os protestantes, crentes ou evangélicos, rejeitam todo esse ensino da Bíblia, e se constituem em incontáveis seitas. Não têm um chefe-cabeça visível, nem unidade de doutrina, de governo e de culto, característica da verdadeira Igreja de Cristo. As seitas se opõem umas às outras, mas estão sempre unidas em frente única contra a Igreja Católica. Bom sinal!

3 - A Bíblia afirma que, além da mediação de Redenção, pela qual Jesus Cristo é o único Mediador por virtude própria (1 Tim.2,5-6), há uma mediação de intercessão e secundária dos Anjos. (Hebr. 1,14; Apoc. 8, 3-5; Zac. 1,12-13) A Bíblia apresenta ainda homens santos a fazerem súplicas aos Anjos. [ Gên. 19,17-21; 48,16; Os. 12,5] Prestavam-lhes também atos de veneração. (Gên. 18,2; 19,1-2; Núm. 22,23; Josué 5,13-15)

4 - A Bíblia ensina ainda que os Santos da glória podem interceder por nós junto de Deus. Eis textos que contêm esta verdade: Jer. 15,1; Luc. 16,27; 1 Reis 11,11-13; Êx. 32,13; 2 Reis 13,21; Sal. 131,1. Em Apoc. 5,8, a Bíblia apresenta exemplos disso nos vinte e quatro anciãos, ou Santos da glória, que oferecem a Cristo as orações dos santos da terra, que são os fiéis cristãos.

É claro que tudo isso que a Bíblia afirma sobre a intercessão dos Anjos e Santos deve-se afirmar sobretudo a respeito dAquela que está muito acima de todos os Santos e Anjos, Maria Santíssima, a Santa Mãe de Nosso Senhor.

Veja tudo isso mais explanado em Folh. Catól.- nºs 03, 04 e 11.

Os protestantes, porém, rejeitam todo esse ensino da Bíblia sob o pretexto de que Cristo é o único Mediador entre Deus e os homens, e que é suficiente. “Suficiente”! Portanto há outros!. Não lhes importa a demonstração da Bíblia de que Cristo é o único Mediador, sim, mas de redenção (1 Tim. 2,6 ); o que não exclui mediadores de intercessão por participação, segundo determinação de Deus, conforme os textos acima citados.

Não lhes importa também que essa mediação seja plenamente conforme a natureza dos seres criados pelo próprio Deus, segundo a qual os inferiores obtêm favores de seus superiores também pela mediação dos amigos de ambos. A própria mediação de Cristo tem por base esse princípio: ser Cristo, ao mesmo tempo bem aceito por Deus e nosso amigo junto dEle. Daí a afirmação de Luc. 16,9 : “granjeai amigos… que vos recebam nos eternos tabernáculos”.

5 - A Bíblia afirma ainda que a Virgem Santíssima, sendo:

a - A Santa Mãe de Nosso Senhor, teria que ser uma mulher superior, dotada de prerrogativas singulares, com poder de derrotar o demônio totalmente, como o Livro do Gênesis - Ela e a Sua descendência (no original:prole, filho, Jesus) - esmagando-lhe a cabeça, quebrando-lhe o domínio tirânico que exercia sobre a humanidade. (Gên. 3,15).

b - Ela é, ao mesmo tempo, Filha de Deus e de Deus Mãe. Ela participa assim do mistério de seu Filho que é, ao mesmo tempo, verdadeiro homem e verdadeiro Deus. Por isso a Bíblia afirma que Ela é a Mãe do “Emanuel” ou Deus conosco, do “Deus forte” (Isaías 7,14; 9,5); que é a “Mãe do meu Senhor” (Luc. 1,43); a “Mãe do Filho do Altíssimo.” (Luc. 1,32); a “Mãe do Filho de Deus.” (Luc.1,35).

c - Ela é totalmente pura, imaculada desde a sua concepção, pois a inimizade que Deus estabeleceu entre Ela e demônio é total, de tal modo que Ela não podia estar sob o seu domínio nem por só momento. (Cf. o citado texto do Gên. 3,15) Também pela plenitude de graça que teve de modo permanente, como o indica o verbo aí empregado (texto original grego da Bíblia), e não como simples agraciada. (Luc 1,28).

d - Ela é Virgem intacta. (Cf. Isaías, 7,14; Luc. 1,32 e 35) Ver informações mais extensas e refutação de objeções em Folhetos Católicos, nº 12; além de outras prerrogativas que aqui se omitem por brevidade. (Ver mais em Folh. Católicos, nº 11).

No entanto, os protestantes não se pejam de reduzí-lA a uma mulher comum e pecadora. Não se importam de reduzir a isso a Mãe de Nosso Senhor, aviltando assim o próprio Jesus, reduzido logicamente a Filho de uma pecadora comum, e fazendo-A rival da glória de Seu divino Filho, como se Ela usurpasse para Si as honras que se Lhe prestam na Igreja.

6 - A Bíblia manda fazer imagens de Querubins, que são Anjos (Êx. 25,18), e colocar no Templo de Deus, no lugar mais santo, o chamado “Santo dos Santos” (Hebr. 9,1 a 7; 1 Reis 6,23-29 ). Afirma ainda que era do meio desses Anjos que Moisés ouvia as ordens de Deus para o povo de Israel. (Êx. 25,22) Não eram, pois, simples objetos de adorno. Portanto, é conforme a Bíblia o uso de imagens no culto divino. Ver mais em Folhetos Católicos, nº 05. No entanto, os protestantes, igualando as imagens sagradas dos Anjos e dos Santos com os abomináveis ídolos dos falsos deuses dos pagãos, que a Bíblia condena, por exemplo, em Sal. 134, 15 a 17; Êx. 20,3-5; Rom. 1,23, injuriam a própria Bíblia que dizem seguir, fazendo-a contraditória, porque a fazem-na afirmar e negar a mesma coisa.

7 - A Bíblia recomenda orações pelos mortos, pois além de legitimar essa prática, ensina que há um lugar de purificação transitório para as almas que precisarem de maior purificação após a morte (1 Cor. 3,11 a 15; Mat. 12,32; 5,25-26); o nome deste lugar não importa: a Igreja o chama “purgatório”. A Bíblia apresenta ainda o Apóstolo São Paulo fazendo a Deus oração por um morto chamado Onesíforo (Cf. 2 Tim. 1, 15 a 18 comparado com o cap. 4,19 da mesma 2 Tim.). Ver mais em Folhetos Católicos, nº 06.

Os protestantes, crentes ou evangélicos, no entanto, rejeitam prática tão salutar e bíblica, sob o pretexto de não encontrarem na Bíblia o termo “purgatório”. A realidade não lhes importa! O que lhes importa é a palavra!

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