Neste mês das vocações nós do site vocacionados não poderiamos deixar de postar um artigo sobre a vocação,todos nós sabemos que todos somos vocacionados des do momento em que nascemos, mas especificamente podemos atender a vocação ao MATRIMONIO ao SACERDOCIO OU A VIDA RELIGIOSA e a vida de SOLTEIRO(A).
Este artigo é especifico a vida religiosa franciscana, para as pessoas que desejem descobrir sua vocação.

Você que lê este artigo espero que seja alguém que esteja extremamente sem direção para uma busca. Que já não sabe sequer onde esteja pisando. Não se preocupe com isso, pois toda qualquer pessoa já passou por uma fase semelhante a essa. Aliás, se preocupe sim, e muito. Que busca é essa que eu espero que você esteja? Penso que também eu não saberia dizer o que seja - só você sabe o que é - mas é uma busca que ao mesmo tempo que preenche esvazia e coloca questões que realmente doem e às vezes até fazem chorar, demonstrando que não sabemos para onde estamos conduzindo nossa vida. Ao mesmo tempo que é plenificante (isso não podemos deixar sem relevância) nos causa uma aflição e sequer sabemos onde estamos. Você pode estar pensando ainda que falarei aqui somente de assuntos que costumamos chamar de down, "pra baixo", "deprê"... Continue lendo e depois tire conclusões!

Mas você também pode ser alguém que esteja muito, muito feliz ou feliz.

Em algum momento da trajetória histórica na vida de um ser humano as perguntas cruciais sobre quem eu sou, para que vim ao mundo, para que existo vem à tona e na maioria das vezes causa um abalo sísmico des-estruturante. Se você, caro leitor, já está passando por isso pode ter a certeza de que está sendo visitado pelo grande teor profundo do sentido da vida. É isso mesmo: você está querendo plenificar sua vida, dar cores novas que possam durar muitas primaveras, encontrar-se com um grande amor que o faça querer transformar tudo, lançar palavras ao globo procurando quem o possa escutar.

Ou não...

Tem pessoas que fazem questão de se desviar de tudo isso, esquecer: "Ah, não enche..." Eu fico pensando até que ponto uma pessoa pode viver assim, porque mais do que tudo nós somos seres de busca, de olhares dirigidos para o horizonte infinito, para onde não há nada, mas nesse nada sabemos que está o tudo. Não o tudo vago, sem direção, abstrato, mas o tudo plenificante e porque não sabemos o que seja dizemos tudo.

Que confusão! Para onde eu quero ir e chegar com tudo isso? Continua caminhando comigo nesta leitura...

A vocação acontece neste turbilhão de vitalidade onde cada pessoa sabe que tem que existir sem ficar na espera de que algo milagroso aconteça na vida e mude tudo. É a força transformadora da vida vivida na simplicidade do saber que existe. E aqui, nesta vida e não em outra vida, eu quero fazer acontecer algo que fique na História ou que simplesmente marque a minha história.

Eu estou querendo emendar num outro assunto, mas o caminho seria muito longo para fazê-lo. Então sem esperar vou logo dizendo ...

Sempre dizemos e ouvimos dizer que somos filhos de nossa época - se você nunca ouviu está lendo agora - mas a verdade é que sentimos, no dia-a-dia, a força do ambiente em que nos movemos. Esta influência é tão grande, que muitas vezes nos descobrimos pensando e agindo de acordo com o mundo que nos rodeia, mais do que com nossas próprias convicções. Como vivemos numa época de produção, publicidade, exaltação do prazer, consumismo, competição, temos de fazer um esforço diário para estar conscientes de que não somos mercadorias nas mãos de alguns poucos que buscam vantagens. Linhas atrás eu mencionei a questão da simplicidade. Você sabe, caro interlocutor, que São Francisco de Assis foi nisto um mestre. Mestre que deixou um legado para muitos homens e mulheres que ainda hoje são pessoas atentas a essa pessoa guiada por Deus que até hoje vive e grita o sentido profundo de tudo o que é fundamental para a vida de todo homem. Por herança franciscana devemos ser os simples, os que valorizam a grandeza presente nas pequenas coisas e em nossos irmãos menores, os que reconhecem o Deus-ternura, que se afasta dos poderosos; devemos ser aqueles que mantém viva a sensibilidade para ver o dom gratuito da presença de Deus na vida, mesmo enclausurada na pequena semente (Mendes).

Ufa! Quase faltou a respiração, mas ainda bem que conseguimos. Pare e reflita e pense em tudo isso, pois são palavras escritas com sangue derramado no chão da busca do cansaço que quer a outros descansar. Fique com Deus!






Frei Rodrigo Favero. OFM.CONV

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