Mas afinal, esperar o quê? Preparar-se para quê? Qual o sentido que tem esse tempo?


especial para a sociedade, especial para o mundo, mas hoje em dia essa data é mais especial ainda para o comércio.

Nos dias de hoje esta grande festa tem se transformado unicamente como um meio de ganhar a vida, aumentar os lucros e assim aumentar as vendas no final de ano.

O valor da família ficou sendo apenas celebrado pela troca de presentes, não precisando mais estar presente. E as manifestações de afeto e de carinho podem ser feitas a distâncias, e às vezes, nem precisa ser falado, nem mesmo pelo telefone ou celular, pois "ele já sabe o que eu penso".

Mas uma coisa é certa, ao menos as lembranças têm que ter nesses dias. Então com esse intuito, as “festas” do Natal foram adiantadas pelo comércio.

Se você prestou bem atenção as lojas começaram suas transformações para o tempo de Natal não no mês de novembro, mas ainda no mês de outubro, deixando de lado todo o tempo especial que é a preparação.

Mas afinal, esperar o quê? Preparar-se para quê? Qual o sentido que tem esse tempo?

No tempo e na cultura em que vivemos a festa se torna muito mais especial e mais celebrada e importante que a preparação, o que não deixa de ser verdade, mas a medida da espera e da preparação será a medida da celebração. Quanto mais eu me dedico e me preparo interiormente e exteriormente, mais e melhor poderei vivenciar esta festa.

Podemos lembrar com muita tranqüilidade das festas mais importantes que participamos – um casamento, uma ordenação, uma colação de grau, um aniversário de quinze anos, e muitas outras festas; nós nos preparamos com uma certa antecedência, um banho bem caprichado, os homens fazem a barba, as mulheres vão ao cabeleireiro fazer corte e escova, a roupa bem lavada e já passada, os sapatos bem engraxados, o perfume muito bom, e o combustível no carro.

A preparação é fundamental para que não passemos vergonha na festa. Os presentes vêm em segundo plano. É necessário preparar-se! Comprar os presentes como manifestações de amor, não como um valor que se torna sinal de status pelo valor comercial que esse presente tem, mas sim um sinal de carinho, de afeto, que se dá, que se entrega, que se importa, que quer fazer parte desse momento importante e de grande valor.

A Sagrada Família de Nazaré certamente já havia preparado o nascimento do menino Jesus com muitos meses de antecedência, José, homem justo, já tinha feito o berço e já havia providenciado todos os detalhes para o nascimento de Jesus, e certamente já havia providenciado tudo para o bem estar de Maria. Mas acima de tudo o que a Sagrada Família estava atenta era em fazer a vontade de Deus em suas vidas.



Pobreza como ingrediente para uma "boa festa"

A pobreza!

Ela é ingrediente fundamental para a boa celebração da festa do menino Deus.

O esvaziamento!

Torna-se aqui um ponto de encontro entre o eu que sou pobre, e o menino Deus que quer nasce em mim, dentro de mim.

O acolhimento!

Acolher Jesus, ser manjedoura, ser pobre, esvaziado de mim mesmo, das pessoas e das coisas.

Evangelização!

Assim como os anjos que foram ao encontro dos pastores para anunciar a boa nova. “O anjo disse-lhes: Não temais, eis que vos anuncio uma boa nova que será alegria para todo o povo: hoje vos nasceu na Cidade de Davi um Salvador, que é o Cristo Senhor.”

Sim, é um tempo muito especial o Natal!, Tanto que para nós católicos, o Advento começa no domingo após a celebração da festa de Cristo Rei do universo, e depois disto temos o período de mais quatro semanas de preparação à festa do Natal. Na qual temos oito dias de festividades e de muita alegria, vivenciadas em família, vivenciadas em Igreja; a Igreja doméstica que é a minha família, e a Igreja como um todo, que é a minha grande família.

E para bem celebrarmos esta festa a Igreja instituiu o Tempo do Advento. Na Igreja este tempo é vivido em clima de alegre expectativa que não deixa de ter seu tempo de penitência, para nos prepararmos para as festas do Natal.

O advento passa a ser assim como um tempo de preparação, de purificação de arrumar a casa, de realizar uma grande faxina interior, acompanhadas de gestos externos de espera expectante daquele que vem! Lembramos de Jesus como a promessa do Pai que se cumpre, e temos em nosso coração a esperança de vê-lO novamente em sua segunda vinda. Através de atos de santidade, nos preparamos para o Natal e apressamos esta segunda vinda.

Testemunho de unidade, evangelização, oração, vivência familiar, despojamento e anuncio da esperança: são as nossas ferramentas de preparação que nos auxiliam nessa arrumação da casa.

Encerramos o ano litúrgico celebrando Cristo Senhor e Rei do universo, Senhor absoluto de tudo e de todos, e iniciamos o ano litúrgico com a preparação para o nascimento do menino Deus, que se encarna e vive em meio a nós.

O Verbo se encarna! Glória a Deus! É o aniversário do Verbo. É aniversário de Jesus, e eu sou convidado a celebrar esse aniversário, e como é a melhor maneira para se celebrar esse aniversário?

Vivendo em família, com o amor afetivo e efetivo, mas sem tirar os olhos do foco, do centro, do mais importante: Deus, Jesus, o Verbo que se encarna, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.

Sim, o Natal é especial, a todos os Cristãos, que pertencem a família de Cristo, e que juntos celebram o nascimento do membro mais importante dessa grande Família.



Bendito seja Deus que nos reúne em torno de Jesus, e nos fez um com Ele, assim como Jesus e o Pai são um.

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