A existência de vida em nosso Planeta é algo que intriga e motiva há muito os cientistas, pensadores, artistas, pessoas de diferentes épocas e culturas.
A Terra, que surgiu há cerca de 4,5 bilhões de anos, levou cerca de 1 bilhão de anos para manifestar suas primeiras formas de vida. Desde então, os seres vivos evoluíram, transformando-se em milhões de formas, das mais simples às mais complexas, combinando-se, interagindo-se, adaptando-se, criando mecanismos para se perpetuarem no espaço e no tempo, se não como indivíduo, como espécie que luta para se perpetuar.
A forma de vida mais complexa, que surgiu há aproximadamente 2 bilhões de anos, é dotada de inteligência e da capacidade de criar, relacionar-se socialmente com seus semelhantes, contar sua história, refletir sobre sua presença neste cenário de vida e riquezas que a Terra proporciona. Estes seres diferenciam-se ainda dos demais pelas transformações que produziram no Planeta e pela possibilidade de compreender as consequências de suas ações – que podem comprometer a diversidade resultante destes bilhões de anos de evolução da vida.
O tema da Campanha da Fraternidade 2011, “Fraternidade e a Vida no Planeta”, propõe uma reflexão sobre a forma como temos transformado o espaço em que atuamos, o modo como enxergamos os recursos que temos para sobreviver, a viabilidade de vida para os que existirão depois de nós.
A crise ambiental que se torna cada vez mais perceptível com o aquecimento global, a degradação de ecossistemas, o desaparecimento de muitas espécies, o esgotamento de recursos naturais valiosos e imprescindíveis para a nossa sobrevivência, preocupa e desa a a humanidade.
O desenvolvimento econômico obtido por muitas culturas se deu à custa da degradação ambiental e de desigualdades sociais que vêm comprometendo o futuro dos povos. As conquistas da ciência e da tecnologia parecem não ser su ciente para garantir o bem estar da sociedade enquanto persistirem ações individualistas e antiéticas por parte de alguns grupos ou indivíduos.
É necessário que saibamos administrar os recursos naturais e humanos de maneira colaborativa e responsável, para que não venhamos a sucumbir em meio ao caos ambiental que provoca a escassez e o sofrimento. Não precisamos destruir para produzir, degradar para desenvolver ou esgotar para explorar.
A Igreja, em sua missão de promover a vida, convida-nos a pensar numa forma mais fraterna de tratar os seres vivos da nossa e de outras espécies, de quem depende nossa sobrevivência e por quem temos a responsabilidade de zelar.

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