Papa apresenta vida de São Roberto Belarmino, o “bispo simples”

Os cristãos são chamados a se converterem cada dia para que tenhamos um mundo mais humano, justo e fraterno. É preciso que entremos na escola de Cristo e de lá aprendermos ser mais simples e santos. Na medida em que comprometemos com a causa de Cristo que é ser um discípulo que faz a diferença no mundo. Não se conformar com a realidade vigente e nem ficar omisso nas ações transformadoras na sociedade e na família. Onde houver o amor aí teremos a justiça e a paz.
Na catequese do dia 23/02 o papa nos fala de São Roberto Belarmino: Apesar de ser o sobrinho de um papa e tendo vivido a maior parte de sua vida nos "ambientes mundanos" do governo e da diplomacia, o Papa não hesitou em propor hoje a figura de São Roberto Belarmino, como modelo de bispo "simples e cheio de zelo apostólico". Deste santo, que escreveu várias obras de espiritualidade e doutrina, além de ter contribuído grandemente para a Igreja dos séculos XVI e XVII, o Papa quis destacar seu perfil como um homem de oração e contemplação. "Belarmino ensina com muita clareza e com o exemplo de sua própria vida que não pode haver uma verdadeira reforma da Igreja, se antes não acontece nossa reforma pessoal e a conversão do nosso coração", sublinhou o Papa (www.zenit.org) .
Roberto Belarmino (1542-1621) foi uma figura fundamental para a Igreja da Contrarreforma, ao sistematizar a concepção da Igreja, em resposta à crise provocada pela Reforma luterana. Nascido em Montepulciano (Itália), entrou muito jovem na Companhia de Jesus. Primeiramente, foi professor de teologia em Lovaina e Roma, época em que elaborou uma de suas obras mais famosas, Controvérsia. "O Concílio de Trento tinha terminado pouco tempo antes e, para a Igreja Católica, era necessário reforçar e confirmar sua identidade também no que diz respeito à Reforma Protestante. A ação de Belarmino se insere neste contexto", explicou o Pontífice(www.zenit.org) .
Sua obra constitui, afirmou, "um ponto de referência, ainda válido para a eclesiologia católica, sobre as questões acerca da Revelação, da natureza da Igreja, dos sacramentos e da antropologia teológica". "Nelas, acentua-se o aspecto institucional da Igreja, devido aos erros que estavam circulando sobre tais questões." Nesta obra monumental, que tenta sistematizar as várias controvérsias teológicas da época, o santo "evita todo tom polêmico e agressivo com relação às idéias da Reforma, usando os argumentos da razão e da Tradição da Igreja para ilustrar de maneira clara e eficaz a doutrina católica", destacou o Papa(www.zenit.org) .
Apesar de ser brilhante como teólogo, prosseguiu o Papa, seu legado "consiste na maneira como ele concebeu seu trabalho. Os trabalhos tediosos de governo não o impediram, de fato, de caminhar rumo à santidade, na fidelidade às exigências do seu próprio estado de religioso, sacerdote e bispo". "Sendo - como sacerdote e bispo -, em primeiro lugar, um pastor de almas, ele sentiu o dever de pregar assiduamente", explicou. "Sua pregação e suas catequeses têm esse mesmo caráter de simplicidade que ele recebeu da educação jesuíta, toda dirigida a concentrar as forças da alma em Jesus, profundamente conhecido, amado e imitado " (www.zenit.org).
São Belarmino oferece "um modelo de oração, a alma de toda atividade: uma oração que escuta a Palavra do Senhor, que é preenchida com a contemplação da grandeza, que não se fecha em si mesma, que se alegra em abandonar-se nas mãos de Deus". O santo, "que viveu na pomposa e muitas vezes insalubre sociedade dos últimos anos do século XVI e início do século XVII, esta contemplação inclui aplicações práticas e projeta a situação da Igreja do seu tempo com a corajosa inspiração pastoral". Suas obras, concluiu o Papa, "nos lembram que o objetivo da vida é o Senhor, o Deus que se revelou em Jesus Cristo, em quem Ele continua nos chamando e prometendo-nos a comunhão com Ele". "Elas nos recordam a importância de confiar no Senhor, de viver uma vida fiel ao Evangelho, de aceitar e iluminar, com a fé e a oração, toda circunstância e toda ação da nossa vida, sempre ansiando a união com Ele" (www.zenit.org).
Com as palavras do nosso Papa Teólogo Bento XVI podemos falar: se cada cristão sempre estiver em intimidade com Deus na oração e tendo sempre a meta de chegar ao céu por uma vida despojada e próxima de Cristo, com certeza encontraremos a verdadeira paz. Jesus é a nossa meta, sem Ele nada podemos fazer, mas se tivermos ligado a Ele como um galho à arvore produziremos muitos frutos de partilha, de misericórdia, de justiça e solidariedade.Assim, podemos ser luz para os outros e com a nossa coerência de vida cristã podemos agregar muitos nesse grande projeto de evangelização e transformação do mundo atual.

Bacharel em teologia José Benedito Schumann Cunha 06-02-2011

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