Queridos irmãos e irmãs, iniciamos nesse domingo, um tempo de esperança para todos que buscam a Deus numa vida coerente na comunidade, em família e no mundo. Uma Luz brilhará na escuridão da historia humana, Um Deus vem ao encontro da humanidade. Na Igreja inicia mais um ano litúrgico, onde celebremos os grandes mistérios da nossa fé dentro da nossa historia da salvação. Durante esse ano vamos caminhar de modo especial com o Evangelho de Lucas.
Celebraremos em quatro semanas um tempo de espera denominado de Advento. Um tempo privilegiado de espera e de esperança renovada no Deus que virá e no natal que é celebrar a primeira vinda de Cristo, através do sim de Maria. Um Deus que se encarna no meio de nós.
A liturgia bíblica desse domingo nos faz reviver no nosso olhar do passado que se torna presente na nossa fé em Cristo.
No livro do Profeta Jeremias, encontramos palavras de esperança um povo que tinha passado por um longo exilio. O contexto disso era que o povo se encontrava cansado e abatido que estava retornando novamente a sua terra. O cenário que eles encontraram era de destruição e que necessitava de uma reconstrução. Então o profeta diz que virá tempos melhores e os dias serão de muita luz. Ele relembra que não podemos ficar preso ao passado e nem na ansiedade do medo do presente, mas instaura em todos a chama da esperança. Esta esperança vem da fidelidade de Deus. Isso estará confirmado (cf. Jr 33,14-16)
Surgirá um descendente de Davi, que assegurará a paz e a salvação. Esta alegria e esperança se concretizarão em Cristo que dará inicio de um reino de justiça e paz. Esse reino para ser realmente visto e concretizado precisa da nossa colaboração com mãos que trabalham para ter partilha, amor, solidariedade e perdão entre nós.

Na primeira carta aos tessalossences vamos ter uma olhar na nossa realidade presente., (cf. 1 Ts 3,12-4,2). São Paulo dá um conselho à comunidade e para nós também que a melhor maneira de esperar a vinda de Jesus é crescer no amor mutuo de cada pessoa. Esse amor é a condição de celebrar o advento e o natal. Esse espirito de espera é irradiado nos corações de cada pessoa que enfeita a sua casa e a sua rua no clima de festa natalinas. O comercio ilumina com as arvores e tudo parece que estão na espera de um grande acontecimento, mas que deve estar cheio de esperança e amor a todos.
O evangelista Lucas nos faz ter um olhar para o futuro. Jesus mostra a nós que virá um tempo de dificuldade, de sofrimento e perseguição. Esta linguagem apocalíptica com sinais catastróficos para ilustrarem o fim do mundo será o Dia do senhor, que restaura tudo e libertar definitivamente das amarras do pecado que não deixa o homem ser livre. Não é para dar medo diante do fim do mundo, mas renovar em nós a esperança e nos fazer vigilantes para reconhecer Jesus nos fatos da nossa vida e no mundo para acolhê-Lo, pois Ele vem novamente a nós. Será que vamos reconhecê-lo? Assim Jesus nos fala: "Fiquem de pé e levantem a cabeça, pois a vossa libertação está próxima".(cf. Lc 21,25-28.34-36) Devemos dar atenção aos sinais que Jesus nos dá em cada gesto que se faz no mundo. Natal é isso, viver a autenticidade nos gestos de amor solidário, de serviço desinteressado que promove a pessoa e partilha de bens e dons para que ninguém fique excluído no meio de nós. Que o clima de festa não apague o verdadeiro sentido do natal, pois a esperança de um mundo melhor seja uma realidade no meio de nós. Somos pessoas que caminham para a eternidade com os pés no presente que constrói uma vida de comunidade onde reina a paz e justiça entre nós. Que não sejamos insensíveis diante das carências materiais e humanas de nossos irmãos e irmãs que passam privações da Palavra de Deus e do pão que mata a fome. Amém
Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha 01-12-2012

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