Queridos irmãos e irmãs em Cristo. Somos cristãos e devemos dar a razão da nossa fé em Deus. Não podemos ser ingênuos e nem fanáticos, pois corre o perigo de ficarmos na periferia dos conceitos e doutrinas que podem nos enganar os sentidos. A fé deve ser firme e solidificada na confiança e na obediência a Deus. Deus é o nosso fim último e é para Ele que tudo vai. O mundo se torna mais humano e cristão na medida em que cada um coopera com a obra divina que foi criada e testa por Deus como algo bom. (1)
A fé, vivida realmente, não entra em conflito com a ciência, mas coopera com essa', enfatizou Bento XVIO Papa Bento XVI dedicou a catequese desta quarta-feira, 21, para falar sobre a racionalidade da fé. Ele lembrou que Deus, com sua graça, ilumina a razão e lhe abre horizontes infinitos, de modo que a fé constitui um incentivo para buscar sempre, sem parar e sem aquietar-se “na descoberta inesgotável da verdade e da realidade”.(2)
Para exemplificar essa busca incessante que a fé incentiva, o Papa citou Santo Agostinho. Este buscou com inquietação a verdade, perpassando todas as filosofias disponíveis. “A sua cansativa investigação racional é para ele uma significativa pedagogia para o encontro com a Verdade de Cristo. Quando diz: “compreendas para crer e creias para compreender” (Discurso 43, 9:PL 38, 258), é como se contasse a própria experiência de vida”.(2)
O Papa lembrou que a fé católica é racional; o conhecimento da fé não vai contra a razão. Ele afirmou que, diante do desejo pela verdade, somente uma relação harmônica entre fé e razão é o caminho certo que conduz a Deus e à plena realização de si. Nesse sentido, fé e razão se complementam. “A fé, vivida realmente, não entra em conflito com a ciência, mas coopera com essa, oferecendo critérios basilares para que promova o bem de todos, pedindo-lhe para renunciar somente àquelas tentativas que – opondo-se ao projeto originário de Deus – possam produzir efeitos que se voltam contra o próprio homem”. (2)
Bento XVI também lembrou que, desde o início, a tradição católica rejeitou o chamado fideísmo, que é a vontade de crer contra a razão. Ele destacou que Deus não é um absurdo, mas sim um mistério, que não é irracional, mas tem uma superabundância de sentido, de significado e de verdade. “Se, olhando para o mistério, a razão vê escuridão, não é porque no mistério não tenha a luz, mas porque existe muita (luz). Assim como quando os olhos do homem se dirigem diretamente ao sol para olhá-lo, veem somente trevas; mas quem diria que o sol não é luminoso, antes a fonte da luz?”, exemplificou.(2)
As palavras do papa Bento XVI sempre oportuna e sabias nos permitem a ter uma concepção de Deus e da sua vontade para podermos cumprir em vista do nosso bem e de todos os que caminham conosco rumo a eternidade. Ser Deus é o principio de todo entendimento humano. Todos os nossos sentidos se congruem para um proposito que é estar em comunhão com Deus e com todos. O mistério de Deus é para sem contemplado, admirado e vivido, isto nos dá uma alegria que justifica a nossa existência. Somos criados para amar a Deus e fazer a sua vontade. A fé será enriquecida pela nossa disposição de estar na intimidade de Deus que se deixa ser tocados por nós. O coração humano se rejuvenesce na presença de Deus sempre. Amém (1)
(1)    Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha
(2)    www.cancaonova.com

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