Estamos no quarto domingo do Advento. A liturgia desse tempo que vem antes do natal deparou com varias pessoas que anunciavam e preparavam o povo para a vida do Messias. São eles: Jeremias, Baruc, Sofonias, Miquéias, João Batista... etc. Nesse domingo nós temos a graça de lembrar e fazer memoria da figura de uma grande mulher. Não podemos esquecer de Maria, pois ela foi a mulher singular, cheia de graça, que permitiu a vinda do Salvador Jesus. Não se pode pensar em Jesus sem lembrar de Maria.
As leituras bíblicas desse domingo nos fazem entrar no clima de Natal do Senhor. Deus é infinitamente bom e usa instrumentos simples e humildes para que o seu filho venha ao nosso meio. Deus deixa a liberdade ao homem de responder. Ele não obriga ninguém, mas se estivermos com Ele nós encontramos alegria e esperança de um mundo melhor.
O profeta Miqueias nos relata o ambiente simples e pobre, onde o “salvador”, isto é, O messias irá nascer. (cf. Mq 5,1-4a). Deus usa meios maravilhosos e faz de um lugar simples e desconhecido como Belém, o lugar ideal do nascimento do Messias. Não foi lugar como Jerusalém e nem lugares luxuosos e poderosos, o lugar de nascimento do Messias. Ele não mistura com os poderosos e gananciosos daquele tempo. Numa família simples e humilde, ele nasce e torna-se pastor de todos.
O apostolo Paulo na carta aos hebreus afirma que Cristo se ofereceu ao Pai para cumprir a sua vontade. Jesus é a oferenda perfeita, pois se entrega a todos nós. Um Deus que quer fazer morada entre nós e nos ensina que devemos ser humildes, partilhando os bens e os dons com os mais pobres e necessitados. A nossa vida, as nossas obras e os nossos trabalhos devem estar sintonizados com a vontade de Deus. Deus é bom e fiel e que estejamos com Ele sempre. Por que ficarmos correndo por valores terrenos que passam? (cf. Hb 10,5-10)
O Evangelho de Lucas nos mostra o encontro extraordinário de duas mulheres que souberam entender as promessas de Deus libertador. Isso as enche de alegria, pois Deus cumpre a promessa feita, isto é, um salvador estará no nosso meio por intermédio da virgem Maria e que terá um percussor João Batista que vai dar testemunho Dele. (cf. Lc 1,39-45)
O sim de Maria nos dá a certeza que Deus preocupa com o homem. Ela, após anunciação do anjo, vai à casa de Isabel para prestar ajuda, pois esta já era idosa e estava gravida. O acolhimento de Maria a Deus se torna serviço a quem precisa e nós que podemos fazer de concreto aos outros quando acolhemos Jesus? Assim, viver o natal é viver Jesus na ajuda aos pobres, os sem vez e voz na nossa sociedade capitalista. Que todos possam sentir o amor de Deus que abraça um coração solidário aos outros. Feliz Natal!
Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha



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