Queridos irmãos e irmãs, somos
filhos e filhas de Deus, para isso precisamos viver em conformidade com a
vontade de Deus. O nosso Deus nos faz participar do seu amor infinito e ainda
se deu integralmente a nós. Não podemos viver divididos e nem em religiões isoladas,
pois isso não convém a fraternidade e nem favorece a comunhão conosco e com
Deus da vida. Na cruz Jesus uniu todos os povos no amor-doação total. Ela é
sinal de pertença e unidade entre nós cristãos. O cristão é aquele que segue os
passos do seu Mestre que é Jesus. Ele nos ensina o despojamento, a humildade, a
solidariedade, o amor sem interesse, o serviço aos necessitados e partilha de
dons. (Jose Benedito Schumann Cunha)
ROMA, 17 de Janeiro de 2013
(Zenit.org) - Na festa de São Henrique de Uppsala, padroeiro da Finlândia, o
Santo Padre Bento XVI recebeu em audiência uma delegação ecumênica da Igreja
Luterana da Finlândia, que, como todos os anos, viaja em peregrinação a Roma
nesta data. O Santo Padre manifestou a sua alegria por esta tradicional visita
anual e recordou que ela acontece na véspera da Semana de Oração pela Unidade
dos Cristãos, cujo tema vem do livro de Miquéias: "O que o Senhor pede de
nós?".“O profeta”, disse o papa, “esclarece: Deus nos pede fazer justiça,
praticar a piedade, andar humildemente com o nosso Deus. O natal nos lembra que
é Deus que, desde o início, caminha conosco e, na plenitude dos tempos, se
encarnou para nos salvar dos nossos pecados e para guiar os nossos passos no
caminho da santidade, da justiça e da paz". (www.zenit.org)
"Andar humildemente na
presença do Senhor, em obediência à sua palavra de salvação e com a confiança
no seu plano de graça, é uma mostra eloquente não só da vida de fé, mas também do
nosso caminho ecumênico rumo à unidade plena e visível de todos os cristãos.
Neste caminho de discipulado, somos chamados a avançar juntos pelo caminho
estreito da fidelidade à soberana vontade de Deus, para lidar com as
dificuldades e com os obstáculos que podemos encontrar". "Para
avançar no caminho da fraternidade ecumênica, devemos estar cada vez mais
unidos em oração, mais e mais engajados na busca da santidade, e cada vez mais
envolvidos na pesquisa teológica e na cooperação a serviço de uma sociedade
justa e fraterna. Ao longo deste caminho do ecumenismo espiritual, caminhamos
realmente com Deus e com os outros, na justiça e no amor, porque, como afirma a
Declaração Conjunta sobre a Doutrina da Justificação: 'Somos aceitos por Deus e
recebemos o Espírito Santo, que renova os nossos corações e nos capacita e
convida às boas obras’". (www.zenit.org)
O papa terminou o discurso
expressando a esperança de que a visita da delegação finlandesa a Roma
"ajude a fortalecer as relações ecumênicas entre todos os cristãos na Finlândia.
Damos graças a Deus por tudo o que já foi alcançado até agora e rezamos para
que o Espírito da verdade guie os discípulos de Cristo em seu país na direção
de um amor e de uma unidade ainda maiores, à medida que eles se empenham para
viver à luz do evangelho e iluminar com essa luz as grandes questões morais das
sociedades atuais”. “Ao caminhar juntos na humildade pelo caminho da justiça,
da misericórdia e da retidão que o Senhor nos indicou, os cristãos não só
permanecerão na verdade, mas serão modelo de alegria e de esperança para todos
aqueles que procuram um ponto seguro de referência neste mundo em rápida
transformação". (www.zenit.org)
As palavras do papa Bento XVI e
as palavras do profeta Miqueias nos fazem pensar e refletir do nosso papel de
cristão que deve procurar a unidade entre nós. Isso não é uniformismo, mas a
busca de uma unidade tão querida por Jesus. Assim em Jo 17,11 está escrito: Não ficarei mais
no mundo, mas eles ainda estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo,
protege-os em teu nome, o nome que me deste, para que sejam um, assim como
somos um. Cada cristão que queira estar no caminho de Cristo deve procurar
trabalhar no ecumenismo, pois ninguém é mais que outro e não pode viver
desunido. (Jose Benedito Schumann Cunha)
A evangelização deve percorrer o
caminho da concórdia e da humildade para que todos possam ver em nossa vida a
presença de Cristo vivo e ressuscitado. Somos de Cristo porque queremos estar
unido a Ele com todos os irmãos e irmãs sem nenhum interesse imediato.
Procuraremos uma intimidade maior com Deus na oração, na liturgia, na escuta da
palavra e participação da eucaristia. Sejamos portando promotores da unidade e
do ecumenismo entre nós em vista do Reino de Deus que um dia tomaremos posse
definitivamente. (Jose Benedito Schumann Cunha)
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