Jesus nos dá a graça conforme a fé que temos Nele

Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando o 9º domingo do tempo comum. A partir desse domingo retornamos aos domingos do Tempo comum. Nesses domingos vamos refletir e celebrar vários aspectos da nossa fé em Cristo, percorrendo a nossa historia da salvação.
A liturgia desse domingo nos faz ver a fé dos estrangeiros em Deus e em Cristo As leituras nos mostram que a fé não tem fronteiras...
No Primeiro Livros dos Reis, encontramos a linda oração do Rei Salomão na ocasião da inauguração do Templo de Jerusalém. O interessante para nós que Salomão pede a Deus que escute e atenda aos pedidos dos estrangeiros. Como está escrito: "Assim todos os povos da terra reconhecerão o teu nome e temerão em ti, como faz o teu povo Israel." (cf. 1Rs 8,41-43). O nosso Deus não é só de Israel, mas de todos que O procuram. É em Deus que podemos confiar e obter as graças que necessitamos. Nós sabemos e acreditamos que em Cristo, é o novo tempo de Deus inaugurado. O que nos separava tornou-se ponte de amizade e doação de vida. Todos são convidados a ouvir Cristo, o ressuscitado, pois Ele sonda a profundeza de nossos corações. Ele cura as nossas feridas causadas pelo nosso pecado e nos restaura de novo.
O salmo 117 nos convida a adorar e glorificar a Deus, pois o seu amor não tem fim e dura para sempre.
O apostolo Paulo exorta a todos que começaram a ensinar as pessoas que para alcançar a salvação eram preciso a circuncisão e a observância da Lei de Moisés. Aqui há um grande problema, pois Jesus nos salva por amor- doação total a nós  sem nada exigir, pois única coisa importante é aderir plenamente a Ele e viver de acordo com seus mandamentos. Não podemos criar normas e ritos humanos que são entraves para que as pessoas encontrem Cristo vivo. Não podemos ser obstáculos para que outros cheguem a Jesus. Devemos ser porta que abre e coração dilatado de amor que acolhe a todos(cf. Gl 1, 1-2.6-10)
O evangelista Lucas nos mostra Jesus que atende um estrangeiro que pede que Ele cure o seu servo. As primeiras comunidades não viam com bons olhos os pagãos, mas Lucas quer  mostrar a eles e a nós que a fé em Cristo é condição de pertença a Jesus. O amor de Jesus é total e não há restrição para ninguém que O procure com sinceridade de coração. Agora todos podem receber as bençãos de Deus em Cristo. Não há exclusão e nem privilegio de raça, de credo e de nação, pois todos são filhos de Deus em Cristo.
O centurião vai até Jesus e respeita a tradição dos judeus de não ter contato com os pagãos, por isso ele fala : não precisa ir em minha casa, pois sou indigno, mas diz uma palavra e o meu servo será curado. Jesus admira essa atitude de fé desse pagão e nos diz: "Nem mesmo em Israel, encontrei tamanha fé". Mesmo distante, o milagre acontece na vida daquele servo que o centurião suplicou a Jesus. (cf. Lc 7, 1-10). Jesus vê o coração bondoso daquele homem que preocupa com seu servo e por causa disso Jesus Cura-o. Há muitas passagens do evangelho que Jesus nos mostra o desapego das pessoas que ajudam os necessitados, não importando com os custos. O milagre da bondade acontece todas as vezes que procuramos fazer o bem, sem nunca desanimar para com aqueles que mais precisam de nossa ajuda. Há muitos que clamam por pão, por saúde, por educação, por lealdade e bondade que levanta a pessoa caída na doença, na pobreza e na exclusão. Que esta liturgia nos ajude a valorizar a todos, poia  ninguém é privilegiado, todos tem direito e vez. Na mesa da eucaristia e na mesa da Palavra, nós tornamos um nas mãos do Senhor que tudo pode nos dar. São graças e milagres são concedidos a todos que creem Nele. Amém

Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha

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