Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando 18º Domingo do Tempo e o dia do Padre. Agradecemos a Deus pelo ministério sacerdotal, pois ele é que atualiza o Sacrifício de Cristo no altar das nossas celebrações eucarísticas. A Palavra de Deus e os sacramento chegam até nós através de nossos padres.
O mundo de hoje deseja segurança, bem estar e felicidade. Por isso há uma busca disso como um bem precioso, mas sabemos que tudo isso é passageiro e fugaz. Passam quase a vida na busca desses bens que satisfaz momentaneamente e eles não são permanentes a nós. Um desemprego, uma doença ou um infortúnio, tudo isso acaba com os bens adquiridos e se diluem como agua que passa nos nossos rios. Não podemos jamais permiti que coisas ou pessoas sejam o alicerce seguros de nossa vida, pois eles podem trazer decepções e frustrações, mas há alguém que nunca falha e está sempre ao nosso lado e nos ajudando sempre. Esse alguém é Deus, mesmo nos momento de nossas quedas e fraquezas humanas, Deus vem e nos leva e nos dá esperança de uma vida melhor sem pecado e na graça Dele sempre.
A liturgia bíblica nos fala desta verdade perene que deve ser sempre alicerçada em nossa vida e não deixando o efêmero tomar parte integrante na nossa vida.
No livro do Eclesiástico nos mostra como estava  a situação do povo de Deus devido
a ganância dos poderosos de então. É uma situação, muitas vezes parecida com a nossa. Muitos passam por necessidade devido a exploração dos poderosos que não deixam a vida acontecer para os mais pobres. É bom lembra sempre que tudo passa e que tudo é "Vaidade das vaidades, tudo é vaidade". Essa frase á atribuída a Salomão, um Sábio, Rico e Poderoso, mas tinha consciência que tudo passa e que devemos cultivar o desapego.(Ecle 1,2; 2,21-23)
O apostolo São Paulo nos chama atenção para que busquemos as coisas do alto, por que não temos morada permanente nesta terra. Se formos de Cristo devemos ter olhos fixos no céu, vivendo a simplicidade e o amor entre nós. Então ele nos fala: "Se ressuscitastes com Cristo, procurai as coisas do alto...=e não as da terra... " (Cl 3, 1-5.9-11)
O evangelista São Lucas nos  mostra Jesus Cristo, denunciando a cobiça e a preocupação exagerada pelos bens terrenos...  Uma pessoa vai a Jesus para que Ele resolva uma contenda na partilha de uma herança. Jesus recusa intermediar porque não se pode fazer nada quando há cobiça entre as pessoas. Jesus nos alerta: "Tomai cuidado contra todo tipo de GANÂNCIA., pois a nossa vida não está baseada no acumulo de bens, mas de partilha e de solidariedade com todos.
Jesus ilustra isso com a Parábola do rico insensato que obteve uma grande colheita e achando que encontrou segurança nisso e que poderia descansar e gozar dos frutos dela, mas Jesus lembra que aquela noite a pessoa iria morrer, e como ficaria aquela aparente riqueza e segurança? Não podemos achar que estamos tranquilos se não pensarmos em fazer o bem e dirigir bem os nossos negócios em vista do bem comum.
O que levamos desta vida é o bem e o amor que vivemos nesse mundo no desapego, na simplicidade e na humildade. Usamos o bem não como posse mas como algo que nos ajude a sermos melhore conosco e com os outros. É bom lembrar que Jesus falou: "Assim acontece com quem guarda tesouros para si e não é rico diante de Deus." O que esse fez de errado? O pecado dele foi "acumular apenas para si" e não agradeceu a Deus pelos dons recebido, nem os partilhou com os irmãos. (cf. Lc 12,13-21)
Que esta liturgia nos ajude a sermos melhores na administração dos bens que Deus nos dá e que possamos fazer deles a bondade para nós e para aqueles que necessitam de ajuda, assim, a caridade e o amor apagam inúmeras faltas, pois onde existe amor Deus ai está. Amém


Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha

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