Ter esperança significa ter uma âncora na margem do Além

A Igreja toda deve seguir os passos de seu Mestre que é Cristo. Ele é o único que nos aponta o caminho certo de chegar a Deus Pai. Os ensinamentos de Cristo devem penetrar em nosso intimo, isto é, fazendo parte de nossa essência humana. Jamais devemos deslumbrar a nossa pertença à Igreja a uma falsa esperança criada pelo clericalismo ou uma religião superficial. Nossa vida cristã está baseada em uma autentica adesão a Cristo nas virtudes da caridade, da fé e da esperança. Estas virtudes nos alimentam e nos preenchem na certeza que estamos em comunhão com Deus e com todos os irmãos. Isso nos traz alegria plena sem desfigurar o nosso ser em Deus. Deus sempre nos amará e vai sempre fazer que sejamos aperfeiçoados na sua graça santificante para estar com Ele na jornada da Terra e no céu.(Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha)

Durante a homilia, em Santa Marta, Papa Francisco adverte contra as falsas certezas do "clericalismo" e das "nossas regras"

Roma, 29 de Outubro de 2013 (Zenit.org) Luca Marcolivio | 32 visitas

Nada de clericalismo, comodismo e nem mesmo um otimismo genérico: a esperança cristã é algo maior. Durante a missa celebrada esta manhã em Santa Marta, Papa Francisco volta a mais um de seus pontos fortes. A esperança, explicou o Pontífice, é antes de tudo uma "ardente expectativa" em direção à revelação do Filho de Deus.


Na trilha de São Paulo aprendemos que a esperança "nunca desilude", mas, ao mesmo tempo, não é "fácil de entender ", acrescentou o Papa. E continuamos a cair no equivoco de que esperança é sinônimo de otimismo.

Falar de esperança não significa simplesmente "olhar para as coisas com bom ânimo, e continuar em frente" ou ter uma "atitude positiva diante das coisas". A esperança é, antes de tudo, “a mais humilde das três virtudes, porque está escondida na vida". Enquanto a fé "vemos" e "sentimos" e a caridade "se faz”, a esperança é "uma virtude arriscada", mas "não é uma ilusão".

A esperança é, sobretudo, estar “na tensão” para a "revelação do Filho de Deus" e para "a alegria que enche a nossa boca com sorrisos". Os primeiros cristãos tomaram a âncora como um símbolo de esperança, "uma âncora na margem” além da vida.

E nós, cristãos, onde estamos ancorados? Podemos estar ancorados "na margem do oceano", ou num "lago artificial que nós construímos, com as nossas regras, os nossos comportamentos, os nossos horários, os nossos clericalismos, as nossas atitudes eclesiásticas e não eclesiais". 

Para São Paulo, no entanto, o ícone de esperança é o nascimento. A vida é uma contínua expectativa e a esperança está na dinâmica de "dar a vida”. E, como a "primazia do Espírito" não se vê, o Espírito "trabalha" como o grão de mostarda do Evangelho, muito pequeno, mas "cheio de vida" e de "força" para crescer até se tornar uma árvore.

Papa Francisco destacou os critérios reais para a vida cristã: "Uma coisa é viver na esperança, porque na esperança somos salvos, e outra coisa é viver como bons cristãos, nada mais". Uma coisa é estar “ancorado na margem Além", outra coisa é permanecer "estacionado na lagoa artificial".

É importante, nesse sentido, olhar para o exemplo da Virgem Maria que, desde o momento da sua maternidade, muda de atitude, e canta um hino de louvor a Deus. A esperança, portanto, é também esta mudança de atitude: "somos nós, mas não somos nós; somos nós, olhando lá, ancorados lá".

O Santo Padre concluiu a homilia, dirigindo-se a um grupo de sacerdotes mexicanos, presentes na missa por ocasião do 25 º aniversário de sacerdócio, e exortou-os a pedir a Maria para que seus anos sejam “anos de esperança, de viver como sacerdotes da esperança","dando esperança".

Que as palavras do nosso Papa Francisco nos ajudem a possuir as verdades de Deus como sementes de mostarda, que vai crescer em nossa vida e tornar em nós uma arvore frondosa com muitos ramos, onde todos podem ser acolhidos na Palavra de Deus que tudo transforma. Esta verdade nos faz procurar a perfeição na comunidade cristã e na vivência da fé coerente em Cristo que nos transforma o nosso interior sempre. A vida de cada um de nós é tocada e transformada no amor de Deus que nos preenche e nos faz felizes até a eternidade com Ele para sempre. ( Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha)

(Trad.:MEM)

Postar um comentário

Tecnologia do Blogger.