Da Montanha para o caminho do calvário

Queridos irmãos e irmãs, estamos no segundo Domingo do Tempo da Quaresma. Somos chamados a converter para Deus e para a vida da graça que nos leva a ter uma realidade de transfiguração.

Sabemos que a vivência cristã deve ser marcada pela escuta da Palavra de Deus para percorrer o caminho na vontade Dele. Se quisermos ter vida plena é só observar e viver o plano que Deus que tem para cada um de nós. Neste tempo da quaresma a Igreja nos convida a ter um olhar e um fazer diferente na defesa, na preservação e no modo que usamos os biomas do Brasil. A terra em que moramos deve ser cuidada e administrada de modo sustentável.

A liturgia bíblica nos ajuda a entender melhor a nossa caminhada para uma vida melhor e digna com todos.

No Livro do Gênesis temos a caminhada de Abraão que vai para outra região porque ouve voz de Deus da necessidade de sair da sua terra com toda a sua família para outro lugar onde poderá ter uma vida melhor no dia a dia e também ser um sinal de benção para todos. Ele vai ser o precursor de uma família numerosa e  é um sinal visível que Deus opera no mundo. Nós devemos também ser assim, isto é, ouvir a vontade de Deus e transformar a nossa realidade conturbada por falta de Deus e colocar na nossa vida a presença de Dele que nos ajuda a superar as diferenças e promover os dons de cada um a serviço de todos. Ser confiante  na Palavra é segredo para viver bem.(cf. Gen 12,1-4)

Paulo, na carta a Timóteo, nos mostra como devemos superar a timidez e não desanimar diante das diversidades da vida nesta jornada rumo a Páscoa do Senhor e da eternidade que um dia devemos abraçar. Para isso requer a fé em Deus, ser fiel a sua vontade, estar a caminho como nômade sem fixar em lugar nenhum, isto é, sem se apegar, mas sendo sempre um peregrino que segue a romaria rumo ao céu. É ser como Abraão e Cristo, pronto a prosseguir novas jornadas para a vida plena em Deus. (cf. 2Tm 1,8b-10)

No Evangelho de Mateus nos mostra a caminhada de Jesus rumo a sua Paixão. Os discípulos estavam abalados com anuncio da Paixão de Cristo.  Toda experiência que eles tiveram com Jesus estava sendo diluído diante da morte de Cristo que se aproxima. Mas Jesus antes de passar pela Paixão e sofrimento, Ele leva três discípulos consigo à Montanha e lá se transfigura diante deles numa bela visão do dialogo entre Moisés e Elias. A sua roupa ficou toda branca e a sua aparência num modo admirável. Isso trouxe a eles uma alegria e animo novo no Cristo vivo e libertador que traz a salvação a eles e a todos os povos. 
Agora eles sabem quem é Jesus. Numa visão de teofania, o céu, a nuvem que os cobria ouviu uma voz que ressoa: “este é meu Filho muito amado e que tem o meu agrado, ouvi-o”. Uma verdade selada na presença da trindade santa. (cf Mt 17,1-9)

Agora cabe a nós ouvir a voz de Deus nesta quaresma e fazer da nossa realidade de vida a vontade de Deus, buscando ser sinal de alegria e esperança da verdadeira vida na graça de Cristo que quer salvar a cada de nós da morte do pecado e trazer a alegria da Páscoa do Senhor no nosso dia a dia. Tudo por Jesus nada sem Maria! 

Bacharel em Teologia José B. Schumann Cunha

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