DOMINGO DE RAMOS, EXEMPLO DO PRÍNCIPE DA PAZ


A liturgia de hoje nos faz reviver a entrada de Jesus em Jerusalém festivamente montado em um jumento. Ele foi aclamado por todos com ramos e mantos estendidos. Numa tradição antiga o rei que entra montado em um cavalo está disposto a guerra e enquanto se entrar montado em um jumento mostra que é príncipe da Paz, isto é quer a paz. 

Hoje inicia a semana santa e vamos prosseguir no  caminho da paixão de Cristo para celebrar a Pascoa do Senhor, que é nossa pascoa também. Há dois momentos nesta liturgia de hoje, isto é celebrar a entrada de Jesus em Jerusalém e a leitura da Paixão do Senhor. Aqui temos duas situações o triunfo de um rei humilde e sofrimento com humilhação. O que mais nos deixa perplexo nesse episodio é Jesus propondo a Paz e invés de uma resposta de adesão a isso ele recebe a violência e condenação de cruz como um marginal.

A liturgia bíblica desse domingo nos ajuda a entender esse mistério que o Senhor sofreu e viveu.

O livro do profeta Isaias nos mostra um profeta anônimo que foi chamado por Deus, ele é a testemunha para as nações da salvação que Deus dá a humanidade. Mesmos com todo sofrimento, perseguição e crueldade, ele continua e confia no Senhor. Esse modo de agir é de fidelidade aos projetos que Deus tem para todos. Esse servo de Javé é para nós a figura de Jesus, pois Ele agiu desse modo, foi obediente como cordeiro e foi para o calvário despojado de todo poder para ser crucificado no Monte. Jesus oferece a sua vida para no salvar. (cf. Is 50,4-7)

Na carta de São Paulo aos filipenses nós vemos esse lindo hino cristológico. Jesus é o principio e fim de todas as coisas criadas. Ele foi obediente até o fim enquanto Adão foi desobediente que trouxe a morte, mas Jesus traz para a humanidade a grandeza da realeza que serve e a vida que não se acaba para todos. Jesus não se usurpou da sua condição divina, mas despojou a sua vida na humildade e servidor para que todos nós salvássemos. Essa atitude de Jesus nos mostrou que Ele é o salvador que dá a sua vida. Esses acontecimentos não vão ficar na cruz, pois a sua gloria resplandecerá na sua Ressurreição. Esse caminho de Jesus nos introduz ao nosso caminho nesse mundo. (cf. Fl 2,6-11)

O evangelista de Mateus nos faz introduzir na celebração da Paixão e morte de Jesus. Esse acontecimento nos faz sentir como é o julgamento injusto dos poderosos diante daquele que é o Deus que vem até nós. Mentiras e testemunhos falsos tornaram como se fosse uma verdade para condenar Jesus. Sabemos que Jesus só fez o bem e mostrou o amor de Deus que é misericordioso. 

Essa narrativa da Paixão de Jesus faz nos pensar sobre o nosso agir no mundo. Será que somos autênticos e fieis ao plano de Deus que quer todos sejam salvos, Será que somos capazes defender os inocentes e os injustiçados nesse mundo ou procuramos alternativas para ajudar os que mais precisam de ajuda. O reino de Deus está entre nós e o que podemos fazer para que o mundo seja melhor, portando nós vamos ser realmente testemunha do Cristo nos a nosso agir cristão no mundo. Devemos ser cristão em ação.

Que esta semana santa seja uma oportunidade para nos transformar a uma vida melhor na luta a favor da vida. Que possamos olhar a cruz de Cristo como um trono onde o Rei demonstrou todo seu amor, doando a sua vida completamente e derramando todo seu sangue para que a humanidade se salve, que saia da morte para a vida plena. (cf. Mt 26,14-27,66)

Tudo por Jesus nada sem Maria

Bacharel em Teologia Jose Benedito Jose Benedito Schumann Cunha)

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