Por: Mariana Lima
De acordo com dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT), o número de lideranças indígenas mortas devido a conflitos no campo em 2019 foi o maior registrado nos últimos 11 anos.
Ao todo, foram 7 mortes registradas este ano, contra 2 observadas em 2018. Os dados divulgados são preliminares, já que o balanço final só será realizado em abril de 2020.
No início do mês de dezembro, três ativistas indígenas foram mortos no Brasil. Duas das mortes ocorreram no Maranhão, em Jenipapo dos Vieiras, em consequência de um atentato que ainda deixou dois feridos.
A terceira morte ocorreu em Manaus (AM), onde o ativista da etnia Tuyuca Humberto Peixoto Lemos foi agredido a pauladas.
Ao todo, 27 pessoas já morreram esse ano devido a conflitos de terra. O número deve ser semelhante ao registrado em 2018, com 28 mortes. Este ano, o grupo de lideranças indígenas foi o que teve o maior número de mortes.
Os dados da CPT levam em consideração apenas os assassinatos ligados a conflitos pela terra. As informações são enviadas pelas pastorais de cada região.
Além do registro da morte de lideranças, o levantamento também contabiliza as mortes de indígenas que não eram líderes de suas comunidades.
Um relatório do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) já apontava a tendência no aumento da violência contra a população indígena em 2018.
O relatório aponta o crescimento de 20% no número de assassinatos de indígenas em comparação com o levantamento anterior. Em 2018, foram registradas 135 mortes, enquanto em 2017 foram 110 casos.

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