morremos?

"O que acontece quando morremos? "
Enviado por e-mail por uma equipe de Crisma da Igreja de S.Judas Tadeu, Bangu - Rio de Janeiro-RJ.









Prezados irmãos,

Imediatamente após a morte ocorre o que a Igreja chama de juízo particular. Com a separação entre o corpo e a alma, o que chamamos de MORTE, a alma humana é iluminada por Deus. A pessoa não adormece até o “fim dos tempos”. Esta concepção é do Antigo Testamento, disforme e não condiz com o que Jesus ensinou. Mais tarde, inclusive no Antigo Testamento, os autores sagrados compreenderam que, após a morte, a alma não “dorme” ou “retorna ao pó”.

Retomando: para nós, cristãos, imediatamente após a morte vem o juízo (Hb 9,27). Neste instante, a alma humana será “julgada” e saberá se irá para o céu, para o purgatório ou para o inferno. Chamamos este juízo de particular.

Bem, antes de mais nada, não existe um tribunal, não como concebemos materialmente, em nosso mundo. Contudo, a existência de um juiz é bíblica: Mt 5,25-26; Lc 12,58-59 e Hb 12,23 são algumas das passagens que comprovam isto.

Jesus Cristo é o magistrado. Entretanto, neste momento que podemos chamar de Juízo Particular, não acontecerá uma “ação violenta de Deus”. Pelo contrário, Jesus é o juiz, mas é a nossa consciência que nos julgará.

Sabemos que existem pecados mortais e pecados veniais. A passagem de I Jo 5,16-17 evidencia que existem faltas que levam à morte e outras que não. O pecado mortal é aquele que é praticado com matéria grave e com pleno consentimento e pleno conhecimento. Logicamente, pecado venial seria aquele até com matéria grave, mas que não tenha pleno conhecimento e pleno consentimento. Isto é, podemos praticar pecados mortais e não ter a consciência de que os praticamos.

Na chamada Teoria da Iluminação, o próprio Deus iluminará, no Juízo Particular, a consciência da alma humana e ela terá plena percepção de toda sua vida, com todos os seus atos, pensamentos, palavras e omissões. Com esta plena percepção, irresistivelmente e claramente irá entender o caminho que deve trilhar a partir daí, sem nenhuma atitude autoritária ou absurda de Deus.

Se a alma entender que ela está preparada para se unir a Deus, e estar diante Dele em uma alegria infinita, esta alma irá para o céu. Julgando-se despreparada ainda para esta união, irá para a purificação ou purgatório. E caso, compreendendo sua vida pregressa, rejeitar cabalmente a Deus, irá para um estado de aversão à Santíssima Trindade, que a respeitará e se ausentará. Como sabemos, o inferno é a total ausência de Deus, porque assim aquela alma humana desejou. Deus é Bom, logo não obrigará ninguém a se unir a Ele.

No fim dos tempos, as almas serão objetos de um segundo juízo: o final ou universal. Neste juízo, não existe um “recurso” do juízo particular. Não cabe qualquer apelação. A “sentença” - podemos dizer grosseiramente assim – já foi determinada. No Juízo Final, acontecerá a justiça final de Deus, com a segunda vinda de Cristo, a ressurreição dos corpos e a restauração do mundo, com “novos céus e novas terras”. Os bons ressuscitarão para a vida eterna e os maus, para o tormento eterno. E cada alma conhecerá os pecados das outras, para que haja transparência e justiça exatas. Portanto, não existem dois juízos, porém duas etapas complementares. Ou existem dois juízos, mas um único julgamento para cada alma, sem recurso ou apelação.

Alguns cristãos desinformados, atentos apenas ao Antigo Testamento, acreditam que os mortos dormem, esperando o fim do mundo e, por isso, não podem interceder por nós, pois estariam inconscientes . Porém não é isso que a Bíblia aponta.



42 Então disse: Jesus, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino.

43 Respondeu-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso. (Lc 23,42-43)

27 E aquele que esquadrinha os corações sabe qual é a intenção do Espírito: que ele, segundo a vontade de Deus, intercede pelos santos. (Rm 8,27)

9 Quando abriu o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que deram. (ou seja, os santos)

10 E clamaram com grande voz, dizendo: Até quando, ó Soberano, santo e verdadeiro, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?.

11 E foram dadas a cada um deles compridas vestes brancas e foi-lhes dito que repousassem ainda por um pouco de tempo, até que se completasse o número de seus conservos, que haviam de ser mortos, como também eles o foram. (Ap 6,9-11)

Jesus diz para o ladrão crucificado arrependido que o mesmo estaria hoje mesmo com Ele no paraíso. E no Apocalipse vemos os santos, antes do fim do mundo, despertos, conversando com o Pai.

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