“E cumprindo os dias da purificação dela (Maria), segundo a lei de Moisés, o levaram a Jerusalém para apresentarem ao Senhor... e para darem oferta segundo o disposto na lei do Senhor: um par de rolas ou dois pombinhos” (Lc 2:22-24). Este texto nos informa que Maria, em obediência ao dispositivo da lei de Moisés, ofereceu holocausto pelos seus pecados. (...) É incoerente conceber uma pessoa sem pecado a oferecer oferta pelo pecado”


Posso responder isso com uma comparação: Jesus não tinha pecado e, no entanto, se batizou no “batismo de arrependimento para a remissão dos pecados” (Mc 1,4) de João Batista: “Jesus foi da Galiléia para o rio Jordão, a fim de se encontrar com João, e ser batizado por ele. Mas João procurava impedi-lo, dizendo: ‘Sou eu que devo ser batizado por ti, e tu vens a mim?’ Jesus, porém, lhe respondeu: ‘Por enquanto deixe como está! Porque devemos cumprir toda a justiça’. E João concordou” (Mt 3,13-15). Jesus, enquanto homem, deveria cumprir toda a justiça.



Quando Maria deu à luz, a Lei que vigorava era a Lei Mosaica que ordenava a ida da mulher até o sacerdote para fazer uma oferta para o sacrifício (cf. Lv 12,6). Esta Lei, de maneira nenhuma poderia ser descumprida pelo casal José e Maria que eram bons judeus. Essa passagem também não destrói em momento nenhum o dogma da Imaculada Conceição e nem prova nada contra ele. Tudo que Maria fez por sua purificação também recebe as palavras de Jesus: “Por enquanto deixe como está! Porque devemos cumprir toda a justiça”.

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