Os cristãos dos primeiros tempos não tinham dúvidas em afirmar que “O mundo foi criado em vista da Igreja”. São Clemente de Alexandria (†215), por exemplo, dizia: "Assim como a vontade de Deus é um ato e se chama mundo, assim também sua intenção é a salvação dos homens, e se chama Igreja”(Catecismo nº 760).

Muitos filhos dessa querida Mãe souberam ser-lhe fiel até o fim. Em 1988, Monsenhor Ignatius Ong Pin-Mei, Bispo de Shangai, no dia seguinte de sua libertação, depois de passar 30 longos anos nas prisões da China, por amor a Cristo e fidelidade à Igreja Católica, declarou:

“Eu fiquei fiel à Igreja Católica Romana. Trinta anos de prisão não me mudaram. Eu guardei a fé. Eu estou pronto amanhã a voltar novamente à prisão para defender minha fé”.

Igualmente o Cardeal da Tchecoslováquia, Frantisek Tomasek, arcebispo de Praga, no ano de 1985, nos tempos difíceis da perseguição comunista, perguntado por um repórter: "Eminência, não está cansado de combater sem êxito?", respondeu:

"Digo sempre uma coisa: quem trabalha pelo Reino de Deus faz muito; quem reza, faz mais; quem sofre, faz tudo. Este tudo é exatamente o pouco que se faz entre nós na Tchecoslováquia" ( IL Sabato 8,14/06/85, p.11),( PR,n.284, jan86).

É bom recordar aqui que, alguns anos depois, em 1989, o comunismo começava a desmoronar em toda a Cortina de Ferro.

Em todos os tempos, os cristãos derramaram o seu sangue por causa da fé da Igreja; desde os mártires do império romano, passando pelos mártires do nazismo, do comunismo e também dos tempos modernos.

No século III, o bispo e historiador da Igreja Tertuliano, escrevia ao imperador do seu tempo, dizendo que não adiantava eliminar os cristãos porque “o sangue dos mártires é semente de novos cristãos”. Quanto mais cristãos eram devorados pelas feras, queimados vivos ou eliminados pela espada, tanto mais crescia o Cristianismo em Roma, até que o próprio imperador Constantino se converteu a Cristo, por volta do ano 313, quando então, proibiu a perseguição aos cristãos.

No ano 390 o imperador Teodósio transformava o Cristianismo na religião do Império. Anos depois o seu sucessor, Juliano, cognominado de “o apóstata”, quis voltar atrás e ressuscitar o paganismo, mas já era tarde; morreu com essa exclamação nos lábios: “Tu venceste ó Galileu!”.

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