“Isto é meu corpo que é dado por vós -

Hoc est corpus meus, quod pro vobis datur...”



Quando Jesus na última ceia, instituiu o Sacramento da Eucaristia, Lucas registra que Ele pegou o pão, deu graças, partiu e distribuiu aos seus discípulos, dizendo: “Isto é meu corpo que é dado por vós”; depois, pegou o cálice e disse: “Bebei dele todos, porque este é o meu sangue do Novo Testamento”, relata Mateus e arremata com Marcos: “Não mais beberei deste fruto da vide até àquele dia em que o beberei de novo no reino de Deus”. Realização plena, do que fora consignado por João no capítulo sexto, versículos vinte e seis e seguintes, do Evangelho segundo o mesmo São João. Oh, maravilha das maravilhas, acabara de ser estabelecido o Mistério da fé: O Santíssimo Sacramento!



Para saborearmos, vislumbrando a profícua grandeza do Sacramento, posto que nem todo mistério é um Sacramento, todavia, todo Sacramento é um Mistério, devemos recorrer ao capítulo primeiro do Livro do Gênesis: “E a terra produziu erva verde e que dá semente segundo a sua espécie”; tanto flora quanto fauna, dependem do “SEMEN”, da semente, ou do enxerto, do transplante para se reproduzirem, sem o que não há transmissão de vida. O Sacramento, vai muito além da vida trivial: é a vida e a vida em abundância, transmitida por Nosso Senhor Jesus Cristo: Porque o pão de Deus é o que desceu do céu e dá vida ao mundo. O Sacramento nos une, nos enxerta na Divindade. Uma é a carne do peixe, outra a carne do animal; uma é a carne do homem terreno, outra a carne do homem celestial; nos esclarece, afirmando, São Paulo.



Marco Túlio CÍCERO, o grande orador, pensador e escritor romano, quando perguntado por que não cultuava os deuses, filosoficamente respondia: “Os deuses estão muito lá em cima e nós muito cá embaixo, não mantemos ‘comércio’ com eles”. Inconscientemente, o preclaro orador, aspirava pelo “EMANOEL”, o Deus conosco. Tal qual os planetas, que iluminados pelo sol, não se dão conta; Cícero, iluminado por Jesus, morreu sem disso se aperceber, posto que lhe faltou a graça de ler o Evangelho, segundo São João: “O Verbo era a luz verdadeira que ILUMINA todo homem, que vem a este mundo” (Cf. Jo I, 9).



SÓCRATES, mestre de Xenofonte e Platão e que viveu, aproximadamente, quatrocentos anos antes de Cristo, repetia: “Só sei o que é nada” ou, mais precisamente: “Só sei que nada sei”. Falava, não com a humildade dos santos, mas com a humilhada racionalidade dos sábios; de vez que, quanto mais se sabe, mais se descortina o infinito do que ignoramos. Porém, o cristão, por menos dotado que seja sabe, com toda segurança, que Jesus ressuscitou. Considera a tua grandeza, cristão! Cai de joelhos, agradece, adora Jesus Sacramentado; lembrado que: “Um cristão de joelhos, vê mais longe, que um filósofo na ponta dos pés”.



O homem deve partir: do indispensável para o necessário; do necessário para o útil e finalmente do útil para o agradável. É o que nos ensina Jesus, quando nos adverte: “Que aproveita o homem, ganhar o mundo inteiro se vier a perder a sua alma?” Que proveito se arrogar teólogo, quem desconhece o catecismo? Aventurar-se aos oceanos, quem não aprendeu a remar, velejar e nadar à beira-mar?



TALES, de Mileto, um dos sete sábios da Grécia antiga, sabia de cor e salteado todo o sistema do Zodíaco, constelações boreais: a Ursa Maior e a Menor. Numa noite estrelada, aquele que era sábio, espiando e notificando o planetário, não percebeu um buraco e lá caiu. Conhecia, a olho nu, todo o sistema estelar e por desconhecer o jardim de sua casa, quebrou o pescoço e morreu. “Que aproveita o homem, ganhar o mundo inteiro se vier a perder a sua alma?” Saber é muito bom; ser sábio deve ser muito melhor; desconhecer o “abecê” da vida: uma tragédia.



A sabedoria popular figura, magistralmente, a necessidade do saber partindo do elementar, pela historieta do arrogante intelectual, que na travessia de um rio, manteve com um velho e humilde balseiro, o seguinte diálogo:

__ Leste, Hamlet de Shakespeare?

__ Não; nem sei o que é isso, “chefe”.

__ Perdeste um terço da tua vida. Mas o que sabes dos clássicos?

__ Nada não, “chefe”.

__ Perdeste dois terços da tua vida.

Nisso, arma-se um temporal. O vento forte empola as águas do rio, a velha barcaça começa a fazer água. Vai afundar.

__ O "chefe" sabe nadar? Pergunta o barqueiro.

__ Não. Não sei! Responde o intelectual um tanto espavorido.

__ Acho que o "chefe" perdeu toda a sua vida. Desforrou-se, matreiramente, aquele que do agradável nada sabia, porém, aprendera o indispensável.

O velho barqueiro joga-se n'água, com precisas e seguras braçadas atinge a margem oposta. Enquanto que o pedante intelectual, agarrado ao que restava da desconjuntada balsa, não se sabe onde parou.



A propósito, o padre João Colombo nos diz: “Quem desejando ser sábio, desprezou o Evangelho para estudar outros livros, não compreendeu nem mesmo aquilo que até as crianças compreendem”. Sábio, sem catecismo, é estátua de bronze, com pés de barro. Isto, é o que o padre João Colombo, que era genial, nos quis transmitir. “Que aproveitará a um homem, ganhar todo o mundo se vier a perder a sua alma?” (Cf. Mt XVI, 26). Salvar a alma, é o indispensável, tudo o mais nos será dado por acréscimo. Justiça Social, sem catecismo, é preceito humano.



Intelectualizar-se é uma necessidade religiosa, social e política; nesta ordem. Caso contrário, Nossa Senhora em Fátima, além de predizer a ascensão, queda do comunismo ateu e triunfo do Seu Imaculado Coração, não teria aconselhado, particularmente à Lúcia, que aprendesse a ler.



A Ciência, um dos sete dons do Divino Espírito Santo, adquire-se através da leitura e MEDITAÇÃO. Ler, sem meditar, é engolir sem mastigar. Difícil, para não dizer impossível, seria atender ao mandado de Jesus: “EXAMINAI as Escrituras...” (Cf. Jo V, 39), quem não soubesse ler. EXAMINAR, é saber ler e requer estudo, exame, MEDITAÇÃO.



O expoente da Língua Nacional, o maior entre os grandes filólogos brasileiros, Rui Barbosa, registrou: “Ler é vulgar, meditar é raro”. Porém, muito antes de Rui Barbosa, há quase dois mil anos, São Lucas estampou no seu Evangelho: “Maria conservava todas estas coisas, MEDITANDO-AS no Seu Coração” (Cf. Lc II,19). Maria, o primeiro Sacrário de Jesus. Maria, o SACRÁRIO que circundou o Homem (Cf. Jer. XXXI, 22); O Sacrário mor, dos Sacrários de Jesus Sacramentado. Peçamos o dom da meditação, àquela que é a Sede, a Matriz da Sabedoria.



Todo Sacramento é um Mistério; nem todo mistério é um Sacramento. Mas, o que vem a ser, propriamente, um Sacramento? Existe o vocábulo “sacramento” na Bíblia? E a que vem agora esta pergunta? A narração que segue, por si se explica.



Há algum tempo, num programa de televisão, participavam representantes de várias seitas religiosas, espíritas, pai de santo, um pastor evangélico e um padre católico. Cada qual, puxando a brasa para a sua sardinha, tentava suplantar o outro, numa seleta barafunda.Vai daí, que ninguém dizia coisa com coisa. No auge da tragédia, o pastor protestante passa às mãos do padre católico uma Bíblia e alto e bom som, requer do padre católico, que lhe mostre na Bíblia onde se encontra a palavra “sacramento”.



Convenhamos que não há de ser fácil, enfrentando luzes e câmeras de televisão, manter uma serenidade real, por trás de uma ensaiada serenidade aparente. Ser realmente natural, frente a milhares de telespectadores, quando o cérebro está a mil por hora, é façanha hercúlea. Pretendo justificar com isto, o “branco” que deu no nosso padre.



O representante católico hesita, não consegue coordenar o pensamento, passa a Bíblia de uma mão para a outra, à guisa de batata quente e, o tempo escoa e o nosso padre moita. Foi um vexame. A Bíblia foi devolvida ao pastor, pelo padre, indisfarçadamente contrafeito, sem maiores nem menores explicações. Foi uma tristeza. Esses “brancos”, esses lapsos de memória, ocorrem, geralmente, em momentos que não deveriam ocorrer; em tais momentos não poderiam nunca ocorrer. E ocorrem!



Como dizíamos acima: “Todo Sacramento é um Mistério; nem todo mistério é um Sacramento”. Quando se desconhece o significado de uma palavra, o volume próprio que traz a significação não é a Bíblia e sim o Dicionário; que assim define Sacramento: “Ato religioso de INSTITUIÇÃO DIVINA, para santificação da alma”. Logo o Sacramento não é uma invenção da igreja, mas, criação Divina. Só Deus pode executar um Sacramento. O homem serve de ducto, de um mero canal, para santificação da humanidade.



Não há quem possa acrescentar nada, tampouco subtrair coisa alguma ao dom próprio de cada Sacramento. Se a distribuição da Santíssima Eucaristia, ocorrer por mãos de Sua Santidade o Papa, verdadeiro representante de Cristo na terra, ou pelo mais ínfimo dos cristãos, nem aquele soma, nem este último diminui, à grandeza infinita inerente ao Sacramento, o que quer que seja. No Sacramento reside: O MISTÉRIO DA FÉ.



Cumpre esclarecer que, apesar do pastor e do padre terem ignorado, existe um local no Novo Testamento, precisamente na Carta aos Efésios, capítulo cinco, versículo trinta e dois, que traz explícita a palavra sacramento: “SACRAMENTUM hoc magnum est; ego autem dico de Christo et ecclesia - Este SACRAMENTO é grande, mas eu o digo em relação a Cristo e a Igreja”. O Sacramento grande a que São Paulo se refere, é o do matrimônio, citado no versículo anterior, que o Apóstolo das gentes, relaciona com Cristo e Sua Igreja: no sentido Esposo e Esposa.



Por outro lado, a maioria das Bíblias atuais, sejam católicas, sejam protestantes, após um conluio de lideranças, num inequívoco jogo de compadres e comadres, concluíram “por bem”, substituir o termo “SACRAMENTUM” por “MYSTERIUM”, dentre outras adulterações, com a finalidade de provarem ao mundo que a Igreja não é tão radical quanto propalam. Moisés, sentiu na carne as mesmas pressões e acabou por ceder, dando ao povo judaico o “libelo de repúdio”. Jesus condenou a Moisés, por essa aparente fraqueza? Absolutamente. Vejamos o que diz Jesus: “Porque Moisés, por causa da DUREZA DO VOSSO CORAÇÃO, permitiu-vos repudiar vossas mulheres; mas no PRINCÍPIO não foi assim” (Cf. Mt XIX, 8). Se Jesus não condenou Seu profeta, muito menos há de condenar o Seu representante na terra; mas ai de nós por causa da dureza dos nossos corações; ai daqueles, para serem simpáticos à turbamulta, se valem de pressões, adulterando a palavra de Deus. Afora o especificado, em que pese a malícia, as demais substituições, neste particular, pouco influem, pois numa última análise, sacramento e mistério são sinônimos entre si. O que existe de triste, é a confusão advinda, pelo exercício da maldade. Maldade que exorbita, atingindo raias da loucura, ao estabelecer relação entre pedófilo e tarado.



A confusão generalizou-se em conseqüência dos setenta anos do império do comunismo ateu, num trabalho sistemático em “espalhar os seus erros pelo mundo”, conforme prognóstico de Nossa Senhora em Fátima; o Concílio Vaticano II, caiu como uma luva para os então progressistas e atuais retrógrados. A esquerda militante formou uma baralhada sem precedentes, a ponto de Sua Santidade o Papa Paulo VI, de saudosa memória, exclamar: “Estão desmoronando a igreja”. O embaralhamento atingiu o auge com a “teologia boff-ista”, que arregimentou, comprometedoramente, cardeais, bispos, padres, religiosos, leigos, todos a serviço de Fidel Castro. Viveu-se um pandemônio. Ainda padecemos os extertores da maligna serpente. Suas rabanadas até agora levantam poeira; nada além de poeira. Hoje o “teólogo” é quiromante; trocou sua “teologia” pela quiromancia; pois com a queda do muro de Berlim e posterior falência do capitalismo estatal, que financiava as orgias políticas de Fidel, o “teólogo” evoluiu; “teologia” marxista, sem o correspondente financiamento, não há quem agüente. Se ao invés de sobraçar, divulgando, àquele calhamaço “O CAPITAL” de Karl Marx, tivesse aprendido de Jesus: “Se vós permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, conhecereis a Verdade e a VERDADE vos libertará” (Cf. Jo VIII, 31), não teria propalado Lenine, pai do comunismo russo que, paradoxalmente, dizia: “Uma mentira repetida mil vezes, transforma-se em verdade”. Os fatos provaram o contrário, pois as mentiras de Lenine, apesar de terem-se sustentado, por setenta malfadados e longos anos, a poderosa União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, implodiu. Convenhamos, não deixou de ser uma façanha; com conseqüências, mundialmente, catastróficas. Nossa Senhora, em 1917, meses antes da revolução bolchevista, havia predito em Fátima: “A Rússia espalhará seus erros pelo mundo”. As mentiras ainda campeiam e nós, os católicos, as estamos degustando, amargamente.



Sobre os setenta anos de duração da nefasta doutrinação marxista, fonte de inspiração de uma “teologia” não menos funesta, há os que imaginam e anunciam que o cristianismo, tal qual as corriqueiras doutrinas, tem um tempo de duração, dois mil anos, no caso. A doutrina de Jesus, tem uma particularidade inigualável: É ETERNA. A promessa do esmagamento da serpente, nos vem do Paraíso; em conseqüência do erro; do pecado, ocasionando a queda de Adão e Eva. A doutrina de Jesus não nasceu no tempo: projetou-se ao tempo. “Não julgueis que vim abolir a lei e os profetas, NÃO os vim destruir, MAS SIM PARA OS CUMPRIR” (Cf. Mt V,17). São os profetas, inspirados por Jesus, que O credenciam. Ele não meramente nasceu como todos os homens: Ele VEIO ao mundo com a missão específica de libertar o homem do pecado; do jugo de Satanás: pai da mentira, do sarcasmo, do caos, da confusão. Jesus, não é como nós outros, que não sabemos a que viemos. Nem Lao-Tsê, nem Buda, nem Confúcio, nem Maomé, muito menos Zoroastro; nenhum deles foi preanunciado. Com Jesus o caso é outro: “Examinai as Escrituras, elas são as que dão testemunho de mim” (Cf. Jo V, 39). Jesus, de todos, é o único que possui credenciais. Por isso, Rui Barbosa, o gênio brasileiro, disse: “Estudei todas as religiões do mundo e cheguei a seguinte conclusão: religião, ou a Católica, ou nenhuma”. E é bom que se lembre que: estudar, requer o exame frio da matéria predeterminada. Sem o que não é estudo, é palavrório ensaiado, com a finalidade de angariar prosélitos e assim aumentar o número de tolos, que pagam o escorchante dízimo. Atentem bem: Escorchante, enquanto PAGAMENTO. Pois o homem tem a liberdade de fazer dos seus proventos, o que lhe aprouver; evitando sempre as raias do perdulário. “Deus ama o que DÁ com alegria”, não ao que paga contrafeito. A doação é sempre um ato de nobreza, de liberalidade; o pagamento, é imposto. Abraão que era um homem nobre e liberal, ao ser abençoado por Melquisedec, DEU o dízimo de quanto possuía (Cf. Gen XIV, 20). Quem paga, não faz mais do que a obrigação. Abraão não pagou: DEU.



Voltando ao fio da meada, já que o dízimo tratarei à parte, cumpre lembrar que o termo “cristianismo” surgiu de um equívoco, em Antioquia. Esse equívoco generalizou-se, de tal forma, que há filosofias esquisitas que se ufanam, proclamando, com razão, serem mais antigas que os profetas e ao próprio Moisés. Filosofias de cinco e seis mil anos, antes de Cristo, anteriores a Abraão e ao Código de Hamurabi. Vangloriam-se da antiguidade, os sectários dessas filosofias orientais, por ignorarem a palavra de Jesus: “Antequam Abrahan fieret, Ego sum – Antes que Abraão fosse (feito), EU SOU!”. Jesus é eterno: Gerado, não criado. O Verbo Eterno, feito carne, que habitou entre nós. Isto não é utopia, tampouco quimera e nada tem de filosofia. É registro, é história, é cumprimento das Escrituras, é crença na ressurreição de Jesus, sobre a qual, nunca é demais repetir com São Paulo, o Apóstolo das gentes: “Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa fé”. Se Cristo não ressuscitou, nós somos os mais simplórios dos homens, “os mais infelizes dos homens”. A mentira, prevaleceria à Verdade; a morte, à Vida! Seria o caos. A razão estaria com Sardanapalo: “Vive, ludibria, regala-te, pois o amanhã é nada!”



Frente à doutrina de Jesus, é dever do homem manifestar-se a favor ou contra, jamais ser indiferente: “Porque és morno, nem frio nem quente, começar-te-ei a vomitar da minha boca” (Cf. Apoc. III, 16). Ai do indiferente; ai do morno! Isto porque, não existe coisa que fira mais profundamente, do que o desprezo ao Amor. Cristo Jesus, não morreu somente por ti, nem somente por mim, sequer somente pelos cristãos. Não morreu pelos pobres, nem somente pelos ricos, nem pelas doenças, muito menos pela saúde passageira; não morreu pelo mundo, sequer pelo mundo rezou. Morreu pela causa primeira, origem desta balbúrdia: O pecado original. Deste, a Igreja destaca sete efeitos principais: A avareza, a gula, a inveja, a ira, a luxúria, a preguiça mental e a soberba. Longe de Jesus ter vindo pelos efeitos, menos ainda pelo efeito da nossa política pobre e podre. Veio pelo pecado original, causa primeira desta podridão moral que vivemos. Causa mortal do universo visível. Jesus, é a cura radical, a cura pela raiz. Enquanto que nós, míseros mortais, outra coisa não fazemos, além de radicalizar os paliativos, na impotência de erradicá-los, com eles convivemos, par e passo. Enganando a terceiros e a nós próprios.



Enfim, por ocasião em que a cibernética, a informática, a robotização, o sistema computadorizado que nos coloca toda informação em nosso lar, pela internet, que nos extasiam, vierem a se tornar tão hilariantes quanto o cinema mudo e as cambalhotas dos pioneiros da aviação; nessa época áurea, o homem vivendo o ápice da desenvolução, terá atingido, por fim, a soleira dos primórdios, da Sabedoria e do Verbo Eterno de Deus. Oh, grandeza das grandezas, “quão tarde te amei!”, em conformidade com o santo Bispo de Hipona.



“Isto é meu corpo, que é dado por vós”. Sem comunhão não existe vida natural, conforme explicitou Fulton Sheen, transcrito no “Artigo I” desta série. Sem comungarmos com o Senhor, não teremos a “Vida em abundância”, prometida por Jesus e que Santo Agostinho define: “Aquilo que chamamos vida, é morte; a verdadeira Vida, é a de Jesus ressuscitado”.



Completando, o célebre Tomás de Kempis na sua majestosa obra IMITAÇÃO DE CRISTO, assim define a comunhão com o Corpo do Senhor Jesus: “Todas as vezes que participamos deste Augusto Sacramento, recebemos em nós a Sabedoria, a Luz incriada, o Verbo Divino. A Palavra viva. Recebemos o Autor da Graça, o Consumador da fé, o penhor imortal de nossa esperança. A Carne crucificada por nós incorpora-se em nossa carne, o Sangue que remiu o mundo, mistura-se com o nosso sangue. Um ósculo santo estreita nossa alma à bendita alma do Redentor. Sua divindade nos penetra e consome em nós, tudo aquilo que o pecado havia corrompido; o AMIGO FIEL repousa em nosso peito; ‘põe-me como um selo sobre o coração, porque o amor é mais forte que a morte’, não vemos senão o Amado, não temos outra vida senão a Sua e a tristeza da nossa peregrinação terrestre, desvanece-se nas alegrias do Céu”.



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