Como já sabemos, as chamadas “pílulas de papel” de Frei Galvão teria feito milagres. Contudo,
é importante observar que nem Frei Galvão nem qualquer santo realiza milagres. Só Deus os
faz, só Ele é dono do ordinário e do extraordinário. Podemos sim, pedir a intercessão de um
santo – que está no Céu, participando da bem-aventurança permanente, em comunhão com a
SS. Trindade – para que Deus, este sim, atenda, conforme Sua Soberana Vontade, nossos
pedidos e, caso seja necessário, realize um prodígio extraordinário.
Existe, como já sabemos, a Comunhão dos Santos ou a grande família dos filhos de
Deus, na qual uns intercedem pelos outros.
O caso do milagre que permitiu a canonização de Frei Galvão foi singular e nos explica
muito acerca dos desígnios do Senhor. O casal Sandra Grossi de Almeida e César Augusto
Calafassi não eram casados na Igreja e a mulher tinha má formação do útero. Ao tomar as pílulas
conseguiram ter o filho Enzo. Muitas foram as pesquisas e, por fim, o milagre foi reconhecido
pela Igreja.
Deus aprova que o casal não tenha se casado e presenteou-os com um milagre? Não. O
pecador é alguém que recebeu a graça necessária para ser bom e rejeitou esta mesma graça.
Deus dá a graça para qualquer um de seus filhos. Deus é bom para os justos e para os
pecadores e vale lembrar que o casal Sandra e César aceitou tal sinal e regularizou sua vida
conjugal.
Ainda sobre as pílulas, Deus é Soberanamente Livre para servir-se de qualquer
instrumento para derramar suas graças, para manifestar seu poder.
Em 1 Cor 14,21s, por exemplo, vemos que inclusive fora da Igreja o sinal de Deus
poderá se manifestar. Um milagre é um sinal de Deus apropriado justamente para aqueles que
não têm fé dos que aqueles que a possuem.
21. Na lei está escrito: Será por gente de língua estrangeira e por lábios estrangeiros que
falarei a este povo; e nem assim me ouvirão, diz o Senhor (Is 28,11s).
22. Assim, as línguas são sinal, não para os fiéis, mas para os infiéis; enquanto as profecias
são um sinal, não para os infiéis, mas para os fiéis. ( 1 Cor 14,21s)
FONTE DE PESQUISA:area do site Pergunte e Responderemos nº 542, de D. Estevão Bettencourt.

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