corpo de santa Rita de Cássia.


O que são os corpos incorruptos? Significam milagres
realmente? Só acontece no seio da Igreja Católica? Como a Igreja
Católica se posiciona a respeito desse fenômeno? Tentarei,
resumidamente, responder a estas questões e a outras, relacionadas
com o tema.
Trata-se de um fenômeno próprio da Igreja Católica: corpos
incorruptos de santos e beatos. Prodígio este nunca visto antes e
nem fora da mesma. Tem acontecido somente na vida dos místicos
ou santos. Os corpos corruptos pertencentes a outras igrejas são
do tempo em que estavam unidas à Igreja Católica.
Existem três tipos de preservação dos corpos. Analise atentamente este quadro e compare as espécies:

Preservação Artificial

Esta técnica data de 3000 a.C. Devem
ser os egípcios os criadores desta forma
de preservação dos corpos. Este
procedimento se chama embalsamento.
O cérebro e os órgãos internos são
retirados. A cavidade craneana é
preenchida com resina quente e a
cavidade abdominal, com produtos
conservantes. Todo o corpo, então, era
colocado em carbonato de sódio trazido
do deserto da Líbia. Era desidratado
durante 60 dias e depois era limpo com
várias especiarias e azeite. Era envolto
em pelo menos 350 metros de algodão
ou linho. O corpo era acompanhado com
as jóias preferidas do defunto, para
serem úteis na viagem para a
eternidade. Depois de todo este preparo,
ía para o sarcófago. Tal processo
também foi usado pelos incas no Peru e
pelos Lamas, no Tibet.
Os corpos ficam rígidos e secos.

Preservação Acidental

As regiões de clima quente e seco são
propícias para este fenômeno. O terreno
seco e quente permite rápida evaporação
dos fluídos do corpo interrompendo a
dissolução dos órgãos internos,
impedindo a decomposição.
As melhores preservações naturais foram
encontradas no Egito, Peru e no México.
No Chile foi encontrado o corpo de um
menino preservado pelo gelo. Na
Alemanha, pela radiação do solo. Na
Rússia, nas covas com componentes
ricos em calcário.
Lembrete: todos estes corpos não
permaneceram perfeitos e fora destes
ambientes se decompõem.
Os corpos ficam rígidos e secos.


Incorruptibilidade(corpos incorruptos)


Os corpos incorruptos não ficam rígidos e
secos, mas estão, em sua maioria, úmidos e
flexíveis, em alguns casos há muitos séculos. E
mais: estão em condições naturais que
ajudariam na decomposição do corpo!!!
Trata-se da preservação milagrosa de um
corpo, e como tal não obedece a nenhuma
lei natural – solo quente seco, terreno rico
em calcário, solo radiativo etc – e nem foram
embalsamados. Alguns até exalam algo
como que perfume!
Para as técnicas anteriores demonstradas, é
preciso que o corpo seja rapidamente colocado
em lugar que favoreça sua preservação. No
caso dos corpos incorruptos de alguns santos,
o enterro aconteceu muito tempo depois de sua
morte, impossibilitando esta condição. São
Bernardino de Sena, por exemplo, ficou 26
dias exposto. Santa Ângela de Merici, 30 dias;
Santa Teresa Margarida do Sagrado Coração,
50 dias!

Na história da Igreja Católica existem centenas de relatos comprovados de fenômenos de incorrupção parcial e de corpos incorruptos, como o de Santa Rita de Cássia.
Santa Catarina Labouré, por exemplo – a serva de quem Nossa Mãe incumbiu de divulgar a Medalha Milagrosa – morreu
em 31 de dezembro de 1876. Depois de exatos 56 anos seu corpo foi encontrado em perfeito estado de conservação, apesar do
seu tríplece ataúde estar em péssimo estado, devido ao excesso de umidade – e olha que o clima seco ajuda na preservação! O
seu corpo encontra-se exposto na capela Milagrosa, em Paris.
Existem casos de incorrupção parcial, isto é, apenas alguns órgãos são preservados, mas o restante do corpo é
destruído. Um caso é o de Santo Antônio de Pádua (1195-1231). Somente a língua foi preservada. Depois de 400 anos de sua
morte, estava vermelha e perfeitamente intacta. Mesmo sem explicações científicas, podemos afirmar que permaneceu a
recordação do seu incansável ministério de pregação da Palavra de Deus.
Mas, por fim, qual a posição da Igreja?
1o) A Igreja não canoniza levando em conta somente se o corpo é incorrupto;
2o) Concílio de Trento declara que os corpos dos santos mártires e outros que vivem agora com Cristo podem ser
venerados, pois lembram a glória, o poder e a soberania de Deus sobre todas as leis naturais;
3o) Papa Bento XIV (1740-1758), em um documento sobre beatificação e canonização, explica quais as condições para
considerar milagrosa a conservação de um corpo: corpos incorruptos desintegrados após alguns anos não devem ser
considerados, por exemplo.
Segundo o documento acima citado, somente são milagres divinos os corpos incorruptos que permanecessem com certa
flexibilidade, cor e semblante semelhante a quando os santos estavam vivos!
Todas estas informações foram retiradas por mim do livro Católico pode ou não pode? Por quê? 2a Parte, da editora
Ágape, de Pe. Alberto Gambarini e espero, fielmente, que as dúvidas possam ter sido esclarecidas.

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