Aproveitar bem o tempo não significa fazer um milhão de coisas

Administrar bem o tempo não significa correr contra o relógio. O planejamento é mais eficiente do que a rapidez na execução de tarefas. Aproveitar bem o tempo não significa fazer um milhão de coisas num período curto, nem chegar ao fim do dia com a agenda repleta de compromissos cumpridos. Significa fazer aquilo que deve ser feito. E fazer com qualidade. Estabelecer prioridades, saber lidar com imprevistos e utilizar recursos, como Palm e celular, que facilitam a execução de tarefas, são o kit básico para quem quer aproveitar melhor o tempo.


O tempo para o profissional passou a ser tão importante hoje que já existem até especialistas no assunto. O consultor Renato Bernhoeft é um deles. Com dois livros escritos sobre o tema – Desperdiçadores de Tempo e Administração do Tempo –, Bernhoeft diz que o mais importante no trabalho é conseguir um equilíbrio qualitativo, e não quantitativo. “Hoje há pessoas que entregam a alma à empresa, mas chegam ao fim da vida sem terem construído nada no âmbito pessoal. Como empresários, são brilhantes, mas como maridos, esposas, pais ou mães são um fracasso”, afirma o consultor.


Para equilibrar a balança das prioridades, o ideal é estabelecer uma escala de valores para elas. “Isso ajuda a amenizar e até a eliminar conflitos. Se o principal para mim, por exemplo, é a família, vou pensar duas vezes antes de aceitar uma situação no trabalho que exija mais horas investidas no escritório e que me prejudique no relacionamento familiar”, exemplifica o diretor-geral da consultoria FranklinCovey Brasil, Paulo Kretly.


Outra fonte de mau aproveitamento do tempo é a relação amistosa que muitas pessoas mantêm com os “ladrões de tempo”. Em princípio, os tais “ladrões”, a exemplo dos e-mails e dos MSNs (conversas via internet), deveriam facilitar a execução de algumas tarefas, mas por serem utilizados de forma desorganizada, tornam-se os principais ralos por onde escoam minutos e até horas inteiras do dia. Além dos e-mails e dos MSNs, contam-se: o telefone, o celular, as reuniões de última hora, as conversas informais entre colegas e as pausas para o “cafezinho”.


Por tudo isso, é fácil perceber que o tempo é algo muito necessário, difícil de ser bem utilizado e impossível de ser retido. Entretanto, é um “bem” acessível e democrático: qualquer pessoa tem as mesmas 24 horas todos os dias. E aqui surge um paradoxo interessante: o que torna uma pessoa mais “rica de tempo” é a forma inteligente como ela o gasta em suas atividades.


Planeje hoje o amanhã

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