Percebemos que ao chegar o final de um ano, as expectativas para o novo ano são muito grandes. Será que com amuletos ou superstições consigo ter sorte no meu futuro e ser mais feliz?



Costume normal em nossa sociedade, a superstição, ou acreditar que algum objeto pode mudar a sua sorte, acaba influenciando as nossas vidas de tal modo que viramos escravos dela. Vou sair de casa, primeiro leio o horóscopo. Tenho problemas afetivos, vou a uma cartomante. Preciso me dar bem em alguma coisa, uso trevo de 4 folhas, figa….etc. Na verdade esquecemos de algo fundamental: Honrar a DEUS sobre todas as coisas.

Imperceptível em alguns momentos a superstição praticamente está enraizada em nossa sociedade. Às vezes nos vemos fazendo simpatias, lendo horóscopo para uma vida melhor, para conquistar alguém ou ganhar mais dinheiro. Mas a verdade é que nada disso deve ser o fio condutor de nossa vida. Veremos como todas estas superstições não devem fazer parte da vida do cristão e muito menos do católico.

Ele disse: “Se queres entrar para a Vida, guarda os mandamentos. Não matarás, não adulterarás, não roubarás, não levantarás falso testemunho, honra pai e mãe“(Mt 19,16-19).

O primeiro dos Mandamentos se refere ao amor de Deus. Jesus resumiu assim: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o coração, de toda a alma e de todo o entendimento” (Mt 22,37). Estas palavras seguem as do Antigo Testamento: “Escuta; Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único” (Dt 6,4-5).

Fica bem claro que o 1º mandamento condena o politeísmo e as formas de idolatria, adorar outros deuses. Vale o mesmo para a superstição, o ateísmo, a magia, o espiritismo, a idolatria. Ou qualquer forma de tentar a Deus utilizando-se de recursos para adivinhação do futuro como horóscopos, necromantes, cartomantes, quiromancia, interpretação de presságios, médiuns. O ocultismo (cf. Lv 19,31; 20,6.9.27; Dt 3,19; 18,9-14; 1Cr 10,12-13) e a feitiçaria, mesmo com a intenção de fazer o bem, são faltas graves contra os mandamentos de Deus e veemente condenado pela Igreja Católica Apostólica Romana.

O católico não deve ter em casa objetos que sejam contrários a sua fé. É comum termos objetos de outras religiões como o hinduismo ou budismo, ou até mesmo de seitas satânicas. Talvez por ingenuidade aceitamos todo tipo de conselhos em como obter o que desejamos, seja dinheiro, saúde, trabalho, através de simpatias onde, ao fazer algo eu obtenho a recompensa que tanto desejo. Devemos lembrar sempre do 1º mandamento, onde Ele é minha Fortaleza, Ele é meu Porto Seguro. Nosso Deus não é um Deus de escambo, onde troca graças e bênçãos na hora que bem entendo. É preciso tomar uma decisão muito segura de não se envolver nestas práticas pois não podemos deixar que um pedaço de papel diga se devemos ou não sair de casa ou se teremos ou não sucesso em algum momento de nossa vida.

É triste ver que pessoas se afastam cada vez mais de Deus por acreditar que Ele não é o Caminho que devemos seguir. A fé nos salva e nos conduz a Deus, mas você se pergunta. E as promessas? E os votos religiosos?

“Em várias circunstâncias o cristão é convidado a fazer promessas a Deus… Por devoção pessoal o cristão pode também prometer a Deus este ou aquele ato, oração, esmola, peregrinação, etc. A fidelidade às promessas feitas a Deus é uma manifestação do respeito devido à majestade divina e do amor para com o Deus fiel” (§2101).

“O voto, isto é, a promessa deliberada e livre de um bem possível e melhor feita a Deus, deve ser cumprido a título da virtude da religião” (CDC, cân. 1191,1)

“O voto é um ato de devoção no qual o cristão se consagra a Deus ou lhe promete uma obra boa. Pelo cumprimento de seus votos, o homem dá a Deus o que lhe prometeu e consagrou. Os Atos dos Apóstolos nos mostram S. Paulo preocupado em cumprir os votos que fizera” (Hb 9,13-14). (Cat. §2102)

A Igreja reconhece a validade das promessas, mas desde que sejam feitas com consciência, sem fanatismo ou superstição. O nosso Catecismo ensina também que as promessas feitas a outras pessoas devem ser cumpridas. A palavra empenhada deve ser mantida: “As promessas feitas a outrem em nome de Deus empenham a honra, a fidelidade , a veracidade e a autoridade divinas. Devem pois, em justiça, ser respeitadas. Ser-lhes infiel é abusar do nome de Deus, e de certo modo, fazer de Deus um mentiroso” (1Jo1,10). (§2147).

O Catecismo diz que: “Atribuir eficácia exclusivamente à materialidade das orações ou dos sinais sacramentais, sem levar em conta as disposições interiores que exigem, é cair na superstição” (Mt 23, 16-22). (Cat. §2111). É o caso das medalhas de Nossa Senhora ou a medalha de São Bento, ela por si só não dá nenhuma vantagem, mas a fé dentro de quem usa é uma arma poderosa. O Catecismo ainda conclui: “A superstição é um desvio do culto que rendemos ao verdadeiro Deus. Ela mostra-se particularmente na idolatria, assim como nas diferentes formas de adivinhação e de magia“. (Cat. §2138).

A pessoa que coloca sua fé em objetos ou práticas que não são de Deus está O afrontando. Ferradura, bater três vezes na madeira, colocar vassoura atrás da porta, comer lentilhas no fim de ano, usar branco na passagem de ano, usar sal grosso para espantar o azar, trevo de 4 folhas, fitinha do Senhor do Bonfim ou Nossa Senhora Aparecida, medo de passar em baixo da escada, quebrar espelho da azar….enfim tudo que foge da fé em Deus.

São Paulo disse: “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Rom 8,31)

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