Adverte contra o risco do materialismo e da corrupção política


Por Inma Álvarez
CIDADE DO VATICANO- O Papa Bento XVI pediu nesta segunda-feira ao Brasil que «fomente e estenda os valores humanos fundamentais», especialmente «a santidade da vida familiar e a salvaguarda do não-nascido, desde o momento de sua concepção até o de seu término natural», em seu discurso ao novo embaixador do país, Luis Felipe de Seixas Corrêa.
Em um amplo discurso, o Papa elogiou os esforços do Brasil em sua luta por uma maior justiça social e pelo progresso, e reconheceu que «a política de redistribuição da renda interna facilitou um maior bem-estar entre a população».
O Papa centrou sua atenção em três campos: a defesa da família e da vida, a moralidade da vida pública e a colaboração entre a Igreja e o Estado.
Com relação à primeira questão, explicou que é necessário «reconhecer de forma explícita a santidade da vida familiar e a salvaguarda do não-nascido, do momento de sua concepção até o de seu término natural».
Destes princípios «que velam pela dignidade humana», o Brasil «sempre foi um defensor», afirmou.
O pontífice se referiu também às pesquisas com embriões, e recordou que «a Santa Sé continua promovendo incansavelmente a defesa de uma ética que não distorce, mas protege a existência do embrião e seu direito de nascer».
Por outro lado, expressou sua satisfação ao «considerar a convergência de princípios, tanto da Sé Apostólica como de seu governo, com relação às ameaças à paz no mundo, quando se vê afetada pela falta de visão do respeito ao próximo em sua dignidade humana».
«O recente conflito no Oriente Médio demonstra a necessidade de apoiar todas as iniciativas destinadas a resolver pacificamente as divergências, e faço votos para que seu governo prossiga nesta direção», acrescentou.

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