O procurador da Igreja caldéia junto à Santa Sé, Mons. Philip Najim, comentou a série de atentados registrada ontem na capital iraquiana, Bagdá, com essas palavras: "Querem que os cristãos desapareçam do Iraque". Em seis ataques contra igrejas, quatro pessoas morreram e 32 ficaracam feridas.
Para o Mons. Najim, "atingir os locais de culto depois das celebrações de domingo à tarde é a prova de que o responsável pelo ato não respeita o ser humano enquanto criatura de Deus, o Deus de todas as religiões".
Sobre a dinâmica dos atentados, o procurador afirma que é claro que não se trata de episódios relacionados à resistência contra um invasor, mas de um processo violento para frear o desenvolvimento do país e a sua pacificação. "Quer-se um Iraque fraco, subdesenvolvido, que com o desaparecimento de sua componente cristã perderia uma parte importante da sociedade, para a qual os cristãos sempre contribuíram com o seu saber e sua função estabilizadora."
O procurador caldeu se diz convicto de que os autores do gesto "não são iraquianos, mas forças obscuras externas ao país". "Atacando os locais de culto, atacaram principalmente a religião em si, e não somente a cristã" – concluiu Mons. Najim, acrescentando que depois dos ataques de ontem é lícito esperar uma nova fuga de cristãos.
Por sua vez, o patriarca de Babilônia dos caldeus, Cardeal Emmanuel III Delly, afirmou: "Lamentamos o que está ocorrendo no Iraque, porque estão usando como alvo lugares que serviam como refúgio em tempos passados".
Em declaração divulgada ontem à noite pela televisão iraquiana, o patriarca lançou um apelo a manter o "espírito de tolerância", e condenou todos os atentados, seja contra templos cristãos, seja contra mesquitas.

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