A profissionalização da evangelização é um tema um tanto polêmico nos dias de hoje. Isso porque muitas pessoas transformam a imagem e o nome de Cristo em um produto que pode ser vendido, explorado, etc.

Se botarmos na balança todos os fatores capazes de proporcionar uma melhoria de vida, vamos perceber que a humanidade tem regredido, e muito, na busca pela felicidade. Estamos morrendo mais cedo. Estamos ficando mais doentes, mais individualistas. A depressão já está atingindo até mesmo as crianças. Tudo isso sem falar na fome e no desemprego.

Destruída emocionalmente, com as contas atrasadas e cheia de doenças, a humanidade se encontra em uma situação completamente vulnerável às tentadoras promessas dos “novos profetas”. Já ouvi anúncio por aí prometendo trazer a pessoa amada em três dias, e não estou falando de cartomantes, não. Isso faz parte do marketing de uma dessas novas “igrejas” que se proliferam pelo Brasil e pelo mundo.

Antes, esses lobos vendiam um pedacinho do céu. Mas depois que descobriram o que realmente dava lucro, começaram a vender prosperidade, saúde e amor.

Nada contra os evangélicos. Todo aquele que se esforça para viver o evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo é digno de respeito, pois ficará de pé no dia do Grande Juízo. Manifesto-me aqui contra os empresários e seus subordinados que difamam o nome santo de Deus quando o coloca em suas empresas e comercializam promessas ridículas e infundadas.

Não dá mais para agüentar esses “profissionais do reino de Deus”. Eles não têm limites, não têm escrúpulos.

Esse tipo de profissionalização da evangelização é ruim, perigosa, criminosa e dispensável. Que bom que não existe um inseticida contra esse tipo de praga. Porque se tivesse não sei se eu conseguiria ser tão bom a ponto de não usá-lo.

Existe, sim, uma forma saudável de se profissionalizar a evangelização, mas isso só é possível quando a meta é verdadeiramente Deus, e o dinheiro permanece a todo tempo como coadjuvante, servindo apenas como pagamento por um serviço prestado.

A realidade em que vivemos hoje nos obriga a nos dedicarmos muito mais – especialmente quando o assunto é comunicação – do que há tempos, quando as pessoas não nasciam infectadas por uma mídia anti-cristã.

Precisamos nos esforçar cada vez mais para produzir um trabalho de qualidade capaz de seduzir aqueles que estão longe e amolecer seus corações para assim apresentarmo-los a Pura e Bela Verdade.

E para um trabalho de qualidade são necessárias duas coisas. Primeiro, mão de obra qualificada. “Deus capacita os escolhidos, mas também escolhe os capacitados!”. Depois, disponibilidade de tempo.

É raro encontrar essas duas características em abundância no serviço voluntário. Até existe, mas é raro.

Por isso é louvável o esforço daqueles que se profissionalizam para servir a Deus. É louvável toda iniciativa de se montar um projeto, uma empresa, um grupo para acrescentar cada vez mais na grande missão da Igreja de anunciar a Boa Nova a todas as criaturas, ainda que isso envolva dinheiro, comércio, salário...

Para novos tempos, novas formas de se evangelizar. Uma nova evangelização. Pregada, cantada, escrita, postada, voluntária ou assalariada. Se Cristo é a razão do que fazemos, então não cessemos de fazer, pois já que temos a mão de obra, trabalhemos então na messe do Senhor.

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