Luciane
Texto extraído do Blog Cotidiano Espiritual

Antes de mais pretendo dizer que sou um defensor da luta contra esta epidemia do aborto que se abateu sobre o Mundo.  No entanto pretendo mostrar números que mostram o flagelo deste acto.  Não porque sou católico, mas porque sou pessoa.  Segundo dados do site abortionno.org cerca de 1.21 milhões de abortos são praticados todos os anos nos Estados Unidos da América. A maior parte deles cerca de 93 % das mulheres e homens (porque não são só as mulheres que fazem aborto, mas também os homens que ajudaram a criar aquele feto) fazem-no devido a questões sociais, ou seja porque a gravidez é indesejada, devido a aspectos económicos, sociais ou outros.

Dados também de Portugal dizem-nos que em 2007 por referendo foi aprovada a Interrupção Voluntária da Gravidez (este nome também surgiu em Portugal, porque se pretende amenizar a violência do termo aborto e da prática deste ato. Estratégias de marketing daqueles que se bateram pelo sim ao aborto) até às 10 semanas de gestação.  O sim ao aborto ganhou.  Foram criadas condições nos hospitais para que as mães antes da prática do aborto tivessem um período de reflexão.  Este período de reflexão foi conseguido a muito custo pelos partidos da direita no parlamento. Desconheço que tipo de informação é passada às potenciais mães neste período de reflexão. Do meu ponto de vista este período de reflexão quando bem usado, podia levar as mães a não abortar, dando assim hipótese de sobrevivência àquela criança. Facto é que se praticam cerca de 20 mil abortos por ano em Portugal.  O estado paga cerca de 100% do salário durante o tempo em que a mulher que abortou está em repouso devido à incapacidade causada pelo aborto e cerca de 65% do salário às mães que optaram por ser mães.  São números.  Não os vou julgar, porque não é necessário.  O Mundo optou não pela situação ideal que era dar condições econômicas às mães para terem os seus filhos, mas por dar condições para os não ter. De repente o direito dos países desistiu do absoluto, de procurar o ideal, e contentou-se com o relativismo moral.

Alguma coisa neste aspecto de dar condições econômicas às suas mães tem sido feita por associações privadas de apoio à vida.  Estas associações apoiam mães em risco de cometer aborto e fornecem-lhes apoio econômico, patrocinando os primeiros tempos de vida da criança. Um exemplo desse tipo de associações é a ADAV. Neste site pode ser consultada informação sobre a sua atividade e propósito, assim como informação sobre os seus estatutos e meios legais para constituir uma associação deste tipo (a legislação deverá ser adaptada a cadapaís).

Esta é um questão de políticas governamentais e de escolhas entre a esquerda e a direita democrática (ou não democrática).  Em Portugal foram os partidos de esquerda que viabilizaram esta lei.  Creio que os partidos de esquerda tem tendência a flexibilizar este tipo de leis por uma questão ideológica.  Creio na minha opinião que as esquerdas que vigoram atualmente na América latina, vão mais cedo ou mais tarde tentar fazer o mesmo nos seus países. O que esses países tem que fazer é primeiro desconfessionar o tema (sem descurar o apoio da Igreja à sociedade civil) tentando, que seja um tema de direitos humanos e não tanto, mas também de confessionário.  Digo-o com a experiência em Portugal.  Não podemos deixar que digam que somos contra o aborto, porque somos católicos,mas porque somos pessoas à procura da civilização do amor.   Segundo criar desde já associações de apoio à vida que ajudem mulheres grávidas a ter os seus filhos.  Não podemos dar razões aos que dizem que abortam, porque não tem condições econômicas.
 
Vítor Ribeiro
autor do Blog Cotidiano Espiritual 

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