A busca da santidade de cada cristão deve procurar na escola do discipulado de Cristo. Jesus Cristo é a razão da nossa existência e é Ele que vai dar as matizes para chegar a plena santidade que transforma o mundo. O ser santo, não é só para ser nosso intercessor diante de Deus, mas ser sinal e luz do amor de Deus entre nós. A caridade é o perfume que exala nos atos e na bondade do cristão que é verdadeiramente convertido a Jesus Cristo, Senhor e Salvador da humanidade.
O Papa Bento XVI quis propor hoje a santa espanhola Teresa de Ávila como exemplo de vida "fascinante" e como "mestra espiritual" para os cristãos de hoje. Começou assim um percurso - como ele mesmo anunciou aos peregrinos reunidos na Sala Paulo VI para a audiência das quartas-feiras - pela vida dos Doutores da Igreja, sobre alguns dos quais já falou durante seu ciclo de teólogos medievais. Teresa de Ávila, afirmou o Papa, "representa um dos cumes da espiritualidade cristã de todos os tempos" (www.zenit.org).
Citando a autobiografia da santa espanhola - "O livro da vida" -, Bento XVI percorreu sua vida desde os desejos de martírio em sua infância, sua adolescência e juventude cheias de distrações, seu conflito interior em meio às doenças e, finalmente, sua conversão e suas experiências místicas. "Paralelamente ao amadurecimento da sua própria interioridade, a santa começa a desenvolver, de forma concreta, o ideal de reforma da Ordem Carmelita", explicou o Papa, aludindo à importante reforma do Carmelo, levada a cabo por Teresa. A existência de Teresa de Ávila, ainda que tenha transcorrido na Espanha, sublinhou, esteve "empenhada por toda a Igreja", fato pelo qual foi proclamada Doutora da Igreja por Paulo VI, em 1970(www.zenit.org).
"Teresa de Jesus não tinha formação acadêmica, mas sempre entesourou ensinamentos de teólogos, literatos e mestres espirituais. Como escritora, sempre se ateve ao que tinha experimentado pessoalmente ou visto na experiência de outros", explicou o Papa. Da mesma forma, aludiu à sua "amizade espiritual com muitos santos, especialmente com São João da Cruz", assim como sua estima pelos "Padres da Igreja, São Jerônimo, São Gregório Magno, Santo Agostinho" (www.zenit.org).
Além da autobiografia, o Santo Padre destacou o "Caminho de perfeição", no qual a santa "propõe um intenso programa de vida contemplativa ao serviço da Igreja, em cuja base estão as virtudes evangélicas e a oração", e sua obra mística mais conhecida, "Castelo interior". Nesta última, Teresa "refere-se à estrutura de um castelo com sete ‘moradas', como imagens da interioridade do homem", inspirando-se "na Sagrada Escritura, especialmente no ‘Cântico dos Cânticos'". Entre os ensinamentos da santa, o Papa destaca "o desapego dos bens ou a pobreza evangélica (e isso diz respeito a todos nós); o amor de uns aos outros como elemento essencial da vida comunitária e social; a humildade e o amor à verdade; a determinação como resultado da audácia cristã; a esperança teologal, que descreve como sede de água viva" (www.zenit.org).
Nos ensinamentos de Teresa estão também "as virtudes humanas: afabilidade, veracidade, modéstia, cortesia, alegria, cultura". "Em segundo lugar, Santa Teresa propõe uma profunda sintonia com os grandes personagens bíblicos e a escuta viva da Palavra de Deus", assim como a oração como algo "essencial": para a santa, rezar significa "tratar de amizade com Deus, estando muitas vezes tratando a sós com quem sabemos que nos ama". "Outro tema caro à santa é a centralidade da humanidade de Cristo. Para Teresa, na verdade, a vida cristã é uma relação pessoal com Jesus que culmina na união com Ele pela graça, por amor e por imitação", assim como "a perfeição, como aspiração de toda vida cristã e sua meta final" (www.zenit.org).
Por isso, afirmou o Papa aos presentes, "Santa Teresa de Jesus é uma verdadeira mestra de vida cristã para os fiéis de todos os tempos. Em nossa sociedade, muitas vezes desprovida de valores espirituais, Santa Teresa nos ensina a ser incansáveis testemunhas de Deus, da sua presença e da sua ação" (www.zenit.org).
Com estas palavras do nosso papa Bento XVI ditas na catequese do dia 02/02/2011 em Roma nos ensinam que a santidade é possível de ser abraçada, se cada cristão estiver em comunhão com Deus, com os irmãos, vivendo uma vida de entrega e confiança a Deus. O cristão deve ter uma vida simples, despojada e uma vivência espiritual na escuta da Palavra de Deus e de intimidade com Ele na oração e na Eucaristia que alimenta e anima na escola da santidade.
Hoje o mundo carece de santos e de pessoas que façam a diferença onde vivem para que a fraternidade, solidariedade, simplicidade dos gestos, o amor-doação aos que mais precisam nesse mundo. Infelizmente estão, muitas vezes estão frios nos sentimentos mais humanos e cristãos por causa do materialismo, do consumismo e do individualismo que as pessoas estão mergulhadas.. Não podemos entrar na lógica desse mundo contemporâneo que é se estiver bom para mim e aos outros não me interessa; Isso não é atitude de cristão que vive em comunidade para partilha e fraternidade entre todos.
Ser santo faz com que o mundo seja melhor com todos os irmãos e irmãs de caminhada na construção do Reino de Deus aqui e planificado no céu. Amém

Bacharel em Teologia José Benedito Schumann Cunha 05-02-2011

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