A Igreja sempre é ornada pelos santos que deixam muitos exemplos que a edificam no mundo. Eles demonstraram o amor a Igreja e a Cristo que é a sua cabeça. Desse modo, hoje nós desfrutamos dos seus pensamentos e dos seus testemunhos. A Igreja é o sinal da presença de Deus que projeta as belezas do céu. Nós somos um povo que caminha e sabemos a onde chegar. Temos consciência que agimos não para obter beneficio aqui, mas sim obter a graça de estar sempre em comunhão com Deus da vida e com todos.
São Francisco de Sales (1567-1622), bispo de Genebra e padroeiro dos escritores e jornalistas católicos, foi a figura sobre a qual falou hoje o Papa Bento XVI, em sua série sobre doutores da Igreja, na audiência geral. O Papa ilustrou a vida deste santo bispo, de origem nobre e de grande formação cultural, autor de clássicos cristãos, como a "Introdução à vida devota", que teve grande influência na espiritualidade católica e que antecipou algumas das intuições do Concílio Vaticano II sobre os leigos(www.zenit.org) .
Francisco de Sales foi bispo de Genebra "do exílio", na pequena localidade montanhosa francesa de Annecy, pois sua sede episcopal era naquele tempo a fortaleza do calvinismo. Apesar do seu retiro, "a influência da sua vida e dos seus ensinamentos na Europa da época foi imensa. Ele foi apóstolo, escritor, pregador, homem de ação e oração; esteve comprometido com os ideais do Concílio de Trento, envolvido na controvérsia e no diálogo com os protestantes, experimentando cada vez mais, muito além do necessário confronto teológico, a eficácia da relação pessoal e da caridade; foi também encarregado de missões diplomáticas a nível europeu e de deveres sociais de mediação e reconciliação"(www.zenit.or) .
"Mas, acima de tudo, São Francisco de Sales é um pastor de almas", afirmou, citando a "Introdução à vida devota".Nesta obra, sublinhou o Pontífice, o santo "dirige um convite que podia parecer, na época, revolucionário. É o convite a ser totalmente de Deus, vivendo em plenitude a presença no mundo e os deveres do próprio estado".Precisamente, "o documento com o qual o Papa Leão XIII, mais de dois séculos depois, o proclamou Doutor da Igreja insistirá nesta ampliação do chamado à perfeição, à santidade"."Assim nasceu o chamado aos leigos, esse cuidado pela consagração das coisas temporais e pela santificação da vida cotidiana, em que insistirão o Concílio Vaticano II e a espiritualidade do nosso tempo", afirmou Bento XVI (www.zenit.or).
Outro dos grandes ensinamentos de São Francisco de Sales, explicou o Papa, foi sobre a essência da verdadeira liberdade, que é o amor, em sua obra "Tratado do amor de Deus", "uma verdadeira e própria summa, além de uma fascinante obra literária", afirmou. "Sua descrição do itinerário até Deus parte do reconhecimento da ‘inclinação natural', inscrita no coração do homem, ainda que pecador, de amar a Deus sobre todas as coisas." Para o santo, Deus "é pai e senhor, esposo e amigo, tem características maternas e de cuidadora, é o sol do qual a noite é a misteriosa revelação. Uma espécie de Deus que atrai para si o homem com laços de amor, ou seja, de verdadeira liberdade". Francisco foi um "um grande conhecedor do coração humano", afirmou o Papa, citando algumas frases do santo a Joana de Chantal: "Deixo-vos o espírito de liberdade, não o que exclui a obediência - pois esta é a liberdade do mundo -, mas o que exclui a violência, a ansiedade e o escrúpulo" (www.zenit.org) .
"Em uma época como a nossa, que busca a liberdade, também com violência e inquietude, não se pode perder a atualidade deste grande mestre de espiritualidade e de paz, que indica aos seus discípulos o ‘espírito de liberdade', a verdadeira, como cume de um ensinamento fascinante e completo sobre a realidade do amor." Segundo o Papa, São Francisco de Sales é "um testemunho exemplar de humanismo cristão e, com seu estilo familiar, com parábolas que têm frequentemente o bater de asas da poesia, recorda que o homem carrega gravado nas profundezas de seu ser o anseio por Deus e que só n'Ele se encontra a verdadeira alegria e sua realização mais plena"."Não é à toa que, na origem das muitas vias da pedagogia e da espiritualidade do nosso tempo, encontramos vestígios desse mestre, sem o qual não teriam existido São João Bosco nem o heróico "pequeno caminho" de Santa Teresa de Lisieux", acrescentou (www.zenit.org) .
As palavras do nosso papa sempre chegam aos nossos corações, pois ele é o nosso pai espiritual que quer nos ensinar o verdadeiro humanismo que leva as pessoas à plena liberdade de responder com uma vida coerente da fé em Cristo. Quem está na Igreja de Cristo e ouve os seus ensinamentos, com certeza, vai caminhar em vias seguras para obter a vida em abundancia na graça de Deus. Nada se compara ao amor que Deus tem a cada pessoa. Todos são chamados a viver em comunhão com Ele. Na medida em que crescemos na vida comunitária, na família e na participação da sociedade somos totalmente libertados para uma vida nova e restaurados.

Bacharel em Teologia José Benedito Schumann Cunha 05-03-

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