Cada liturgia, nós reunimos em assembléia de irmãos e irmãs na fé em Cristo para escuta atenta da Palavra de Deus e celebrar a eucaristia que nos anima e nos sustenta na caminhada para o reino definitivo. Deus revela a nós o seu plano de amor que nos faz ter a vida plena.
A liturgia da Palavra nos apresenta dois exemplos de fé em Deus que sempre é construída cotidianamente. Temos na Palavra de Deus os exemplos de fé de Abraão e dos apóstolos.
A liturgia da Palavra nos apresenta dois exemplos de fé em Deus que sempre é construída cotidianamente. Temos na Palavra de Deus os exemplos de fé de Abraão e dos apóstolos.
No livro do Gênises vemos com grande ênfase a fé de Abraão, o nosso patriarca que tudo deixou para traz e vai para busca de uma terra onde situará o Povo de Deus. Abraão é um homem que demonstra fé em Deus da vida. Nesta passagem bíblica que ouvimos temos a obediência total a vontade de Deus. Deus pede o seu filho único, o filho da promessa Isaac para o sacrifício humano. Ele prontamente obedece para ofertá-lo a Deus, mas Deus na hora de executar a morte do menino em sacrifício por parte de Abraão, Ele intervem e não deixa que mate o menino. Essa prova, mostra a obediência de Abraão total a Deus, mesmo que exigisse o tamanho de sacrifício.
Será que sabemos obedecer e confiar em Deus em tudo mesmo quando a nossa volta tudo parece ruir? (cf. Gn 22,1-2.9.10-13.15-18) Vemos que Deus é o Deus da vida e está ao nosso lado sempre.O sacrifício de Isaac é figura do sacrifício de Jesus. Deus não quis a morte de Isaac e ele foi substituído por um cordeiro novo sem macula , mas Cristo tornou-se o verdadeiro Cordeiro sacrificado para a salvação do mundo inteiro.
Paulo na carta aos romanos retoma a figura de Isaac que subiu o monte Moriá, com a lenha do sacrifício às costas. Esta como imagem de Cristo que também sobe o monte Calvário, carregando às costas o lenho da Cruz. (cf. Rm 8,31-34).É um hino, em que Paulo canta entusiasmado o Amor de Deus,manifestado na morte e ressurreição de seu Filho Jesus Cristo. Temos a prova de amor de Deus a nós. Deus não poupou o seu filho único, dando-nos como sacrifício cruento, resgatando assim a humanidade inteira.
O Evangelho de Marcos nos mostra a fé dos Apóstolos. Jesus está a caminho de Jerusalém onde vai ter a paixão e morte de Jesus. Nesse caminho houve o primeiro anuncio de Jesus sobre esse acontecimento que iria acontecer, então os apóstolos se entristeceram e abalou a fé deles. Para eles Jesus demonstrava poder e gloria no seu agir e nos milagres que Ele realizava. A morte de cruz de Jesus que ia acontecer não cabia no entendimento deles. Para fortalecer a fé dos apóstolos, Jesus toma consigo três apóstolos e vai ao Monte Tabor, lá Ele se transfigura diante deles, mostrando a sua identidade divina. Jesus ficou conversando com Moisés e Elias, aí temos o encontro da lei do antigo testamento e os profetas com a nova aliança em Jesus que iria se realizar em Jerusalém para sempre.(cf. Mc 9,2-10)
Interessante nesta passagem vemos duas proposições: a de Pedro e de Deus. Para Pedro era para fazer três tendas para Moises, Elias e Jesus. Tenda é lugar da presença do encontro de Deus conosco. Para Deus é importante escutar o seu filho amado, pois só Ele é o caminho, verdade e vida. Jesus é o amado de Deus, Ele vai ser o novo Moises, que traz a nova aliança traduzida na lei do amor. Tudo se culminou em Jesus. Será que temos consciência que apenas Deus é tudo na nossa vida? Será que acreditamos que o poder de Deus e a sua glória passa pela cruz e ainda nos ensina como carregá-la também?
Que esta liturgia nos faz encontrar a paz do Monte Tabor que nos leva a Testemunhar Jesus no mundo sendo sinal de comunhão entre todos. Que possamos fazer a experiência da partilha e da solidariedade que traz vida e saúde para todos. Ninguém deve ficar fora do sistema de saúde.
Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha 01-03-201
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