A liturgia nos faz refletir no mistério da Vida que acontece através da semente que é plantada. A igreja e o Reino de Deus se comparam a semente que precisam ter agentes plantadores de fé, coerência de vida e projetos que levam as pessoas sentirem acolhidas e transformadas pela Palavra de Deus. Tudo se transforma, mas a essência que deve ficar e permanecer. Muitos queixam que há mudança na Igreja e que ela não parece mais o que era de antigamente. Os defensores do antigo costume tem medo de mudanças, enquanto que os progressistas querem transformações rápidas e não esperam as oportunidades e eficiências da ação pastoral. Toda obra da Igreja deve visar o Reino de Deus e ela deve acreditar na ação divina que age em cada cristão. Todos devem confiar na ação de Deus na nossa Historia humana.
No Livro de Ezequiel nos faz recordar que a arvore nasce de pequeno rebento. Ali tem a força que faz acontecer o arbusto, isto é força vital. O contexto do povo era o exilio e escravidão, isto provoca grande desanimo e sonho de libertação parecia longe demais. Muitas vezes na nossa vida é assim, os problemas de família, de miséria ou de situação ruim fazem com que percamos a esperança e provoca um desanimo muito grande que aniquila as nossas forças de lutar para a solução dos mesmos. O profeta Ezequiel leva esperança ao Povo, trazendo a mensagem de Deus que nunca nos desampara. Deus não se esqueceu do seu povo. Deus vem em socorro do Povo na Babilônia.
O profeta nesta linda comparação  que Deus pegará um ramo da dinastia de Davi e o plantará no alto de uma montanha da terra de Israel. Esse pequeno rebento crescerá e se tornará um cedro magnífico, no qual os passarinhos farão seus ninhos. Esta ilustração prefigura a presença de Jesus na terra que é o cedro robusto que Deus providenciou e plantou na nossa Terra. As aves representam todos os povos da Terra e o  sentido do pouso delas nos ramos significam que são convidas a estar e viver na presença de Deus que sempre nos abriga dando graça e vitalidade nas nossas ações pastorais. As aves, que vêm pousar em seus ramos, representam todos os povos do mundo, convidados a encontrar sua morada nas suas ramagens que é o aconchego da proteção de Deus. (cf. Ez 17,22-24)
Na segunda carta de São Paulo aos coríntios nos mostra o apostolo cansado e já no final de sua vida que foi marcada por muitas provações. Ele deseja encontrar repouso em Deus no Cristo que é a razão de sua fé Nele que tudo restaura e dá a vida eterna.( cf. 2Cor 5,6-10)  Mas ele se coloca nas mãos de Cristo a sua vida, agindo a favor do Reino até quando Deus quiser. Assim, devemos proceder nunca desanimar e acreditar na ação de Deus nos nossos trabalhos  de Igreja, de família e de sociedade.
O evangelista Marcos nos mostra Jesus comparando o Reino de Deus a uma semente tão pequena que é a mostarda, mas quando cresce se trona uma arvore robusta, pois recebe força e vitalidade de Deus. Assim é o nosso trabalho pastoral, mesmo que pareça pequeno, ele se torna grande pela ação de Deus. Os apóstolos perceberam o entusiasmo da ação de Deus no projeto de salvação proclamada por Cristo, mas os obstáculos a rejeição por parte de alguns poderosos da época  vieram e os fizeram a começar a desanimar nesse projeto de Jesus. Então Jesus faz esta comparação do reino com a semente de mostarda, mostrando quem age é a força de Deus, nós somos apenas semeadores da Palavra de Deus e da implantação do seu Reino no nosso meio. É Deus que age na nossa historia e precisamos ter a paciência e a perseverança de trabalhar na missão evangelizadora nesse mundo.
Que a nossa ação cristã no mundo jamais perderá força, pois é Deus que está a nossa frente, agindo no coração das pessoas para acolhe a sua Palavra que dá vida em abundancia. A obra é de Deus e nós somos seus colaboradores, embora muitas vezes não enxergamos que Deus age de modo pleno e constate na vida das pessoas que acolhem Ele nas suas vidas. Deus sempre está e estará conosco, dando força e graça para continuarmos caminhando nesse mundo, construindo o Reino de Deus entre rumo para o céu, onde será a nossa morada definitiva. (Mc 4,26-34) Amem 
Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha 16-06-2012





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