A liturgia nos ajuda a ter um encontro sincero com Deus e com os irmãos e irmãs para encontrar a paz verdadeira e uma felicidade sem fim.
Estamos no 16º do tempo comum e hoje vamos sentir a compaixão do bom pastor que conduz o seu rebanho para aguas puras e colinas verdejantes onde não podem faltar a vida em abundancia.
No livro do profeta Jeremias, temo-lo denunciando os governantes do seu tempo, que são maus pastores que deixaram o rebanho perecerem. Eles são gananciosos, ficam procurando os seus próprios interesses e não preocupam com o povo, deixando-os passar necessidades.
Então, Jeremias anuncia que Deus será o pastor do seu povo, pois Ele é zeloso e também um Deus da vida que preocupa com bem das pessoas. Deus é assim, sempre está ao nosso lado, dando força e coragem para prosseguirmos no bem para nós e para os outros. (Jr 23,1-6) Isso se concretizou em Cristo, Ele é bom pastor que dá a sua vida para a nossa salvação.
Na carta de São Paulo aos Efésios, Paulo com precisão afirma que Jesus derrubou todas as barreiras como o ódio, o pecado, o egoísmo, a ingratidão etc. que  separavam as pessoas de ter uma comunhão com Deus e com todos. Jesus ainda nos reuniu num só povo, num só rebanho, pois Ele na sua cruz nos permite ter vida e salvação. A sua ressurreição nos abre para a vida eterna. Agora precisamos  aproximar de Jesus numa vida cheia de amor e misericórdia para com os irmãos. Ser de Jesus é ser próximo uns dos outros, vivendo a solidariedade e partilha para que todos possam usufruir dos bens da terra. (cf. Ef 2,13-18)
O evangelista Marcos nos fala do Pastor que foi prometido no antigo testamento que é Jesus Cristo. Ele veio para nos ajudar e dar a sua mão para nos erguer da situação de morte e miséria humana para uma vida digna de filhos de Deus. Temos duas cenas que nos impressionam e nos faz acreditar em Deus da vida. A Primeira é Jesus que age com misericórdia e solicitude de um verdadeiro Bom Pastor. Jesus acolhe a todos, tem um zelo para com os discípulos e com o povo. Os apóstolos chegam da missão em que Jesus tinha enviados. Tudo que Jesus tinha orientado aconteceu. Eles agiram com o poder de Deus e ficaram maravilhados com as curas e libertação que aconteciam nas pessoas quando eles impunham as mãos. Isso é maravilhoso, mas Jesus vê a necessidades deles para parar e reabastecer com a sua presença no deserto. Assim, nós devemos proceder para encontrar forças na missão, e o descanso, a oração nos ajudam a termos harmonia espiritual e humana. ( cf. Mc 6,30-34)
A segunda é constatação por Jesus de uma multidão que estão sem pastor para guia-los. Jesus tem misericórdia e compaixão pra com Eles, pois eles são parecidos com ovelhas sem pastor para cuidá-las e protege-las das situações hostis que podem levar a morte. Ser anunciador de Jesus é saber acolher, entender e procurar ser bondoso para com todos. O missionário deve estar em intimidade com Deus para não desanimar na missão. O nosso Deus é da vida. Jesus é mestre e bom Pastor, ao mesmo tempo Ele nos ensina e nos protege dos maus e do pecado. Precisamos não se esquecer de ter contato com a família e ter uma vida social sadia e não ficar  somente nas preocupações pastorais e sociais do nosso tempo. Jesus é o Pastor do seu povo, sobretudo porque o alimenta com a sua palavra salvadora e o nutre com o evangelho da esperança. Esse é o desafio da Igreja que precisa levar esperança e vida as pessoas, acolhendo-as e ajudando-as a encontrar sentido para sua vida. Devemos ser irradiadores de vida e alegria para que todos possam encontrar a paz verdadeira. O que devemos fazer para que as pessoas sintam que são valorizadas na Igreja, na família e na sociedade?
Que a liturgia de hoje, possamos tomar a consciência cada vez mais que acolhendo as pessoas nós estamos também evangelizando-as. Amém!
Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha 22-07-2012

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