Queridos irmãos e irmãs, estamos no 21º domingo do tempo comum. A liturgia nos faz entender, compreender e tomar uma decisão por Jesus. Ele é o único que nos pode levar ao caminho da vida plena. Ele não engana e não misturou com o sistema politico e religioso de sua época. Ele foi a favor dos que estavam oprimidos por eles, libertando-os de toda forma de escravidão. Deu alimento aos famintos, os protegeu e se deu de alimento eterno que dá vida em abundância a todos. Ele é o Bom Pastor que traz as ovelhas para o redil e não as dispersa.
A nossa vida é marcada por encruzilhadas que precisam ser decididas em que caminhos que devemos tomar. Se seguir Jesus vamos ter a plena liberdade. Quando escolhemos Jesus, podemos com certeza a fazer a decisão mais sábia. O mundo tem oferecido ideias e doutrinas imediatistas, longe daquela que é proposta por Jesus. Para chegar ao seu Reino devemos optar por Jesus e assumir a cruz da evangelização sem nenhum temor, pois Ele estará conosco na força do Espirito Santo.
O modismo do mundo de hoje preza a liberdade da escolha da religião pelos filhos quando crescer, isso é como uma atitude de uma falsa liberdade que leva ao engano e muitas vezes ao desastre da maturidade da fé. Sabemos que a fé da Igreja e dos pais são fatores muito importantes na formação do caráter das nossas crianças. Disso vem a ética, o amor, o respeito e a comunicação com Deus e com os irmãos e irmãs. Para isso precisamos desde cedo levá-los a Igreja e receber dela os ensinamentos genuínos de Cristo que nos levam a aderir plenamente a Ele. Se dermos alimentos, educação a eles porque achamos que são vitais na construção das crianças, por que não a Religião que é fruto da nossa coerência e vivencia cristã de uma fé mais madura em Jesus em que acreditamos que é nosso Senhor e Salvador e não em outro?
A liturgia bíblica nos coloca na importância da fé que vem da escolha pessoal. Não podemos omitir, ou escolhemos Deus ou não. As leituras desse domingo nos dão dois testemunhos muito significativos: de Josué e de Pedro.

No livro de Josué temos claramente esta situação para Israel, ou eles escolham Javé, o Deus da vida ou o engano dos ídolos que nada fazem, pois esses escravizam numa vida presente momentânea que deixa um vazio existencial as pessoas. (cf. Js 24,1-2.15-18) O contexto bíblico foi: o povo de Deus estava numa peregrinação através do deserto e a posse da terra prometida. Então, Josué diz ao povo, vocês tem que fazer uma escolha: "ESCOLHEI a quem quereis servir: os deuses do lugar, ou o Deus que nos libertou do Egito e fez uma Aliança conosco?” Ele ainda afirma a sua escolha sem medo de errar, pois ele ficou com Deus da vida, como ele mesmo diz: “Eu, porém, e a minha família vamos servir ao Senhor". Pela sua convicção, o povo responde a opção ao Deus da vida, não ficando com os deuses dos cananeus, que eram a religião fácil e sem compromisso libertador. Hoje acontece isso também, alguns preferem uma religião sem compromisso com os mais pobres e excluídos, para ficar numa religião de intimismo e de individualismo da fé que se projeta na satisfação do seu eu próprio sem prensar nos outros.

Na carta aos efésios, Paulo fala do amor conjugal, como sinal do amor de Cristo à sua Igreja. Os esposos devem escolher: Amor ou egoísmo. Nisso consiste o amor que vem de uma adesão plena, formando um corpo que é a Igreja. Ele compara esta adesão a dos esposos que formam uma só carne que significa compromisso reciproco dos dois. O cristão de ser coerente na vida de Igreja com Cristo e com todos os irmãos e irmãs de comunidade onde estão engajados. (cf. Ef 5,21-32)
O evangelista São João nos mostra a escolha de Pedro a Jesus. Aqui estamos de frente da conclusão do discurso do pão da vida e que nos tivemos nas nossas liturgias por alguns domingos atrás. Sobre o que Jesus diz que Ele é o Pão da vida, isso trouxe divisão entre os discípulos Dele. Nesta situação, alguns não entenderam e se distanciaram de Cristo. Jesus multiplicou os pães e matou a fome material do povo. O povo vendo esta maravilha queria aclamá-Lo como Rei que resolve tudo, mas Jesus não veio para ter poder momentâneo do mundo e sim trazer a vida a todos que devem acreditar Nele. Esta é a condição de termos vida, mas é preciso unir a Cristo e comprometer com seu projeto libertador da humanidade. Isso exige a escolha nossa a Ele. Muitos acharam difícil isso e murmuraram: "Essas palavras são duras demais, é difícil de engolir..." Nós devemos acreditar que Jesus está na Eucaristia e isso é dom da fé que Deus dá a cada um de nós. Jesus quer que façamos opção por Ele. Jesus não muda a sua posição, pois Ele não está preocupado de ter adeptos com doutrina fácil que não leva compromisso com os excluídos e pobres. Os que ficaram, Jesus os questiona e quer uma escolha, isto é, seguir Ele ou não. Como Ele mesmo diz: "Vocês também querem ir embora?" Diante desse questionamento, Pedro dá um testemunho eloquente para nós: "A quem iremos, Senhor? Só tu tens palavras de vida eterna." Essa afirmação de Pedro na escolha por Cristo ajuda a confirmar nos outros apóstolos a importância de seguir Jesus, pois só Ele é caminho, verdade e vida. Então por que procurar situações cômodas para nossa vida que nos deixam omissos diante dos desafios do nosso tempo? Jesus quer que a nossa escolha seja completa e que busquemos a verdade Dele que passa por serviço, justiça, amor e fidelidade na construção do Reino de Deus já entre nós.(cf. Jo 6,60-69)
A liturgia de hoje nos ajude a sermos coerentes na nossa fé em Jesus e que possamos comprometer com a causa de Dele nas diversas pastorais e movimentos que devem atender os mais necessitados de amparo e de justiça sócial e religiosa. Amém
Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha 22-08-2012




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