Maria com mãe amorosa de Jesus, mais que qualquer um de nós pode dizer isto que está escrito em Gálatas 2,20: "Eu fui crucificado com Cristo, e eu já não vivo, mas Cristo vive em mim..."

Co-Redentora (em latim: Co-Redemptrix) na mariologia da Igreja Católica se refere ao papel da Virgem Maria no processo de redenção e salvação. É um conceito distinto de Medianeira.O conceito de Co-Redentora remete para uma participação indireta, mas importante da Bem-aventurada Virgem Maria na redenção, pois Maria deu à luz o Redentor (Jesus Cristo), que é o responsável por toda a redenção e salvação, assim ela foi mediadora de redenção.

Os católicos crêem que Cristo é o único Redentor da humanidade (1 Tim 2,5), sendo que a própria Maria teve de ser redimida e resgatada por Jesus Cristo[1] (embora ela tenha sido redimida no instante da sua concepção).

Na piedade popular este título é frequentemente invocado como "Advogada"[2], assim ele é retratado nas orações Salve Rainha[3], de Nossa Senhora Aparecida[4], de Nossa Senhora do Bom Conselho[5] e etc.

O conceito de Co-Redentora não é um dogma, embora petições para declará-lo (juntamente com Medianeira) dogmaticamente, tenham sido submetidos ao Papa por vários cardeais e bispos, para que esta crença possa tornar-se o quinto dogma mariano aprovado pela Santa Sé. [6]

História


O conceito de Co-Redenção não é novo, mesmo antes do ano 200, Santo Ireneu de Lyon refere-se a Maria como "causa salutis" (causa de nossa salvação) devido aos seu filho[7]

O ensinamento tornou-se universal desde o século XV[8], mas nunca foi declarado um dogma.

São Bernardo na sua obra "Grandezas de Maria", São Luís Maria Grignion de Montfort na sua obra "Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem Maria" e Santo Afonso Maria de Ligório na sua obra "Glórias de Maria", referem-se inúmeras vezes, e de modo detalhado, ao modo como é que Nossa Senhora exerceu e exerce o seu papel de Co-Redentora da Humanidade.

Muitos teólogos têm discutido o conceito desde o século XIX. Os principais defensores da tese no século XX foram o Pe. Frederick William Faber[9], um mariologista muito respeitado e o Padre Gabriel Roschini.[10]

Ensinamentos papais

Os Papas começaram a mencionar o conceito da Virgem Maria como Co-Redentora em documentos oficiais da Igreja na parte mais tenra do século XX, e continuam a fazê-lo neste século.[11]

Dentre os papas que defenderam este conceito estão:

o Papa Leão XIII[12], o Papa Pio X[13], o Papa Bento XV [14], o Papa Pio XII[15], o Papa João Paulo II[16], e o atual Papa Bento XVI.[17]

FUNDAMENTAÇÃO BÍBLICA:

As Sagradas Escrituras são comumente citadas em favor deste ensinamento: [18]

1)- Lucas 1:38: "E Maria disse: Eis a serva do Senhor, seja ela para mim segundo a tua palavra. E o anjo afastou-la".

2)- Gálatas 2:20: "Eu fui crucificado com Cristo, e eu já não vivo, mas Cristo vive em mim. A vida que eu vivo no corpo, eu vivo pela fé no Filho de Deus, que me amava e deu a si mesmo por mim".

3)- Lucas 1:26: "No sexto mês, Deus enviou o anjo Gabriel a Nazaré, uma cidade da Galiléia, a uma virgem prometeu se casar com um homem chamado José, uma descendente de Davi. O nome da virgem era Maria. O anjo foi até ela e disse: "Salve, Cheia de Graça! O Senhor é contigo."

4)- O que falta às tribulações de Cristo, completo na minha carne, por seu corpo que é a Igreja”. (Col 1, 24)

Proposta de definição dogmática

A declaração formal de Co-Redentora como um dogma mariano teve tanto apoio popular e eclesiástico que milhões de assinaturas foram recolhidas.

Mas há oposição dentro de alguns círculos no Vaticano que apelam pela necessidade de maior clareza sobre o conceito.

Concílio Vaticano II

A definição dogmática de Nossa Senhora como Co-Redentora foi proposto no Concílio Vaticano II por bispos italianos, espanhois e polacos, mas o seu pedido não foi aceito. [19]

Apoio popular e eclesiástico

No início da década de 1990 o Professor Mark Miravalle da Universidade Franciscana de Steubenville e autor do livro "Maria: Co-Redendota, Medianeira e Advogada" lançou uma petição popular para o Papa João Paulo II para utilizar a infalibilidade papal para declarar Maria como co-redentora.

Mais de seis milhões de assinaturas foram recolhidas de 148 países, incluindo as de Madre Teresa de Calcutá, e 41 outros cardeais e 550 bispos. Porém o pedido foi-lhes negado.

Em 8 de fevereiro de 2008 cinco Cardeais da Igreja Católica emitiram uma petição solicitando ao Papa Bento XVI que declarasse dogmaticamente a Virgem Maria como Co-Redentora e Medianeira.

Os cardeais também incluíram um votum (ou seja, petição), que permitiria a outros cardeais e bispos também solicitarem o mesmo para o pontífice.

Atualmente mais de 500 bispos assinaram o votums enviado para o Vaticano em apoio de um quinto dogma mariano.[20]

A Sociedade de São Pio X manifestou o seu apoio a proclamação deste dogma, em um dos seus seminários em La Reja (Argentina).

Referências:

↑ Ott Dogmatics 256↑ Editora Cléofas, Medianeira, Co-redentora e Advogada↑ Site Área Jesus, Oração Salve Rainha (Eia, pois, advogada nossa)↑ Site Paróquias, Oração a Nossa Senhora Aparecida (Advogada dos pecadores)↑ Site Sintonia Saint Germain, Oração à Nossa Senhora do Bom Conselho (tesoureira das graças divinas e advogada dos pecadores!)↑ News Report on the Mediatrix Petition to the Pope http://www.zenit.org/article-21743?l=english↑ ."http://www.zenit.org/article-5650?l=english↑ Ott 256↑ Fredrick Faber The Sorrows of Mary [1]↑ Gabriel Roschini, Compendium Mariologiae, Roma 1946.↑ Ott 256.↑ Bäumer, 96↑ Ad diem Illum 14↑ AAS, 1918, 181↑ Mystici Corporis Christis, n. 110↑ (Inseg VIII/1 (1985) L'Osservatore Romano 880:12).↑ General Audience of Pope Benedict XVI, 8 April 2009↑ Do we find support for the proposed Dogma of Mary Coredemptrix, Mediatrix of all Graces and Advocate in Scripture?↑ Otto Hermann Pesch Das Zweite Vatikanische Konzil, Echter, 1993, 194.↑ ZENIT - Cardinals' Letter Promoting Marian Dogma. Página visitada em 2008-10-09.

Outras fontes:

Ludwig Ott, Fundamentals of Catholic Dogma, Mercier Press Ltd., Cork, Ireland, 1955.Acta Apostolicae Sedis, referenciada como "AAS".



Maria Medianeira das Graças

Fundamentação bíblica:

1)- “Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo” (Lc 1, 28) – Quem está cheia transborda, concordam ?...



2)- Respondeu-lhe Jesus: Mulher, isso compete a nós? Minha hora ainda não chegou.Disse, então, sua mãe aos serventes: Fazei o que ele vos disser.(João 2,4-5) – Pela mediação de Maria em Caná Jesus ANTECIPA sua hora de manifestar-se ao mundo.Por isto nós Católicos afirmamos: " Peça a mãe que o filho atende!!!"


Doutrina da Igreja Católica

Medianeira (em latim: Mediatrix) na mariologia da Igreja Católica refere-se ao papel da Virgem Maria como uma mediadora de graças e bençãos através de Jesus.

É um conceito distinto de Co-Redentora. Essa doutrina é baseada no fato de que Maria deu à luz Jesus, que é a responsável por todas as graças e bençãos concedidas à humanidade, assim ela participou da mediação dessas graças, devido ao seu Filho. Papas, como Leão XIII e Pio XII têm tradicionalmente apoiado esta interpretação.

O conceito de medianeira não é um dogma mariano, embora tenham sido feitos petições para declara-ló (juntamente com co-Redentora) um dogma ao papa por vários cardeais e bispos.

Este conceito se tornaria o quinto dogma mariano aprovado pela Santa Sé.[1]

Primeiras referências

Não há dúvida entre os teólogos católicos, que Jesus Cristo é o único mediador entre Deus e a raça humana (Timóteo 2:5)

São Tomás de Aquino alega que só Cristo é o perfeito mediador entre Deus e a humanidade, mais que isso não impede que outros mediadores dependam de Cristo.[2]As primeiras menções a este conceito aparecem na Igreja Primitiva, em uma oração atribuída a Efrém da Síria (306-373): Depois do mediador, a medianeira de todo o mundo.[3]

Século XIX

No século XIX, o termo medianeira aparece na bula papal Ineffabilis Deus do Papa Pio IX, e em vários encíclicas sobre o rosário do Papa Leão XIII[4][5].

O Papa Pio X utilizado o termo na encíclica Ad Diem illum e o Papa Bento XV introduziu uma nova festa Mariana em que ela é colocada como Medianeira de todas as graças (em 1921).

O Papa João Paulo II na encíclica Redemptoris Mater afirma que Jesus é o mediador entre Deus e os homens e Maria é a medianeira entre Jesus e o homem.[6]

Relatado em aparições

Existem relatos (mas não provados) que nas aparições marianas foi utilizado o termo medianeira.

As mensagens de Maria em Medjugorje utilizam tanto o termo "mediador" e "medianeira". Em 1984 as crianças em Medjugorje afirmaram ter ouvido: "Você deve saber, só há um Deus e um só Mediador Jesus Cristo. (...) Eu sou a Medianeira entre você e Deus."[7]

Apoio popular e eclesiástico

O Apoio popular a Maria como Medianeira surgiu nas últimas décadas ambos tanto de leigos, quanto do clero.

Um movimento de leigos chamado Vox Populi Mariae Mediatrici está promovendo a doutrina de Maria como Medianeira e fornece petições que podem ser assinadas pelos católicos em geral, e enviada para o Papa em apoio formal de uma definição dogmática.[8][9]

Em 8 de fevereiro de 2008 cinco Cardeais da Igreja Católica emitiram uma petição solicitando ao Papa Bento XVI que declarasse dogmaticamente a Virgem Maria como Co-Redentora e Medianeira.

Os cardeais também incluíram um votum (ou seja, petição), que permitiria outros cardeais e bispos também solicitarem o mesmo a partir para o pontífice.

Atualmente mais de 500 bispos assinaram o votums enviado para o Vaticano em apoio de um quinto dogma mariano.[10]

Referências

↑ Vatican News on the Mediatrix Petition to the Pope↑ Thomas Aquinas, Summa, III, 26,1↑ Mediatorship of Mary. Página visitada em 2008-10-08. "post mediatorem mediatrix totius mundi"↑ Leo XIII - Fidentem piumque animum. Página visitada em 2008-10-08.↑ Leo XIII - Adiutricem. Página visitada em 2008-10-09.↑ Pope John Paul II's encyclical Redemptoris Mater: On the Blessed Virgin Mary in the life of the Pilgrim Church↑ "Words from heaven: Messages of Our Lady from Medjugorje: a documented record of the messages and their meanings" page 245. Saint James Publishing, 1990: ISBN 1878909053↑ Voice of the People for Mary Mediatrix. Página visitada em 2008-10-09.↑ Vox Popoli website↑ ZENIT - Cardinals' Letter Promoting Marian Dogma. Página visitada em 2008-10-09.

FONTE:Wikipédia, a enciclopédia livre.

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