Irmãos e irmãs, a morte é um fato presente na existência humana. Quando temos fé somos chamados a ser sensível diante da morte e ainda entender esse mistério. Deus nos fala diante da morte e ela não tem a ultima palavra. Alguém muito especial calou a morte para sempre. Essa pessoa é Jesus, morrendo na cruz, devido a um julgamento injusto, trouxe a esperança da ressurreição. A morte de Jesus selou para sempre o que nos prendia para termos a liberdade da vida. A cruz foi o trono da graça e o sepulcro de Jesus foi uma morada de três dias, pois Ele ressuscitou e não morre mais. Esse mistério nos renova e nos dá perspectiva de vida eterna.(1)
"A vida eterna não é um desdobramento infindo do tempo presente, mas algo de completamente novo", diz Bento XVI. O Papa Bento XVI presidiu na manhã deste sábado, 3, na Basílica de S. Pedro, a Santa Missa em sufrágio dos Cardeais e Bispos que faleceram no decorrer do ano. Na homilia, o Pontífice afirmou que nos nossos corações ainda está presente o clima do Dia de Finados. Em especial, a visita aos cemitérios nos permitiu renovar o elo com as pessoas queridas que nos deixaram. Assim, os locais da sepultura constituem uma espécie de assembleia, na qual os vivos encontram seus mortos e com eles reforçam os vínculos de uma comunhão que a morte não pôde interromper. “E aqui em Roma, nas catacumbas, sentimos, como em nenhum outro lugar, os elos profundos com a antiga cristandade”, disse o Papa.(2)

Mas como nós cristãos respondemos à questão da morte?, questionou o Pontífice. Respondemos com a fé em Deus, com um olhar de esperança sólida que se fundamenta na Morte e na Ressurreição de Jesus Cristo. A morte, então, abre à vida, à vida eterna, que não é reprodução infinita do tempo presente, mas algo completamente novo.
A fé nos diz que a verdadeira imortalidade à qual aspiramos não é uma ideia, um conceito, mas uma relação de comunhão plena com o Deus vivo: é o estar em suas mãos, no seu amor, e se tornar Nele uma só coisa com todos os irmãos e irmãs que Ele criou e redimiu, com toda a criação.(2)
Neste clima de fé e de oração, disse o Papa, estamos reunidos em torno do altar para oferecer o Sacrifício eucarístico em sufrágio dos Cardeais, dos Arcebispos e dos Bispos que, durante o último ano, terminaram sua existência terrena. De modo especial, Bento XVI recordou os Cardeais John Patrick Foley, Anthony Bevilacqua, José Sánchez, Ignace Moussa Daoud, Luis Aponte Martínez, Rodolfo Quezada Toruño, Eugênio de Araújo Sales, Paul Shan Kuo-hsi, Carlo Maria Martini e Fortunato Baldelli. Recordando o testemunho desses irmãos, disse o Papa, podemos reconhecer neles “amigos do Senhor”, “agentes de paz” que nas dificuldades e também nas perseguições mantiveram a alegria da fé. Os Pastores que hoje recordamos, acrescentou, serviram a Igreja com fidelidade e amor, enfrentando às vezes provas difíceis para garantir ao rebanho a eles confiado atenção e cuidado. (2)
Na variedade de seus talentos, ofereceram uma contribuição preciosa ao período pós-conciliar, tempo de renovação em toda a Igreja. “À existência humana do Filho de Deus se acrescenta a de sua Mãe Santíssima. Os nossos Irmãos Cardeais e Bispos foram amados com predileção pela Virgem Maria e retribuíram seu amor com devoção filiar. Confiemos a ela suas almas. E nós elevamos a Deus a nossa oração por eles, amparados pela esperança de nos encontrarmos todos juntos um dia, unidos para sempre no Paraíso”, concluiu o Papa.(2)
As palavras do nosso papa e a fé que temos em Jesus nos dão a certeza da ressureição e da feliz morada no céu. Nada pode nos abalar, pois é Cristo que dá força para prosseguirmos nesta jornada. O mundo contemporâneo é marcado por um individualismo e um materialismo que muitas vezes nos fazem ser indiferentes aos nossos irmãos que precisam de nós. Não podemos ter uma Igreja intimista que pensa só em momento presente sem ver os sofrimentos de muitos que esperam a nossa ajuda solidaria. A morte nos ensina a sermos solidários a eles na oração e nos sacrifícios que fazemos para que esses que já morreram tenham a nossa participação nas santas liturgias que realizamos. Que a nossa vida seja de fidelidade a Deus numa vida de comunhão com Ele e com todos os irmãos vivos ou mortos. Amém(1)
(1)    Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha
(2)    www.cancaonova.com

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