Queridos irmãos e irmãs, esse quarto domingo do advento deparamos com a visita de Maria a sua prima Isabel, um belo exemplo de serviço aos outros. Maria vai a Casa de Isabel para ajuda-la, porque ela está gravida e idosa. Esse belo encontro é de alegria e de presença de Deus. Duas mulheres que estão esperando filhos, cada um vai ter uma missão. João Batista será o percussor do Senhor e Jesus será o salvador que doa a sua vida à humanidade. Esse acontecimento nos leva ao antigo testamento com grande significado. Israel espera o Messias e o Messias vem até nós por Maria. João rejubila como Davi diante do Senhor. (1)
"Imitemos Maria no tempo de Natal, visitando quantos vivem em situações de precariedade, em particular os doentes...", convida Bento XVI.A “beleza do acolhimento” foi sublinhada pelo Papa Bento XVI neste domingo, 23, ao meio-dia (ROMA),  na Praça de São Pedro, antes da recitação das Ave-Marias, já em clima de Natal. Comentando o evangelho do dia – a visitação de Maria a sua prima Isabel (Lc 1, 29-45), o Santo Padre observou que “esta cena exprime também a beleza do acolhimento”, recomendando a escuta, o dar espaço, o que – assegurou – comporta a presença de Deus e da alegria que d’Ele vem. “Este gesto não significa um mero gesto de cortesia, mas representa com grande simplicidade o encontro do Antigo com o Novo Testamento. De fato, as duas mulheres, ambas grávidas, encarnam a espera e o Esperado”.(2)
“A idosa Isabel – explicou o Papa – simboliza Israel que espera o Messias, ao passo que a jovem Maria leva em si o cumprimento dessa expectativa, a bem de toda a humanidade. Nas duas mulheres se encontram e reconhecem, antes de mais nada, os frutos do seu seio, João e Cristo”. Recordando a saudação de Isabel a Maria, o Papa observou que o texto evangélico evoca expressões do Antigo Testamento: “A expressão 'bendita és tu entre as mulheres' é referida no Antigo Testamento a Jael e Judite, duas mulheres guerreiras que intervêm para salvar Israel. Agora é dirigida a Maria, jovenzinha pacífica que está para gerar o Salvador do mundo”. Do mesmo modo – acrescentou ainda o Papa - o sobressalto de alegria de João alude à dança do rei Davi quando acompanhou a entrada da Arca da Aliança em Jerusalém. “A Arca, que continha as tábuas da Lei, o maná e o cetro de Arão, era o sinal da presença de Deus no meio do seu povo. João que vai nascer exulta de alegria diante de Maria, Arca da nova Aliança, que leva no seio Jesus, o Filho de Deus feito homem”. (2)
O Santo Padre enfatizou que a cena da Visitação expressa também a beleza do gesto de acolher. Onde há acolhimento recíproco, escuta, o dar espaço ao outro, disse o Papa,  aí está Deus e a alegria que d’Ele vem. "Imitemos Maria no tempo de Natal, visitando quantos vivem em situações de precariedade, em particular os doentes, os presos, os idosos e as crianças. E imitemos também Isabel, que acolhe o hóspede como o próprio Deus. Sem O desejarmos, nunca O conheceremos; sem aguardá-Lo, não O encontraremos; sem O procurar, não O encontraremos. ”Bento XVI concluiu desejando a todos um bom domingo e, desde já, aquela serenidade que permita viver bem as próximas festas de Natal. (2)
As palavras do papa nos preenchem de alegria e certeza. Maria é a mulher da nova realidade, pois ela traz Jesus e ainda se torna serviço, indo a casa de Isabel. O cristão deve ser portador de esperança aos mais fracos e pobres desse mundo. Devemos testemunhar que Deus é sempre acolhedor e nos dá um presente que é Jesus. Celebrar o Natal é revestir da roupa do amor, da ajuda, da solidariedade e partilha com os mais humildes e necessitados desse mundo. A arca da aliança que foi sinal da presença de Deus é agora Maria que leva no seu ventre Jesus, o próprio Deus no meio de nós. Que as alegrias que vem do natal seja a nossa força e nos alimente na esperança de dias melhores. Amém (1)
(1)    Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha
(2)    www.cancaonova.com 

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