Queridos irmãos e irmãs, a fé que nós recebemos do Batismo precisa crescer em nós. Isto vai acontecer na medida em que estivermos engajados na vida da Igreja, ouvindo a Palavra de  Deus proclamada nela e deixar-se conduzir pelo Espirito Santo. Deus é que conduz a nossa historia, mas deixou a Igreja para que ela, com firmeza, transmite o deposito da fé com segurança para todos. O magistério, a tradição e a Bíblia nos dão a segurança para caminhar rumo a eternidade, mas construindo já o Reino de Deus entre nós.(1)
O Papa Bento XVI recebeu em audiência na manhã desta sexta-feira, 7, os membros da Comissão Teológica Internacional por ocasião de sua assembleia plenária. Em seu discurso, o Pontífice fez algumas considerações sobre teologia, destacando a questão do sentido da fé. O Santo Padre exprimiu seu apreço pela mensagem que os membros da Comissão redigiram por ocasião do Ano da Fé. "Isso ilustra bem o modo específico no qual os teólogos, servindo fielmente à verdade da fé, podem participar do esforço evangelizador da Igreja".(2)
Ao falar sobre o sentido da fé, Bento XVI destacou que este é um dom e constitui no crente uma espécie de instinto sobrenatural, que se desenvolve na medida em que a pessoa participa plenamente na vida da Igreja. “Observamos que propriamente os simples fiéis carregam em si esta certeza, esta segurança do sentido da fé. O sensus fidei é um critério para discernir se uma verdade pertence ou não ao depósito vivo da tradição apostólica. Tem também um valor propositivo porque o Espírito Santo não para de falar à Igreja e de conduzi-la para a verdade inteira”.(2)
O Santo Padre lembrou que este mesmo sentido sobrenatural da fé leva a uma reação vigorosa contra o preconceito segundo o qual as religiões, em especial as monoteístas, seriam portadoras da violência. Na verdade, o Papa lembrou que a violência em nome de Deus não é atribuída ao monoteísmo, mas aos próprios erros humanos ao longo da história. “Se, portanto, na história, houve ou há formas de violência feita em nome de Deus, estas não são atribuídas ao monoteísmo, mas às causas históricas, principalmente aos erros dos homens. Pelo contrário, é o próprio esquecimento de Deus que imerge às sociedades humanas em uma forma de relativismo, que gera inevitavelmente a violência”. (2)
Ele destacou ainda que a violência torna-se a regra dos relacionamentos humanos a partir do momento em que é negada a possibilidade para que todos possam se referir a uma verdade objetiva. "Sem a abertura ao transcendente, que permite encontrar as respostas às perguntas sobre o sentido da vida e sobre a maneira de viver de modo moral, sem esta abertura o homem torna-se incapaz de agir segundo a justiça e de empenhar-se pela paz". (2)
A violência que assistimos hoje e em todo tempo é fruto do equivoco do homem que esquece que Deus é misericórdia e também amor e perdão. A paz se constrói com abertura de coração ao outro que tem vez e voz. As diferenças de cada um são enriquecidas com os nossos dons que devem estar a serviço do bem comum. Onde há partilha e solidariedade vai ter amor-doação. Se estivermos com Deus não vamos perder no ódio, mas se não estiver com Ele, nós tornamos rudes e insensíveis com os sofrimentos dos outros causados pela injustiça e ganancia dos homens. A teologia vai nos ajudar a encontrar as respostas da nossa existência e da nossa finitude em vista da comunhão com Deus. Quem é de Deus encontra a serenidade e a paz. Que as palavras do nosso papa sejam oportunidades de termos coragem de assumir a nossa fé em Cristo que liberta e ilumina a nossa vida para sempre. Amém (1)
(1)    Bacharel em teologia Jose benedito Schumann Cunha
(2)    www.cancaonova.com

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