O Reino de Deus cresce entre nós apesar dos obstáculos


Queridos irmãos e irmãs, a liturgia desta primeira sexta-feira do mês nos fala como que o Reino de Deus cresce no meio de nós. Nada impede dele ser instaurado, pois há uma força invisível que não vemos e está presente nele, atuando para que ele cresça. O coração de Jesus nos impulsiona para orar por todos, isto é para amigos e inimigos. O mundo precisa que nós tenhamos um coração semelhante a de Cristo com olhar bondoso e misericordioso aos que erram e que estão longe da Igreja de Cristo.

A carta de São Paulo aos hebreus nos faz lembrar a caminhada dos cristãos quando aderiram a Jesus e tiveram que suportar os momentos difíceis de lutas na conversão a Deus. Muitas vezes eram ridicularizados e tratados como espetáculos, sofrendo injurias e tribulações. Essas situações os faziam solidários aos que sofriam e ainda participavam dos sofrimentos dos prisioneiros por causa de Jesus e tudo aceitavam com alegria no Senhor, mesmo perdendo os seus bens materiais, mas sabiam que não estavam perdendo as riquezas celestiais.

Ainda na carta aos hebreus nos fala: “Não abandoneis, pois, a vossa coragem, que merece grande recompensa. De fato, precisais de perseverança para cumprir a vontade de Deus e alcançar o que ele prometeu”. Jesus vem a nós e o justo vivera pela graça e fidelidade Cristo. Se enfraquecer perde a intimidade com Ele Não se deve desertar da Igreja, mas ser pessoa de fé para a salvação dada gratuitamente por Cristo. Isso deve ser para nós um alerta para que nos momentos difíceis, de perseguição e incompreensão, ficarmos firmes no Senhor que dá força para tudo suportar em vista do seu Reino definitivo em que faremos parte. (cf. Hb 10,32-39).

A nossa fé deve ser firme como próprio salmista nos diz: “Confia no Senhor e faze o bem, e sobre a terra habitarás em segurança. Coloca no Senhor tua alegria, e ele dará o que pedir teu coração”. (Sl 37)

O evangelista Marcos (cf. Mc 4, 26-34)nos mostra Jesus dizendo que o reino cresce no nosso meio, mesmo que não o percebemos. O bem semeado por nós é germinado e cresce e torna visível na nossa comunidade, na nossa Igreja e no mundo, mesmo que deparamos com o mal entre nós, mas ele não é maior e não podemos dar valor a ele. O bem não pode ser ofuscado pelo mal,pela violência, pela ganância e egoísmo de algumas pessoas no mundo. Deus é que nos impulsiona para o bem, pois nós sozinhos não conseguimos nada fazer. Devemos deixar Deus agir em nós para que possamos ser instrumentos uteis para evangelização no mundo. Assim a justiça do Reino de Deus já acontece no nosso meio em vista da eternidade com Ele para sempre.
Jesus ainda nos fala que o reino ao ser implantado é comparado à semeadora de semente de mostarda, embora sendo pequenina quando cresce torna um arbusto enorme aonde os pássaros vem fazer suas moradas e pousos. Assim é a Igreja, ela cresce no meio de nós através dos evangelizadores e testemunhos dos cristãos. Todos encontram abrigo nela. Os movimentos e pastorais são visíveis nas suas ações no mundo, tudo isso é a dinâmica do Reino de Deus. A palavra de Deus deve ser anunciada a todos para que esse mundo seja transformado através dela na justiça, na paz, na solidariedade, na partilha e no amor a todos principalmente quem está sofrendo na doença, na pobreza, na exclusão e na dor.

O beato cardeal John Henry Newman dizia: “Tal é o Reino escondido de Deus: do mesmo modo que está agora escondido, assim será revelado no momento dado. Os homens pensam que são os donos do mundo e que podem fazer o que querem. [...] Na verdade, aparentemente «tudo permanece igual desde o início» e os trocistas perguntam: «Em que fica a promessa da Sua vinda?» (2P 3,4) Mas, no tempo designado, haverá uma «revelação dos filhos de Deus» e os santos escondidos «resplandecerão como o sol no Reino de Seu Pai” (Rm 8,19; Mt 13,43)”.

Que esta liturgia nos ajude a sermos evangelizadores e deixar que Deus atue nas nossas ações, pois é Ele que as dinamiza no mundo. O bem é maior que o mal. Tudo por Jesus nada sem Maria. Amém

Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha 01-02-2013

Postar um comentário

Tecnologia do Blogger.