Perdão e reconciliação é o caminho da paz, afirma Papa em Vigília
“A violência e a guerra nunca são o caminho da
paz”, afirmou o Papa Francisco em Vigília de Oração no Vaticano
“Ser pessoa humana significa ser o guarda uns
dos outros”, afirmou o Papa Francisco na Vigília
A Praça de São Pedro, no
Vaticano, ficou repleta com os mais de 90 mil fiéis que acolheram o convite do
Papa Francisco para a Vigília de Oração pela Paz na Síria e no mundo. Cardeais,
bispos, padres, religiosos, religiosas e membros da comunidade muçulmana também
participaram do momento de oração.
A Vigília foi dividida em cinco
momentos. O primeiro foi dedicado à Virgem Maria, e começou com a procissão e
entronização do ícone de Maria Salus
populi Romani (Protetora do povo Romano). Em seguida, os fiéis rezaram o terço
com o Papa.
Em cada dezena, além da leitura
de um trecho da Bíblia, meditando os mistérios gososos, foram lidas algumas
palavras de Santa Terezinha do Menino Jesus, a pedido do Papa Francisco. Ao término do terço, os fiéis cantaram a
ladainha de Nossa Senhora.
Reflexão do Papa
Em um segundo momento, o Santo
Padre dirigiu aos fiéis uma breve reflexão, exortando aos países que vivem em
conflito, para que cessem “o barulho das armas” e busque-se a paz,
verdadeiramente.
“A violência e a guerra nunca são
o caminho da paz… que acabe o barulho das armas, a guerra significa o fracasso
da paz… Que soem mais uma vez as palavras do Papa Paulo VI: ‘Nunca mais uns
contra os outros… nunca mais a guerra’”.
O Santo Padre levou os presentes
a refletirem se ainda é possível ao mundo percorrer o caminho da paz. E, afirmou:
“Sim, é possível para todos. E mais ainda, queria que cada um de nós, e os
líderes dos países, respondessem ‘sim, queremos’”.
Na meditação, o Papa também
recordou o trecho do Gênesis que narra Deus questionando a Caim, sobre seu
irmão Abel (cf. Gn 4, 1-16): “Onde está teu irmão Abel?’, questiona Deus, ao
qual, Caim responde: “Acaso sou eu o guarda do meu irmão?”
“Sim”, respondeu o Santo Padre,
“tu és o guarda do seu irmão. Ser pessoa humana significa ser o guarda uns dos
outros. Contudo quando se quebra a harmonia, se produz uma metamorfose, e o
irmão se torna algo a suprimir… Quanta violência surge a partir desses
momentos, quantas guerras que marcaram nossa história”, destacou.
Francisco explicou que “perdão,
diálogo e reconciliação são as palavras da Paz”, seja na Síria ou em todo o
mundo. E convidou os presentes a trabalharem pela reconciliação, e serem homens
e mulheres de reconciliação e de paz.
Silêncio e oração
Após a reflexão do Papa
Francisco, teve início um momento de Adoração Eucarística, intercalada com
momentos de silêncio, preces, leitura de trechos bíblicos e orações pela paz
dos Papas Pio XII, João XXIII, Paulo VI, João Paulo II e Bento XVI.
A cada momento da adoração, um
incenso era ofertado ao Senhor. Ao
total, foram cinco, representando a Síria, o Egito, a Terra Santa, os Estados
Unidos e a Rússia.
O terceiro momento da Vigília foi
caracterizado pelo Ofício da leituras, com a leitura de três textos: do livro de
Jeremias, do Evangelho segundo São João e das palavras de São Leão Magno,
alternando com momentos de silêncio e meditação.
Por fim, o Papa Francisco
concedeu a todos sua Benção Apostólica. E concluindo a Vigília, agradeceu aos
fiéis pela companhia e fez um último pedido: “Continuemos a rezar pela Paz”.
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