Jesus nasce e está no nosso coração
Queridos irmãos e irmãs, hoje é natal do Senhor, onde fazemos a memoria daquela noite de Belém, pois uma luz veio até a nós, trazendo esperança para todos. Estávamos nas trevas, mas a luz a dissipou entre nós, Jesus nasce e nos dá uma oportunidade para estar em comunhão com Deus da vida, pois o verbo de Deus se fez carne e habitou entre nós.  Agora podemos caminhar de novo, pois Deus está conosco, o Emanuel prometido pelo profeta Isaias. Nós caminhamos através da nossa fé em Deus, pois Deus caminhou e caminha na nossa historia de salvação. Não estamos sós nesse caminho, caminhamos com Cristo e Ele nos quer livres da escravidão do pecado e do egoismos que nos separam de Deus e dos irmãos e irmãs. Deus é fiel e nós devemos procurar ser fiel a sua aliança conosco, pois Ele quer que tenhamos uma alegria plena diante de uma vida de graça com Cristo e com todos. Temos que agradecer e louvar a Deus nesta noite onde celebramos o Natal do Senhor que veio até nós e que possamos ser novas pessoas que transformam a realidade de morte para a vida. Um menino nos ensina a viver em santidade nesse mundo em vista do Céu aonde vamos ter morada definitiva. (Jose Benedito Schumann Cunha)


A homilia do Papa na Missa do Galo

1. «O povo que andava nas trevas viu uma grande luz» (Is 9, 1).

Esta profecia de Isaías não cessa de nos comover, especialmente quando a ouvimos na liturgia da Noite de Natal. E não se trata apenas dum facto emotivo, sentimental; comove-nos, porque exprime a realidade profunda daquilo que somos: somos povo em caminho, e ao nosso redor – mas também dentro de nós – há trevas e luz. E nesta noite, enquanto o espírito das trevas envolve o mundo, renova-se o acontecimento que sempre nos maravilha e surpreende: o povo em caminho vê uma grande luz. Uma luz que nos faz refletir sobre este mistério: o mistério do andar e do ver.

Andar. Este verbo faz-nos pensar no curso da história, naquele longo caminho que é a história da salvação, com início em Abraão, nosso pai na fé, que um dia o Senhor chamou convidando-o a partir, a sair do seu país para a terra que Ele lhe havia de indicar. Desde então, a nossa identidade de crentes é a de pessoas peregrinas para a terra prometida. Esta história é sempre acompanhada pelo Senhor! Ele é sempre fiel ao seu pacto e às suas promessas. «Deus é luz, e n’Ele não há nenhuma espécie de trevas» (1 Jo 1, 5). Diversamente, do lado do povo, alternam-se momentos de luz e de escuridão, fidelidade e infidelidade, obediência e rebelião; momentos de povo peregrino e de povo errante.

E, na nossa historia pessoal, também se alternam momentos luminosos e escuros, luzes e sombras. Se amamos a Deus e aos irmãos, andamos na luz; mas, se o nosso coração se fecha, se prevalece em nós o orgulho, a mentira, a busca do próprio interesse, então calam as trevas dentro de nós e ao nosso redor. «Aquele que tem ódio ao seu irmão – escreve o apóstolo João – está nas trevas e nas trevas caminha, sem saber para onde vai, porque as trevas lhe cegaram os olhos» (1 Jo 2, 11).

2. Nesta noite, como um facho de luz claríssima, ressoa o anúncio do Apóstolo: «Manifestou-se a graça de Deus, que traz a salvação para todos os homens» (Tt 2, 11).

A graça que se manifestou no mundo é Jesus, nascido da Virgem Maria, verdadeiro homem e verdadeiro Deus. Entrou na nossa história, partilhou o nosso caminho. Veio para nos libertar das trevas e nos dar a luz. N’Ele manifestou-se a graça, a misericórdia, a ternura do Pai: Jesus é o Amor feito carne. Não se trata apenas dum mestre de sabedoria, nem dum ideal para o qual tendemos e do qual sabemos estar inexoravelmente distantes, mas é o sentido da vida e da história que pôs a sua tenda no meio de nós.

3. Os pastores foram os primeiros a ver esta «tenda», a receber o anúncio do nascimento de Jesus. Foram os primeiros, porque estavam entre os últimos, os marginalizados. E foram os primeiros porque velavam durante a noite, guardando o seu rebanho. Com eles, detemo-nos diante do Menino, detemo-nos em silêncio. Com eles, agradecemos ao Pai do Céu por nos ter dado Jesus e, com eles, deixamos subir do fundo do coração o nosso louvor pela sua fidelidade:

Nós Vos bendizemos, Senhor Deus Altíssimo, que Vos humilhastes por nós. Sois imenso, e fizestes-Vos pequenino; sois rico, e fizestes-Vos pobre; sois omnipotente, e fizestes-Vos frágil.
Nesta Noite, partilhamos a alegria do Evangelho: Deus ama-nos; e ama-nos tanto que nos deu o seu Filho como nosso irmão, como luz nas nossas trevas. O Senhor repete-nos: «Não temais» (Lc 2, 10). E vo-lo repito também eu: Não temais! O nosso Pai é paciente, ama-nos, dá-nos Jesus para nos guiar no caminho para a terra prometida. Ele é a luz que ilumina as trevas. Ele é a nossa paz. Amem.
As palavras do nosso Papa Francisco nos enchem de alegria, pois estão ligadas às verdades de Deus. Não estamos sós nessa jornada na terra, pois estamos com toda a Igreja, caminhando para o céu, mas construindo já uma sociedade mais justa em nosso meio. Jesus é a luz que ilumina o nosso caminho para o bem. Se quisermos ser de Deus precisamos estar em comunhão com Cristo, juntos com todos os irmãos e irmãs, principalmente os mais pobres e sofredores desse mundo. O presépio de Jesus é o grito que ecoa em nosso coração para os que mais precisam de nossa ajuda humanitária para que haja mais partilha, solidariedade, amor, misericordia e perdão entre todos. Feliz Natal a todos. (Jose Benedito Schumann Cunha)

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