Queridos irmãos e irmãs, nesta sexta feira celebramos a Paixão e Morte de Jesus. Ele sofreu horrores no corpo e na alma, pois o torturaram e fizeram um julgamento injusto contra Ele, condenando um inocente por causa do orgulho e da prepotência dos poderosos que pensaram que iam perder o poder para Jesus. Sabemos que o poder de Jesus é diferente desse mundo, pois o seu julgo é leve e suave, trazendo a verdadeira paz que os homens tanto precisam. O profeta Isaias profetizou esse acontecimento quando falava do servo de Javé, o homem das dores que ficou desfigurado, assumindo os nossos pecados. As pessoas recusaram a vê-lo de perto pois o seu corpo dilacerado como de um leproso, mas o seu silencio é gritante como o silencio de uma ovelha que vai para a morte. (cf. Is 52,13 - 53,12)
São Paulo, na carta aos hebreus, nos lembra que temos um sumo sacerdote eminente que está no céu porque compadeceu de nossas fraquezas e foi provado em tudo, menos no pecado. Jesus quis nos salvar e estar sempre aberto a nós, pois Ele é o trono da graça. A misericórdia vem Dele e o auxílio de Deus vem em tempo oportuno a todos que estão com Ele. Jesus Cristo se entregou a morte e foi obediente até o fim. Que possamos aprender, a crer e aderir a Jesus de modo pleno com uma vida diferente e renovada na graça de Deus sempre. Isso é mortificar para o pecado e reacender para avida plena.(cf. Hb 4,14-16; 5,7-9)
O evangelista João narra para nós os últimos acontecimentos de Jesus em Jerusalém antes da morte de cruz. Primeiro foi preso a noite no Monte das Oliveiras, onde Ele se encontrava com seus discípulos e foi preso, devido a traição de Judas. Há dispersão dos discípulos, mas Pedro segue Jesus de longe juntamente com outro discípulo. Ele é reconhecido, mas nega Jesus por três vezes e logo em seguida o galo canta. Pedro chora porque não foi capaz de dar testemunho de Jesus.
Assim, muitas vezes somos desse jeito, negamos Cristo quando alguém nos questiona sobre a crença que temos Dele e preferimos acomodar nas nossas pequenas seguranças de vida se esquivando da verdade e da verdadeira vida em Deus. Mas Deus sempre quer cada um perto Dele e nos procura sempre para que voltemos com coragem para ser discípulo Dele de verdade.
O evangelista narra para nós como foi o julgamento e a incapacidade das autoridades de defender a sua vida, preferindo a de um criminoso. Eles acreditavam que matando Jesus tudo acabaria e o silencio da verdade permaneceria, mas se enganaram pois as escrituras já previam que poderia acontecer com Jesus quando o homem se torna frio e insensível diante do bem, do amor e da justiça. (Jo 18,1-19,42)
A cruz de Cristo é o trono do Rei servidor, onde nos leva ao sepulcro e Ele vai ficar por três dias porque Jesus Cristo ressurgirá de plena gloria com estigma da crucificação que será sinal permanente de misericórdia e da redenção para a humanidade. A cruz é redentora e a veneramos, pois ela foi necessária para doação total de Jesus por nós. Agora ficamos na espera, na vigília para poder celebrar bem a Pascoa do Senhor que é a nossa Pascoa Também.
Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha
Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha
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