Latrão: "O Novo Templo" , um sinal visível para nós

 

Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando hoje o 32º Domingo do Tempo Comum. Estamos quase no final do ano litúrgico e é hora de valorizar a Igreja como povo de Deus e o Templo onde os cristãos se encontram para louvar e adorar o Senhor juntamente com todos os cristãos. Estamos celebrando a "dedicação" (ou consagração) da Basílica São João de Latrão.

Ela é a primeira catedral. Onde está a Catedral do Papa, que é o bispo de Roma. Sabemos que a Igreja-Mãe de todas as igrejas do mundo. Sabemos pela historia da Igreja que foi  lá que realizou cinco Concílios Ecumênicos. Esta festa é propicia para todos católicos e tem um grande valor  de simbologia, onde a Igreja de Deus está representada pela Basílica de Latrão. Ela está no meio desse mundo, como morada de Deus e torna-se um testemunho vivo eloquente na caminhada dos homens.

As leituras bíblicas nos falam do Templo, tanto no sentido material e como espiritual. É muito importante ter essa compreensão. Estamos na Igreja e também formamos a Igreja viva.

No livro do Profeta Ezequiel nós temos a visão do profeta que relata para nós que uma água que sai do Templo, gerando vida onde ela passava. Aqui há um contexto histórico onde o Povo de Deus se encontrava exilado na Babilônia, que é um lugar longe de Jerusalém e do seu templo que estava destruído. Agora há uma esperança de algo novo para o povo, pois a água que se jorra do templo é sinal de vida nova para o Povo de Deus. Quem oferece isso é o próprio Deus, pois Ele é a fonte de vida em abundância e libertação do Povo que quer ser fiel a Ele. (cf. Ez 47,1-2.8-9.12)

São Paulo, na sua carta aos coríntios, faz uma afirmação que nós somos o Templo de Deus, isto é morada do Espirito Santo. Isso nos faz pensar e refletir do nosso papel de cristão no mundo onde devemos ser sinal vivo de Deus e testemunha eloquente da salvação que Deus nos dá diante de todos nesse mundo. Não podemos estar acuado diante do mal, da violência e dos contra valores cristãos, mas corajosos no agir do bem na fé em Cristo, nosso Salvador. (cf. 1Cor 3,9c-11.16-17)

No Evangelho de São João, Jesus se apresenta como o NOVO TEMPLO. Assim Ele nos fala: "Destruí este templo e em três dias eu o reerguerei... Falava do templo do seu corpo". Nós sabemos pela história que, no tempo de Jesus, o Templo se desvirtuou da sua finalidade, transformado em um lugar de comercio, instrumento de exploração pelos que tinham poder religioso da época para obter lucros e benefícios pessoais. Jesus não concordou com isso, Ele libertou a casa de Deus desse mal, então Ele agiu de modo violento diante desse quadro desumano, cruel e de exploração dos homens, principalmente dos mais pobres e dos mais fracos da sociedade daquela época. Nós sabemos que o templo tinha um significado para o povo de Deus que era a residência de Deus, isto é um lugar onde Deus se faz presente no meio do Povo. É Nele que Deus se fez carne e montou a sua tenda entre nós. Jesus é a pedra fundamental que sustenta a Igreja Dele no mundo. As pedras vivas do Templo são os apóstolos e todos nós que cremos que Cristo é o Senhor e Salvador da humanidade. (Jo 2,13-22)

Que esta liturgia nos ajude a entender e compreender que pertencemos a Igreja de Cristo, e também somos a Igreja, onde Jesus é a sua  a cabeça . Nós somos os membros dela e devemos crescer em santidade harmoniosamente com todos sintonizados em Cristo. A Igreja toda deve ser santa porque a cabeça, que é Cristo, é santa. Agora não há mais ofertas e sim o próprio Cristo, o cordeiro de Deus que se imola em cada Eucaristia em que participamos. Sejamos então Igreja viva que resplandece a vitória do nosso Deus da Vida em nosso agir na família, na vida e no mundo. Amém

Tudo por Jesus nada sem Maria!!!

Maria, mater Dei ora pronobis!!!


Jose Benedito Schumann Cunha (graduado em Filosofia e Bacharel em Teologia)

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