Subamos para o Monte e depois desceremos para a missão


Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando hoje o 2º Domingo do Tempo da Quaresma, Jesus chama três apóstolos e sobe a montanha, lá Ele se desfigura diante deles. O céu se abre de um lado Moisés e Elias. O que significa isso para ele e par nós hoje? Ali estava dois personagens da historia da salvação de Um lado a Lei que confirma a aliança de Deus na formação do povo eleito e de outro lado o Profeta que anuncia e denuncia as transgressões que não ajuda o homem se liberta, mas a Presença de Jesus, o nosso salvador, o novo Moises que anunciará o mandamento do Amor  e Jesus é a realização de todas as profecias que Deus anunciou através dos profetas. Tudo isso movido pela fé.

A liturgia bíblica nos mostra esse caminho de fé, de amor e de escuta a vontade de Deus. Sabemos que a Palavra de Deus e a Eucaristia nos ajuda a caminhar nos trilhos de Cristo para que todos cheguem a Deus. Somo um povo peregrino.

No Livro do Genesis nos mostra a fé de Abraão. Aqui vemos um modelo de fé através da escuta da Palavra de Deus que para fazer a sua vontade aceita a sacrificar o seu único filho que lhe foi na velhice com uma grande promessa. Apesar disso, mesmo que tudo se anula na esperança de se fazer uma grande descendência. Ele obedece nesse caminho que se revela estranho e incompreensível, mas isso vai desembocar na vida que será preservada de seu filho Isaac e para todos nós.

Esse sacrifício de Isaac que foi interrompido pela demonstração de fé de Abraão nos leva ao Sacrifício de Jesus, pois do Isaac foi substituído por um cordeiro, agora Cristo é o cordeiro de Deus que é sacrificado no madeiro da cruz para salvar a humanidade. (cf. Gn 22,1-2.9.10-13.15-18). O que isso vem dizer para nós que queremos seguir Jesus? Muitas vezes nós devemos pegar a cruz de Cristo em nós e até sofrer martírios para que outros conheçam verdadeiramente o caminho estreito que nos leva ao Pai que está no céu. Muitos já fizeram esse percurso.
Na carta de São Paulo nos mostra a figura de Isaac que subiu o Monte Moriá com a lenha às costas para o sacrifício pedido por Deus que foi substituído por um cordeiro, mas agora a imagem real é Cristo que também sobe ao monte do Calvário com o lenho cruz nas costas para o sacrifício de morte. Jesus é o cordeiro novo que morre por toda a humanidade para salvá-la. (cf. Rm 8,31-34) O que nós podemos aprender e viver essa realidade da morte de Cristo que marcou a nossa humanidade? Aqui vemos o amor de Deus por nós, dando-nos o seu filho único e isso é o fundamento de nossa fé diante de uma amor fiel e incondicional de Deus por nós.

O evangelista São Marcos nos mostra o primeiro anuncio da Paixão e Morte de Jesus. Isso abalou a fé dos apóstolos, pois não encaixava bem diante dos planos e de poder que se manifestava nas curas e milagres que Jesus fazia. Agora Jesus quer fortalecer a fé dos apóstolos para os grandes acontecimentos que ocorreriam em Jerusalém diante da sua entrada triunfante, da sua prisão injusta, da sua condenação sem fundamento, do sofrimento algoz que sofreria e da sua morte na cruz. Jesus tomou três apóstolos e subiu ao Monte Tabor e transfigurou-se, mostrou a sua gloria e poder. Lá se encontrou a harmonia e paz, fazendo com que Pedro propor a Jesus que ia fazer três tendas, uma para Moises, para Elias e para Jesus.

Mas Deus tem uma proposta para eles: "Este é o meu Filho amado, ESCUTAI-O!". Isso é para mostrar que Jesus é o Filho de Deus que inaugurará uma nova e eterna lei com se sangue na sua paixão de Cruz. As figuras de Elias e Moisés ressaltam que a Lei e as Profecias são realizadas plenamente em Jesus, pois Deus é fiel às suas promessas para regenerar e resgatar a humanidade perdida pelo pecado para Deus. (cf. Mc 9,2-10)

O que será para nós esse episodio da transfiguração do Senhor? É a certeza que Jesus é Deus e que realiza o seu plano salvífico na obediência Dele numa morte cruel, mas que se torna redentora e libertadora de toda humanidade. Nós devemos seguir as pegadas de Cristo e que esta quaresma nos fortaleça na vontade, na fé, no amor e no serviço desinteressado a todos que precisam de nós. Sejamos um balsamo regenerador de todos os irmãos que ficam caídos para que eles retornem a vida em Cristo. Amém.

Tudo por Jesus nada sem Maria


Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha

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