Devemos procurar Jesus, Ele é o novo Templo


Queridos irmãos e irmãs, estamos no 3º Domingo do Tempo da Quaresma. Esse tempo é para nós renovarmos o nosso coração e a nossa vida para que haja purificação. Isso nós sempre fazemos em nossas faxinas de nossas casas para que os mofos sejam retirados juntamente com aquelas sujeiras escondidos nos cantos dos cômodos. Então, devemos nos preparar a nossa vida para a grande festa da Pascoa que nos traz a imensa alegria de termos vida nova em Cristo Vivo. Hoje, também celebramos o dia Internacional da Mulher, uma personagem importante na família, na sociedade e na Igreja.

As leituras desse domingo nos leva a refletir na visão da Igreja judaica que estava focada em dois pontos: A Lei de Deus e o Templo. Isso foi alterando o seu sentido genuíno ao longo do tempo, portanto precisava de purificação. A lei é para ajudar o homem e o templo é o lugar do encontro com Deus com seu Povo. Jesus é o caminho certo de chegar a Deus, Ele mesmo dá um novo sentido lei em uma nova visão onde primazia é o amor a Deus e aos irmãos e o Templo vai ser Ele, pois se quisermos estar com Deus devemos passar por Ele que é a porta de entrada.

No livro do Êxodo temos a entrega da Lei num contexto de Êxodo dos Judeus e da Pascoa. Isso vai ser parte de uma aliança de Deus com seu povo, pois Deus é fiel as promessas e o acompanha na travessia do mundo. O nosso Deus é libertador como está escrito: "Eu sou o Senhor teu Deus que te tirou da escravidão do Egito". A lei dada é fruto do amor de um Deus que ama infinitamente o homem. Deus não quer que o homem esteja escravo das paixões humanas do Egito, isto é, uma escravidão que anulava a liberdade do homem. Se formos livres podemos também lutar pela liberdade de todos que estão privados dela. Se quisermos ser felizes e livres devemos obedecer os mandamentos que são guias seguras para chegarem ao Reino definitivo. Como devemos agir diante da Lei de Deus? Simplesmente obedecer, amando e fazendo bem a todos.(cf. Ex 20,1-17)

São Paulo na sua primeira carta aos coríntios nos fala que devemos anunciar o Cristo que foi pregado na cruz, que morreu sofrendo, por amor a nós. Isso é loucura para os gentios e escândalo para os judeus, pois a cruz era para os transgressores, mas Jesus era o sumo bem. A fraqueza da cruz se tornou força e salvação para nós, pois a morte não segurou Jesus, pois Jesus vive em nosso meio. O que devemos fazer para que a cruz seja transformadora em nossa vida? A resposta é que devemos tomá-la e com coragem e seguir os passos do Cristo que padece, morre e ressuscita para que tenhamos vida eterna. A cruz de Cristo é projeto eficaz para a salvação do mundo. (cf. 1Cor 1,22-25);

O evangelista São João nos apresenta Jesus como o novo Templo, que é Ele mesmo. Aquele templo sagrado para os judeus agora é Jesus. Agora o sacrifício é substituído por Cristo que se imola para toda humanidade. O templo não pode ser lugar de comércio e de ganância de alguns, mas lugar de encontro de Deus com todos que O procuram com sinceridade de coração. Deus não tolera o abuso e a exploração da boa fé das pessoas. Jesus expulsa os vendilhões e mostra que o templo é casa de oração. A sua construção não se compara ao corpo de Cristo que é o novo templo vivo. (cf. Jo 2,13-25) A Igreja nos chama a conversão e ao serviço dos mais necessitados de ajuda. É colocar-se ao lados dos fracos dos doentes e dos desvalidos de nossa época.

Que esta liturgia nos ajude a distinguir verdadeiramente quem é Jesus e como devemos encarar o templo e a Igreja, pois Deus nos quer como irmãos que se reúne no amor, na partilha, na solidariedade, no perdão e no serviço sem nada receber de volta.
Tudo Por Jesus nada sem Maria!!!

Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha

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