Somos resgatados por Cristo para a vida da graça


Reflexão 10º Domingo Tempo Comum 

Queridos irmãos e irmãs, estamos no 10º domingo do tempo comum e continuaremos a caminhada litúrgica sobre os ensinamentos de Jesus e com isso cresceremos no conhecimento da revelação de Deus que vem salvar a humanidade da escravidão do pecado. Assim, estaremos preparando para subir à montanha do conhecimento e experimentar a grandeza do amor de Deus que se revela a todos nós.

Ao depararmos com o pecado de nossos primeiros pais que é narrado no livro do gênesis, precisamos ir mais além e aprofundar na mensagem divina que Deus propôs a eles. Sabemos que eles estavam no jardim do Édem, que é um lugar de harmonia, de comunhão e de paz. Lá poderia usufruir de tudo menos a arvore da vida e da ciência do bem e do mal. Eram apenas duas arvores, mas as outras poderiam tocar. O que isso nos quer dizer? A estrutura do conhecimento era permitido ao homem como as ciências (filosofia, medicina, engenharia, física, astronomia etc), mas para o seu bem não deveria conhecer a ciência do mal que aniquila e tira a liberdade. No entanto o diabo os tentaram e assim quiseram ser igual a Deus, por causa disso assumiram o mal em suas vidas e ainda deram ao demônio o mundo das coisas. Antes esse mundo era uma dádiva e tudo se edificava na beleza agradável junto com o criador. 

A consequência da desobediência deles veio a morte, mas logo Deus veio em socorro do homem e da mulher descaídos, prometendo um Salvador e assim está descrito: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar”. A descendência da mulher ferirá a cabeça da serpente, aqui está Jesus. Porem a figura das duas arvores estão presentes na nossa historia, por um lado o bem que constrói pontes de vida com todos rumo ao céu e também há arvore do mal que podemos usufruir o não. Hoje o mal é fruto de nossa própria ação que pode nos levar para a morte eterna. (cf, Gn 3,9-15) 

Agora somos resgatados por Cristo, no batismo nos faz sentir firmes com Deus e assim estamos “Sustentados pelo mesmo espírito de fé”, e mesmo “gemendo como em dores de parto” (Rm 8, 22), nós lutamos contra toda a espécie de dor, sofrimento, tentação, pois sabemos e acreditamos o que nos espera e ansiamos como desejo pela eternidade feliz junto de nosso  Deus Criador. Queremos esta eternidade, pois tudo que passamos se perde na alegria e felicidade sem fim no céu. Temos a graça de serem filhos de Deus e fazer desse mundo um estagio com os olhos fixos no céu, pois lá será a nossa morada eterna. Não podemos acomodar com esse mundo presente, pois ele passa para todos. (cf. 2 Cor 4,13-18-5,1)

No evangelho, vemos os parentes de Jesus agindo de modo que nós muitas vezes fazemos: “Quando souberam disso, os parentes de Jesus saíram para agarrá-lo, porque diziam que estava fora de si” (diziam que estava louco). Agora podemos dizer, eles não consegue ver além do humano. Eles não entenderam que Jesus tinha uma missão de libertar o homem das amarras do sofrimento, da dor e da morte. Jesus traz o amor misericordioso de Deus, apesar de nossas fraquezas a todos nós. Assim, muitas vezes acontecem conosco, muitos não entendem o nosso chamado de servir e fazer a vontade de Deus como aconteceu com Maria, apóstolos, mártires e santos de nossa Igreja. Atitude de Jesus com sua mãe e seus parentes devem ter uma compreensão além do nosso olhar.

Vamos entender assim: Jesus sabe que sua mãe e ele fazem a vontade de Deus, então ele pode dizer que “E olhando para os que estavam sentados ao seu redor, disse: Aqui estão minha mãe e meus irmãos. Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.  Portanto se fizermos a vontade Deus em nossa vida, seremos mãe, irmão e irmã de Jesus como foi a sua mãe. Não há desprezo e nem depreciação da mãe de Jesus, mas uma valorização que os discípulos dele tinham que agir semelhante a ela, que tudo fez em sua vida, a vontade do Pai celeste. Ela é o ícone do ser humano perfeito e a qual se deve seguir e caminhar na perfeição de fazer a vontade de Deus em nós. Maria é a figura da humanidade criada sem pecado e com harmonia com tudo, principalmente com Deus. Libertados do mal que divide e abertos para a graça que salva. (cf. Mc 3,20-35)

Tudo por Jesus nada sem Maria.
Bacharelado em teologia Jose Benedito Schumann Cunha

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