Papa em Santa Marta: quando aceitamos ‘a vergonha’ de ser de barro Deus nos salva

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Queridos irmãos e irmãs, nós somos feitos para ser feliz e viver em plenitude com Deus, mas antes devemos ter consciência que somos fracos, pecadores e frágeis como um vaso de barro que dever ser sempre cuidado por Deus. Quando somos fracos é ai que vem a força da graça de Deus em nós, preenchendo todo nosso vazio existência. Tornamos fortes em Deus e Ele nos cuida com carinho de Pai e mãe zelosa que nos acolhe e nos aconchega para que possamos fazer a jornada rumo ao céu.Deus sempre vem ao nosso encontro porque nos ama e quer que estejamos em comunhão com Ele sempre.
A nossa consciência da finitude que somos ajuda-nos a procurar o infinito para poder estar em comunhão plena em Deus. Isso vai ser um aprendizado que devemos ter e é na humildade de servo que que quer estar com seu mestre, aprendendo a via da perfeição e da plenitude que só pode estar em Deus. Deus sempre nos salva na medida que deixamos ser conduzido por Ele nesta vida até entrarmos na eternidade para sempre com todos os nossos irmas que nos antecederam no céu. (Jose Benedito Schumann Cunha)

Nesta sexta-feira Francisco parte da Segunda carta aos Coríntios e do tesouro em vasos de barro

16 JUNHO 2017REDACAOPAPA FRANCISCO
 Pope Francis during today's Mass in Santa Marta
PHOTO.VA

(ZENIT – Cidade do Vaticano, 16 Jun. 2017).- O papa Francisco na homilia desta sexta-feira na Casa Santa Marta, partiu da Segunda carta aos Coríntios, em que o apóstolo fala do mistério de Cristo dizendo “temos um tesouro em vasos de barro” e convidou a tomar consciência de serem ‘barro, frágeis e pecadores’.

“Temos este tesouro de Cristo em nossa fragilidade… nós somos barro”, porque é o poder, a força de Deus que nos salva, que nos cura, que nos ergue. É esta, no fundo, a realidade de nossa fraqueza”.

“Todos nós somos –recordou o Santo Padre– vulneráveis, frágeis, fracos, e precisamos ser curados. Ele nos diz: somos afligidos, abalados, perseguidos, atingidos: é a manifestação da nossa fraqueza, é a nossa vulnerabilidade. E uma das coisas mais difíceis na vida é admitir a própria fragilidade. Às vezes, tentamos encobri-la para que não se veja; ou mascará-la, ou dissimular… O próprio Paulo, no início deste capítulo, diz: ‘Quando caí em dissimulações vergonhosas’.Dissimular é vergonhoso sempre. É hipocrisia”.

Além da ‘hipocrisia com os outros’ existe também para nos mesmos quando acreditamos ‘ser outra coisa’, pensando ‘não precisar de curas ou apoio’. Quando dizemos: “não sou feito de barro, tenho um tesouro meu”.

“Este é o caminho, é a estrada rumo à vaidade, à soberba, à autorreferencialidade daqueles que não se sentindo de barro, buscam a salvação, a plenitude de si mesmos. Mas o poder de Deus é o que nos salva, porque Paulo reconhece a nossa vulnerabilidade” indicou o Santo Padre.

E lembrou que o apóstolo diz: ‘Somos afligidos de todos os lados, mas não vencidos pela angústia. Existe algo em Deus que nos dá esperança. Somos postos entre os maiores apuros, mas sem perder a esperança; perseguidos, mas não desamparados; derrubados, mas não aniquilados’. “É o poder de Deus que nos salva. Sempre existe esta relação entre o barro e o poder, o barro e o tesouro. Nós temos um tesouro em vasos de barro, mas a tentação é sempre a mesma: cobrir, dissimular, não admitir que somos barro… a hipocrisia em relação a nós mesmos”.

“O apóstolo Paulo com este modo de pensar, de raciocinar, de pregar a Palavra de Deus, nos conduz a um diálogo entre o tesouro e a argila. Um diálogo que continuamente devemos fazer para sermos honestos”.

Como na confissão, disse o Papa, “quando dizemos os pecados como se fossem uma lista de preços no supermercado”, pensando em “clarear um pouco o barro” para sermos mais fortes.

Ao invés, temos que aceitar a fraqueza e a vulnerabilidade, mesmo que seja difícil fazê-lo: é aqui que entra em jogo a ‘vergonha’. “É a vergonha, aquilo que aumenta o coração para deixar entrar o poder de Deus, a força de Deus. A vergonha de ser barro e não um vaso de prata ou de ouro. De ser de argila. E se chegarmos a este ponto, seremos felizes. O diálogo entre o poder de Deus e o barro. Por exemplo, no lava-pés, quando Jesus se aproxima de Pedro e este lhe diz: ‘Não, a mim não Senhor, por favor’. O que? Pedro não tinha entendido que era de barro, que precisava do poder do Senhor para ser salvo”.

E concluiu que somente quando aceitamos ser de barro “o extraordinário poder de Deus virá a nós e nos dará a plenitude, a salvação, a felicidade, a alegria de sermos salvos, recebendo assim a alegria de sermos ‘tesouro’ do Senhor”.

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